terça-feira, 31 de maio de 2011

Surpresas da roça

Viver aqui na roça tem coisas muito curiosas e às vezes bastante surpreendentes.
Já tive um sapo morando entre as pedras debaixo do deck da piscina. Já encontrei uma família de esquilos passeando no quintal. Também tive uma gambazinha dormindo no forro do escritório (e fazendo sua sujeirinha, é claro...rsrsrs).
Mas hoje tive uma visão espetacular.
Final de tarde, o céu azul, um luz amarelada do sol iluminando o campo e eu vi 8...eu disse 8 tucanos voando da mata em direção ao morro.
Nunca tinha visto tantos tucanos juntos. Nem sequer imaginava que aqui por perto houvesse tucanos, quanto mais em grande quantidade.
Foi encantador, valeu pelo dia.

No aniversário do administrador do blog

O tempo cronológico e o nosso tempo interior são coisas muito diferentes. A maneira como o tempo de fato passa e a percepção que temos dessa passagem, nunca são idênticas.
Segundo o tempo contado no calendário você hoje atinge a marca de 27 anos. Você já é um homem, com responsabilidades. Com uma filha pra criar e o nosso blog pra administrar.
Mas quando te olho eu ainda enxergo um garotinho. Os brinquedos mudaram, é claro. Agora é um celular que você manuseia com destreza, hábil conhecedor de todas as funções eletrônicas do aparelho. Ou um notebook cujo funcionamento você, compenetrado, explica para nós, os pobres analfabytes. Ou uma bonequinha morena, cujos olhos se parecem com os teus, com quem você brinca enquanto ensina coisas da vida.
Muitas vezes eu ainda te vejo um menininho curioso, buscando descobrir o mistério dos objetos.
Hoje é teu aniversário. São 27 anos. Idade de homem.
Mas eu espero que ainda dentro de você viva sempre um garotinho. Que esse garotinho encontre todos os sonhos que possa sonhar. E que seus brinquedos jamais se quebrem.
Beijão.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dos insanos para os talentosos

Meu afilhado Vinicius e seu grupo de pagode (argh! Ainda não me conformo...rsrsrrs) já caíram na rede.







domingo, 29 de maio de 2011

Desculpas públicas

Cometi uma indelicadeza enorme. Deixei de dar feliz aniversário pra uma pessoa por quem tenho grande consideração. Quem já deu uma mancada dessas sabe o quanto é chato quando a gente percebe o que fez.
Isso é imperdoável. Embora não se justifique, eu tento explicar: acontece que o aniversário recaiu no dia das Mães. Nós só nos vimos à noite, por poucos minutos. Havia muita gente e muitos assuntos sendo tratados ao mesmo tempo. E eu acabei me esquecendo de cumprimentar a aniversariante.
Foi mal. Já pedi desculpas diretamente.
Mas quero me penitenciar de público, para deixar bem claro duas coisas muito importantes:

1ª - minha comadre Júlia é gente fina e não merecia esse meu esquecimento;

2ª - apesar do meu "jeito estúpido de ser" eu valorizo sim esses gestos de delicadeza entre as pessoas.

Premonições....adivinhações

Então a Gi vai ser mãe de outra menina?
Não é que ela acertou de novo?
Ela sonha com crianças que ainda não nasceram, com coisas que não aconteceram....
Sei lá, já to ficando com medo....ela é mesmo uma feiticeira.
Quais encantos, que poções mágicas ela ainda esconde...
Se sonhar com os números da mega sena, será que ela nos conta?
Será que eu consigo convencê-la a fazer aqueles panfletos: "....adivinha passado, presente e futuro, traz de volta o amor, lê cartas, joga búzios...." 
E eu me encarrego de distribuir por aí? Rsrsrsrsrs....

sábado, 28 de maio de 2011

Onde vivem os monstros

Ontem assisti a um filme: "Onde vivem os monstros".
É um filme infantil, certo?
Uma pinóia.
É uma grande metáfora sobre os monstros que nos habitam. Sobre a tendência que temos de devorar aquilo que não conhecemos, aquilo que amamos e até a nós mesmos. Sobre sentimentos como o amor, a lealdade, o ciúme. Sobre a fantasia de criar um lugar onde a gente pudesse ser o que imaginesse ser e só fazer o que sentisse vontade.
Uma excelente história, sem ser piegas. Diversão de boa qualidade, sem lições de moral com cheiro de mofo.
Eu vou assistir outra vez. E recomendo.

Especial do dia

Hoje é aniversário da minha mãe e a postagem é especialíssima pra ela. Por isso não a mencionei no post Aos nascidos em maio.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Detalhes- Roberto Carlos





Fá, hoje a homenageada é você. Com todo o meu carinho.

FELIZ ANIVERSÁRIO.



Rosa/Preta

Aos nascidos em maio

A postagem de hoje é especial, primeiramente pra mim, é claro. Depois para a Júlia, o Vander, a Simone loira, a Lilian (mulher do meu sobrinho Guilherme), o Rodrigo e "in memorian" para Dona Nem. Não fui eu que escrevi, mas gostaria muito de ter escrito:

 "CARTA ANOS NASCIDOS EM MAIO"   -  Carlos Drummond de Andrade

Amigos e amigas que nascestes em maio:

Estas letras e este autor aqui estão simplesmente para se integrarem na poesia dessa circunstância e avivá-la em vós, se acaso vai murchando, como sugeri-la a todos os outros seres, infortunados seres que nasceram em março, em junho, em novembro. Porque vosso nascimento é pura canção, mesmo que sejais economistas, deputados, capitães-de-corveta.

Uma predestinação lírica presidiu a vosso berço, e que tenhais enveredado por um caminho prático, onde a palavra maio significa apenas assembléia-geral de uma companhia de produtos químicos, não tem a menor importância: estais marcados de maio, carregais convosco, no canal de vossas veias, invisível, incapturável, imperturbável e aliciante, o princípio de maio. E ele jamais permitirá que vos tomem por um simples homem de outubro, e na vossa miúda e radiante biografia há de sempre insinuar a nota íntima, cristalina e melodiosa, de um pequeno acidente feliz, individualizadora do destino humano. Maio sois e maio continuareis.

O uso grosseiro de vossa vida não lhe corromperá de todo a limpidez original; se um dia matardes, se vos venderdes à política, se vos tornardes a vergonha de vossa pátria, ainda assim o lado maio de vossa fisionomia continuará indelével, e fará com que se murmure: "Coitado! apesar de tudo, nasceu em maio."

E tu nasceste em maio – assinala o poeta ao fim do canto em que celebra o mês especial, assim como aquele que se inclinou diante do recém-nascido marcado pelos deuses, afiançando: Tu Marcellus eris.

Por que? Decerto não sabeis bem porque, mas sentimentalmente o apreendeis, e, homem ou mulher, os nascidos em maio caminham ao peso de uma carga suave – uma andorinha não pesaria menos - , que é o pressentimento, a intuição de participarem de um segredo atmosférico, pois ele está gravado, em hieróglifos, no ar, e no vento perpassa.

"Nós os de maio..." – tendes o direito de sublimar, em face da miserável situação de nós outros, os do resto do ano (exceto os da segunda quinzena de dezembro, é claro!). E aqui ouso afirmar que vosso segredo é meio-pagão, meio–religioso, de tal modo as coisas se baralham no mundo, e os mistérios se prolongam e se entrelaçam.
Porque há em maio dois meses: o mês de Maria, e o mês de maio propriamente dito. Se sois cristãos romanos, maio bate sinos na vossa infância ou na vossa madureza, e aspirais o incenso, entoais o Janua Coeli, Turriss Eburnea e não sei que mais invocações encantatórias, e vos ajoelhais, e assistis à coroação da Virgem, se não a coroais vós mesmos, com a mão antiga e branca que nasce de súbito na ponta de vossos braços adultos.

Mas, se não sois cristãos, não faz mal, maio ainda é festa, e festa sempre, desde o velho mundo latino, que o consagrava a Apolo e lhe punha à cabeça uma cesta de flores. Apolo, flores, fim do cruel inverno, irradiação da primavera, procissão de palmas verdes, enfeites de casa com verde, tudo verde, verde, verde, e esse ramo florido e enguirlandado que na Idade Média o amigo ia plantar à porta da casa do amigo, a 1º de maio, e que se chamava maio, e que sugere ao meu austero dicionarista Caldas Aulette esta expressão para definir um sujeito todo enfeitado: "Parecia mesmo um maio". Como sugeriu a Camões, em momento de ternura, o doce verso: Só para meu amor é sempre MAYO.

De resto, o segundo maio, o mariano – em que não desfaço, tanto lhe devo eu próprio em evocações e sensações artísticas depositadas no fundo de meu pobre materialismo -, só nasceu mesmo no século XVIII, quando o padre jesuíta Lalomia teve a idéia de transformar paganismo em cristianismo (e muitos de nossos santos, Deus me perdoe, guardam a sombra de divindades ou entidades pagãs, a julgarmos pelo caso de São Sátiro, contado por Anatole France), e dedicou o mês a Nossa Senhora, compondo em 1785 “Il Mese de Maggio consacrato alle gloria della gran Madre de Dio”.

Maio cristianizou-se, porém muito de sua magia continua ligada ao reverdecimento espontâneo das árvores, ao desatar das águas presas durante 89 dias e 2 horas, na deliciosa falsa contagem dos meteorologistas, às expansões da terra que penetrou em um novo ciclo e aconselha bichos, gentes e plantas a que amem, amem desbragadamente.

Não estou delirando, ó criaturas de maio. Tudo isto se passa em outro hemisfério, mas também por estas bandas austrais maio é primavera, senão na natureza, pelo menos em estado de espírito, em concordância íntima de valores, em consubstanciações vaporosas de que cada um de nós adquire a fórmula, a qual, ó eleitos, nem sequer precisais aprender, pois a recebestes com o primeiro vagido.

Concordo, sem repugnância, em que o nosso mês de maio cai no fim do outono. Custa-me pouco aceitar o outono brasileiro, se o vejo, como aqui no Rio, de um azul diáfano, arrepiado por um friozinho que enxuga e perfuma o suor das coisas, tristes coisas urbanas usadas pelo sol do trópico, e por ele restituídas à sua prístina pureza.

Não há tempo mais leve, caricioso, humano e coloquial do que este maio carioca, revestido ou não de prestígio mundano, porque sorri tanto aos freqüentadores de concertos como aos homens sentados em bancos de jardim público, ao passageiro do bonde Freguesia, ao remador, à datilógrafa do Serviço de Proteção aos Índios, ao médico do Pronto-Socorro, ao senador Melo Viana, aos meninos da Escola Cócio Barcelos, aos pedreiros construindo edifícios, à massa palpitante de uma cidade feita de subúrbios que transbordam até à Avenida Rio Branco: maio dá para todos, reparte-se amorosamente entre homens sofredores e homens de boas roupas, como uma conciliação meteorológica, um arco-íris pairando sobre as contradições da cidade.

Se bem que, de coração, ele se volte mais, num enternecimento cúmplice, para aquela parte do povo que sua no rude batente, e a que é dedicado, desde de 1890, o seu dia inaugural (1º de maio). Mês de Nossa Senhora coroada de rosas, e de operários que morrem pela causa de oito horas de trabalho no mundo, frio mês das montanhas mineiras, nostalgia de namoradas e rezas, cartuchos de amêndoas que a Irmã trazia da coroação na matriz, que era um grande navio iluminado, conversas no adro, à espera do leilão de prendas, vagos estremecimentos de poesia, formas infantis de um sonho que mais tarde seria inquietação e carinho franjado de ironia – tudo isso vai brotando desta caneta comercial com que escrevo, e baila no ar e me penetra – tudo isso é vosso, é a própria substância de que se tece vossa vida, ó nascidos e bem-aventurados em maio! Para quem esta carta é colocada na mala irreal de uma posta feérica.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Kit anti-homofobia

Cedendo a pressões das bancadas religiosas, o governo determinou a suspensão da distribuição em escolas públicas da cartilha, ou "kit anti-homofobia".
Esse notícia me fez lembrar uma piadinha infame que recebi por email:

"O Juninho chega em casa dizendo que quer ser bailarino. O pai, preonceituoso, proíbe: bailarino é coisa de viado, nem pensar! Depois de algum tempo, o garoto decide que quer ser etilista. De novo o pai não permite: estilista é coisa de viado. Mais alguns dias e o Juninho diz que quer ser cabeleireiro. De novo, o pai se enfurece: cabeleireiro é coisa de viado.
Moral da história: o tempo passou, o Junior cresceu, é viado e não tem profissão nenhuma".

Nesta nova fase

“Nesta nova fase…”

De uns tempos para cá, dei pra sentir umas coisas esquisitas. Umas dores esparsas e migratórias: um dia dói a perna, no outro o ombro, no seguinte as costas. E fui percebendo alterações: no apetite, no sono, na disposição geral. Um vontade de ficar em casa, uma preguiça de sair, enfrentar trânsito, enfrentar filas para assistir a estréia de filmes, pra conseguir mesa num restaurante badalado.
Enfim, uma mudança de comportamento que não combina comigo, com meu temperamento agitado, com minha voracidade pra aproveitar a vida, tudo ao mesmo tempo, aqui e agora.
Me imaginei doente. Cheguei mesmo a pensar em ir ao médico. Só desisti porque admito, tenho verdadeiro pavor de médicos (eles sempre acabam descobrindo que a gente tem alguma doença terrível, de nome bem feio).
Daí fui me observando atentamente pra ver se a coisa passava ou evoluía. Se percebia em mim algo de preocupante.
E não é que percebi? Percebi que os cabelos brancos andam surgindo com mais frequência do que consigo tingi-los. Que algumas rugas que não estavam aqui antes deram pra fazer aparições surpresa ora no canto dos olhos, ora no meio da testa. Percebi que quando anoitece, a coisa de que mais gosto é ficar em casa sossegada, assistindo o jornal da noite, sem ter a obrigação de ir a nenhum bar, nenhuma festa, nenhum jantar.
Estou velha, foi o que pensei. Depois reconsiderei: velha, velha mesmo, ainda não estou. Continuo cheia de  entusiasmo pela vida, cheia de planos para o futuro, apaixonada pelo ato de viver. Ainda gosto muito, muito mesmo de me divertir com tudo que a vida tem de bom pra oferecer.
Mas estou envelhescente…Envelhescente é exatamente o oposto de adolescente. Na adolescência a gente não passa por inúmeras mudanças? Fica cheio de dúvidas, de hormônios, de sofrimentos inúteis, de angústias, de energia…Cresce rápido demais, parece que não cabe no espaço em que antes cabia?
Pois bem, a envelhescência é feita de mudanças, só que ao contrário: a gente fica cheio de tranquilidade, de paz de espírito, de uma repentina e reconfortante sabedoria a respeito daquilo que realmente importa. E aprende que é possível encontrar prazer em coisas que antes pareciam insignificantes. E descobre que cabe com folga  no nosso próprio canto.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Inferno astral"

Dizem os astrólogos que inferno astral é o período de 30 dias que antecede o aniversário da gente. Seu eu entendi bem, parece que nesse período a pessoa fica mais vulnerável,  sujeita a desastres (nem vou falar dos grandes, não quero apavorar ninguém) e também a toda sorte de aborrecimentos, como o pneu do carro furado numa rua escura e deserta, eletrodomésticos quebrados, brigas com o namorado, multas de trânsito,  e até a torcer o pé num buraco.
Eu faço aniversário daqui a dois dias, então tecnicamente, estou no meu inferno astral Felizmente (e falo baixinho, batendo na madeira pra não atrair....) comigo não aconteceu nada disso.
Mas dentro de mim há uma confusão dos diabos...uma desordem, um caos de sentimentos contraditórios. Eu sei que fazer aniversário é bom, que há muito que comemorar pelo fato da gente estar vivo.
Mas não consigo evitar que aniversários me remetam a envelhecimento e envelhecimento me lembra fraqueza,  decrepitude, perdas.
Perda da firmeza nas pernas, da força nas mãos, do viço na pele, da cor original dos cabelos, só pra mencionar alguns exemplos.
Esses pensamentos me tornam vulnerável emocionalmente...e isso definitivamente, é infernal.



"Especial do dia"

O especial de hoje vai para a Márcia, que voltou ao nosso convívio. Curta aí, Má:

terça-feira, 24 de maio de 2011

A ira santa da professora

O vídeo da professora tá bombando na internet, com razão porque ela pôs o dedo na ferida do sistema educacional. Só que bombar na internet não basta. A revolta da professora sozinha não basta. Somente a união de todos nós, botando a boca no trombone, poderia gerar mudanças.
A professora está certa quando diz que não pode ser a redentora do país, munida apenas de giz e um quadro negro. Pais, professores, estudantes, todos unidos em torno de uma causa comum é que poderiam fazer a redenção do ensino. Mesmo eu, que não tenho filhos, em relação a sobrinhos, filhos de amigos e todos os jovens que convivem comigo posso ser a disseminadora da ideia de que é possível fazer mais e melhor, de que só a educação pode fazer do Brasil uma grande nação.
Para quem não teve a oportunidade de ver, faço a postagem do vídeo, ressaltando que a professora merece aplausos pela coragem que teve:


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Inspiração, criatividade, transpiração

Dia desses, conversando com uma pessoinha muita querida a respeito do blog ela me disse: " - Tem que ter muita inspiração e criatividade pra escrever todo dia". Na hora eu apenas respondi que não, mas não expliquei.
Explico agora.
A inspiração está no mundo, em toda parte: uma notícia na televisão, um acontecimento na família, um sonho, até um tropeção na calçada pode ser inspirador.
A função da criatividade é transformar algo corriqueiro num texto interessante pra quem vai ler. Ou seja, é puro trabalho.
Procurar as palavras adequadas e encaixá-las no lugar certo: o sujeito, o verbo, o predicado. Escrever e reescrever. Ir ao dicinário verificar o sentido e a grafia das palavras. Ler e reler, tentando se colocar no lugar do provável leitor.
É mais ou menos como cozinhar: você precisa juntar os ingredientes certos, dosá-los para que o sabor de um não se sobreponha aos outros, ir misturando e enquando cozinha, experimentando até chegar ao resultado final.
Certa vez alguém (não sei quem) disse que o trabalho de um gênio é 5% de inspiração e 95% de transpiração. Como eu não sou nenhum gênio, meu ato de escrever é quase 100% transpiração, porque a inspiração não está em mim, está solta pelo mundo e é preciso capturá-la.
Então minha amiguinha, se você tem vontade de escrever, comece contando como foi teu fim de semana. Escreva umas três frases. Leia, releia, corrija. Vá acrescentando outra frase, mais uma e outra mais. Sempre corrigindo. Em pouco tempo você terá transformado um simples fim de semana numa história que muita gente gostará de ler.
Boa sorte.


domingo, 22 de maio de 2011

Sofrimento

Sábado, começo de tarde, um solzinho gostoso, perfeito pra sair, dar um passeio. Como estou de dieta, não queria ir ao encontro da tentação. Os bares e restaurantes cheios de gente comendo e bebendo, melhor ficar em casa. Naveguei na internet,  escrevi no blog, joguei paciência, treinei um pouco de teclado e quando enjoei disso tudo, pus tênis e  bermuda e fui fazer meus exercícios.  É assim: 4 minutos caminhando em volta da piscina, mais 4 minutos de trote no plano, depois de novo 4 caminhando em volta da piscina, 4 de trote, sucessivamente até completar 1 hora. Já tinha mais ou menos meia hora que eu estava nessa quando a tentação veio me buscar.  A tentação veio pelo ar. Um cheiro delicioso...
Um desinfeliz, ou melhor, um ser muito feliz, alguém que não tá nem aí com colesterol alto, hipertensão, gordura abdominal, tava fazendo um churrasco e cheirava divinamente...
Meu deu vontade de tomar banho, trocar de roupa e correr até o açougue pra comprar carne e fazer meu próprio churrasco. Ou simplicar: correr até a churrascaria e encontrar o churrasco pronto. Ou me atirar na piscina e ficar lá no fundo sem respirar até os pulmões estourarem. Ou por um prendedor de roupa no nariz pra não sentir mais nenhum cheiro...
Não fiz nada disso. Sou uma mulher determinada e disciplinada. Segui com meu exercício até o fim.
Mas ai, como eu sofri...

Repassando

Esta foi a Sandra quem mandou. A gente ri, mas não tem graça. Seria o caso de lamentar.

O barbeiro

Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro repondeu:

 - Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.

 O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.

Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:

- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.

 O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.

 Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:

- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.

O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo .

Essa história ilustra bem a grande diferença entre os cidadãos do nosso país e os políticos que o administram.

Nós e os outros

"O inferno são os outros", disse o o filósofo Jean Paul Sartre. E certamente sabia o que dizia.
O inferno é com certeza o outro. E o outro pode ser qualquer um ao nosso redor. O outro é tua mãe, teu chefe, teu marido, teu vizinho, teu filho.
O outro tem desejos que não combinam com os nossos. Tem necessidades e opiniões completamente diferentes das nossas. A dor do outro é sempre maior que a nossa. E sua razão mais justa que a nossa. Muitas vezes, o outro mora na nossa casa e também acha que a casa é dele.
A única possibilidade de escapar do outro seria a solidão.
Mas o ser humano, ao que parece, não quer a solidão. Todo mundo está sempre a procura de alguém com quem compartilhar algo: uma dúvida, uma dívida, uma tristeza, uma cerveja, uma alegria, uma cama.
O preço de compartilhar é suportar a infernal presença do outro.
A propósito, você é um inferno na vida de quem?

sábado, 21 de maio de 2011

fotos niver Caio e Matheus

                                                            
                                                                mesa do bolo Caio e Matheus


                                                                   Zé, dormindo no aniversário dos netos

                                              minha mãe e a Julia  no carrinho bate-bate

                                             minha mãe, Julia e os anjinhos da Cristiane

                                              minha mãe e os gêmeos da Cris

                                                 minha mãe e a Má   



Rosa/Preta

Dos insanos para os talentosos

Esse é outro que nunca nos visita. Acho que até que nunca ouviu falar de nós...rsrsrsrs, desligado do jeito que é. Mas mesmo assim, fica aí o video do seu trabalho.

O fim do mundo

Um grupo cristão norte americano  o "Family Radio" anunciou para hoje, 21 de maio o fim do mundo.
Se você está lendo esta postagem, é porque não acabou.
E se não acabou significa que eles erraram mais uma vez. Eles já tinha feito essa previsão para o ano de 1994 e  falhou. Dizem que desde então estavam refazendo os cálculos.
Se não acabou é porque eles ou são muito ruins de profecia, ou muito ruins de matemática. Ou os dois.
Mas se não acabou, eu só tenho que dar graças a Deus.
Se tiver acabado, em algum lugar no além eu estarei lamentando tanta coisa não concluída: as postagens que não fiz, os beijos que não dei, os vinhos que não tomei, as crianças que não conheci, até os erros que não cometi. 
Mas, como eu disse lá atrás, se você está lendo é porque não acabou e se não acabou, fique ligado, que vem mais postagens ainda hoje.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Especial do dia - extra"

Minha sobrinha Isadora é nossa mais nova seguidora. Dou boas vindas a ela fazendo hoje uma postagem do especial do dia extra .
Essa é pra você Isa:

Madrí/Plaza de toros


encontrem a Fá nesta foto




vejam quanto sangue






muito mais sangue


Viajar é uma delícia, voltar é melhor ainda. Agora.....ver touro morrer é muito triste.

Rosa/Preta

Dieta, dieta, dieta

A semana aqui em casa não tá fácil de encarar. Todos os dias, em todas as refeições, dieta. Nos intervalos as conversas giraram em torno de dieta. Pra distrair, atividade física. Eu chego a pensar que estou morando num spa.
De segunda até aqui aguentei bem, mas hoje tá duro....Hoje é sexta-feira, dia internacional da cerveja.
Eu nem gosto tanto assim de cerveja, mas só porque não pode, tá me dando uma vontade louca de tomar uma geladinha.
Sexta-feira, por outro lado, é véspera de sábado, que  por seu turno é véspera de domingo....e....e? Todos esses dias lembram comida (pizza, churrasco, macarronada, não necessariamente nessa ordem...rsrsrs), vinho, sobremesa. ai ai ai ai ai!!!
To pensando em fugir de casa!

"Especial do dia - extra"

O especial de hoje também é extra. E vai para minha irmã Eulira que recentemente passou a nos visitar. Não faço a postagem por ser uma oração, faço porque a prece é linda independente de qualquer fé. E é feita em italiano, língua que a minha irmã domina. Espero que ela aprecie.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fotos

Prometo postar as fotos da MC no final de semana.

O máximo é ela de máscara. Ela odiou! O escândalo foi tão grande que o técnico que nos levaria ao RX foi pedir socorro  para enfermeira...

Bjs,

Simone

Sugestão

Oi, pessoal!

Fiquei pensando na sugestão de filme da Fátima (sugestão essa já outrora indicada por amigos), mas  não sei se é o melhor filme para assistir após alguns dias vivenciando a rotina dentro de um hospital. Acho que será visto noutro momento...

Tenho uma sugestão de filme ainda não vista. O filme se chama Mary e Max - uma amizade diferente. Tenho um amigo na empresa que assistiu e amou o filme. Gostou tanto que me convenceu. Comprei, mas ainda não assisti! Trata-se de uma história sobre a amizade de duas pessoas muito diferentes: a menina australiana Mary e o solitário nova-iorquino Max. Separados por dois continentes eles continuam se correspondendo por cartas ao longo de 20 anos, compartilhando segredos, dúvidas, ansiedades...

Beijos,

Simone

A vida em movimento

Gente, eu vou ser tia-avó.
Ainda não fui formalmente comunicada, só fiquei sabendo por intermédio dos meus pais, que foram informados de que serão bisavós. Mas acho que no caso isso nem tem importância, né? Quero dizer, o fato é que meu sobrinho vai ser papai e por consequência, eu vou ser tia-avó e não há nenhuma necessidade de um comunicado oficial.
O mais importante de tudo é o que esse acontecimento representa: que a vida continua seu incessante movimento.
Ontem mesmo eu não estava aqui tristonha, pensando no fim, no meu fim e o das outras pessoas e de todas as coisas? Pois é...
Ainda ontem recebo essa notícia, mostrando que a vida sempre continua, de uma forma ou de outra.
Um novo ser vai chegar, cheio das complexidades físicas, emocionais, intelectuais que só um ser humano é capaz de ter. E esse novo ser terá um laço consanguíneo comigo, ainda que pequeno.
Assim, se lá no futuro distante essa nova pessoa gostar de ler e escrever, ou apreciar vinho, ou não gostar de multidões, ou detestar acordar cedo, de repente alguém poderá dizer: "saiu à tia-avó".
Não é fantástico.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Filme triste

Ontem assisti a um filme, nem é novo, acho até que a maioria de vocês já deve ter assistido, "O curioso caso de Benjamin Button".
O filme é interessante, bela história (ainda que inverossímil), bem costurada, bom desempenho dos atores. Um pouco longo, é verdade, mas uma boa história.
Mas não é que o raio do filme me deixou triste? Quase deprê...
A mensagem de que todas as pessoas a quem nós amamos um dia vão partir de um jeito ou de outro (sendo a morte o mais comum dos "jeitos") e de que nada dura para sempre calou fundo na minha emoção.
Talvez porque está se aproximando o dia do meu aniversário e eu já devo ter entrado no meu inferno astral.
Talvez porque a soma de aniversários esteja começando a me fazer encarar de frente o fato de que tudo neste mundo é finito.
Esses pensamentos me deram uma vontade de aproveitar cada minuto o máximo possível, pela certeza de que o tempo passado nunca mais voltará.
Pensando bem, apesar da qualidade cinematográfica, não foi uma boa escolha de filme. Ficar assim cismando numa quarta-feira não é um bom programa.




terça-feira, 17 de maio de 2011

Alguém aí acredita em sonhos?

A noite passada tive vários e longos sonhos. No mais marcante deles, estava presente a família da Preta. Eu tinha ido visitar alguém que estava doente, nada grave, porém doente. Eu ia só, chovia pelo caminho e quando cheguei numa casa, a Dinda veio me receber, pois era ela quem estava de certa forma, tomando conta do doente. Quando eu chegava as pessoas estranhavam que eu estivesse sozinha. Eu dizia que tinha me dado vontade de ir e fui, mesmo sabendo que a Preta ia ficar brava por eu ter ido sem nem mesmo avisar. No sonho estavam muitas pessoas, mas me lembro muito nitidamente de ter visto a Dinda, o Ronaldo e a Júlia, nessa ordem.
Depois, numa outra parte desse mesmo sonho a Maria Clara vinha, espontaneamente sentar-se no meu colo (essa parte era sonho mesmo...rsrsrs) e eu brincava com ela.
Hoje, lá pela hora do almoço, quando abri minha caixa de mensagens, encontrei um email da Simone loira dizendo, entre outras coisas, que estava no hospital com a Maria Clara.
Nós aqui não sabíamos nem que a menina estava doente, nem que estivesse hospitalizada.
Eu não acredito em premonições, prognósticos, profecias. A feiticeira aqui em casa é outra que não eu.
Terá sido então mera coincidência?
Ou à força de tanto conviver, estou me tornando aprendiz?
O que é que vocês acham?

PS: apesar de envolver a possibilidade de alguém doente, o sonho não era ruim, nem angustiante. Parecia que tudo estava bem.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Nóis e os livro

"...Última flor do Lácio
inculta e bela..."

Para quem não conhece, esse é um poema do Olavo Bilac, um poeta brasileiro do parnasianismo (ainda falam sobre ele na escola, acho).
O Lácio é a região central da Itália, cuja capital é Roma e a última flor a que ele se refere é a língua portuguesa, última filha direta do latim (que se falava no Lácio e que hoje é uma língua morta).  Inculta porque muitos não a conhecem, não sabem usá-la. Mas ainda assim, bela.
E daí, vocês devem estar se perguntando.
Eu explico: deu no Jornal Nacional da sexta-feira que o Ministério da Educação distribui para quase meio  milhão de alunos de escolas públicas um livro com o seguinte texto "os livro ilustrado mais interessante estão emprestado" e, pior do que simplesmente distribuir esse material, ainda  afirmou que essa forma de se expressar não está errada.
Achei simplesmente chocante.
Eu sei que a linguagem é algo dinâmico, que a língua é quase um ser vivo, em constante mutação. Comumemente, incorporamos novas expressões, tanto que hoje é normal usarmos o termo deletar no sentido de apagar, excluir. Adotamos gírias que aos poucos se tornam parte do vocabulário, entram para o dicionário. Mas daí a dizer que o errado está certo, existe um abismo de distância. Concordo que o falar diário é informal. Eu digo, to, pra, né. Porém, na hora de escrever um texto, tenho o cuidado de grafar estou, para, não é. Regras gramaticais relativas a número, gênero e grau pensei que ainda prevalecessem.
Já não basta a constatação de que nossas escolas formam ano após ano um legião de analfabetos funcionais, agora também os erros grosseiros no emprego da língua estão permitidos? Não seria função da escola erradicar esses erros em vez de incentivá-los?
O Português, da forma como o conhecemos vai morrer algum dia, porque o processo de mudança da liguangem acarretará isso. 
Mas será que antes disso acontecer nóis vai ser tudo analfabeto?

domingo, 15 de maio de 2011

"Para os ausentes"

Ronaldo, Gi, Valdo, Sandra, Simone Perucello, Cristiane, Julinha, Simone Rabelo, Tico, Bolão, Má:
nós que diariamente aqui nos encontramos, ansiosamente vos esperamos. E teimosamente não deixamos o blog morrer.
Os remanescentes (Fá, Preta, Rodrigo, Bruno)

Dos insanos para os talentosos

Outro belo quadro da Preta.



Não para de reclamar!!!

Essa é a minha filha em um dia ensaolarado reclamando de alguma coisa...
Imagina o dia que ela conhecer a TPM!!!
Rodrigo

sábado, 14 de maio de 2011

"Dos insanos para os talentosos"

Da série Mulheres da Preta, mulher em negro e azul.

"Direto do túnel do tempo"

Eu a Preta, quando a gente ainda nem imaginava quem um dia seríamos consideradas familia. E quando também não sabíamos que tínhamos uma família numerosa, maravilhosa, que nos aceita e nos respeita.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Infernal

Blog dos infernos.....pra não postar palavras...***'-=###%%%%*******???????????"""""""'!!!!!!!!++++!!!!
Sumiu com postagens, sumiu com vídeos, sumiu com fotos, sumiu com comentários.
To revoltada!

Um soneto para o Bruno

Meu querido bad boy

Eu não te diria bruno, moreno, escuro
como teu olhar, teu cabelo
como as roupas que você veste
como a morte quando acontece e deixa nua nossa emoção.

Não, eu não te diria negro
como o céu de uma noite sem lua, como a dor e a solidão
como a letra de uma canção que falasse de abandono.

Eu nem te diria ave de rapina
bico adunco, fétido bafio
lembrando podridão e carniça.

Eu te diria raspe a barbicha, tire do rosto esse ar sombrio
abra um sorriso, troque a camisa
guarde o luto para os mortos
e faça versos celebrando a vida.

Fá  -  BJ Perdões 10/05/11

Nota da autora:  bruno - escuro, sombrio (Dicionário Aulete Digital)

É interessante - Leiam

Postei ontem esta aulinha. Recebi por email, não conheço a origem, mas concordo plenamente que algumas palavras - dentre as quais presidente - não tem variação de gênero.



Uma belíssima aula de português.


Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem
presidente ou presidenta.
Será que está certo?
Acho interessante para acabar com a polêmica de "Presidente ou Presidenta”

Repassando, gostei da aula,

A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por
exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é
pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é
mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo
do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação
que expressa um verbo, há que se adicionarem à raiz verbal os sufixos
ante, ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta",
independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não
"estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e
não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta
que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta
dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não
tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Especial do dia - extra

Para dar boas vindas a Isadora, minha sobrinha e nossa mais nova seguidora, ontem postei um especial do dia extra. Estou repetindo aqui. É pra vc. Isadora: é um novo vídeo e se o anterior reaparecer, sorte tua, fica com os dois.


Blog com defeito

Gente, que horror!
O blog ficou fora do ar quase 24 horas e agora voltou, cheio de defeitos.
Minhas postagens de ontem desapareceram. Muitos comentários também!
Vamos ficar atentos. Se acontecer outra vez, mudemos de local.
As minhas postagens vou repetir, me desculpem aqueles que já leram.
E peço a todos que se for possível, refaçam os comentários.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Especial do dia"

Meu afilhado Vinicius passou no vestibular (parabéns, garoto). Eu queria fazer aqui uma homenagem a ele, mas a música preferida dele é pagode e eu não conheço nenhum. Daí me lembrei que quando garotinho ele viajava comigo e curtia um samba que eu ouvia (Com que roupa, do Noel Rosa). Então faço a postagem do samba, esperando que ele se lembre de bons momentos.
Aí está:










terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma boa noite!!!

Pessoal, para finalizar essa ótima terça feira quero compartilhar com vocês esa linda e rara foto dos nossos "anjinhos durmindo" rsrs. Uma ótima noite a todos!!!

Quer casar comigo?

Eu disse que vou me casar mas esqueci de um detalhe importantíssimo: de combinar com a parte interessada (supostamente interessada, eu espero).
Como esta aqui é minha cyber sala de visitas, é aqui que me encontro diariamente com todos vocês, acho que o mais certo é fazer o pedido publicamente (e como a pretendida é uma mulher moderna, eletronicamente, virtualmente, internecticamente).
Então lá vai:

Prê:

VOCÊ QUER CASAR COMIGO?

Eu vou me casar

Gente, eu vou casar!. Nunca pensei que isso aconteceria.
Eu cresci na década de 60, na efervescência da rebeldia (..."casamento enfim, não é papo pra mim..." já dizia o então rei da Jovem Guarda) e achei que morreria marcando "X" na frente do solteira na coluna do estado civil. Mas ela meio que me intimou publicamente e acho que não tenho como escapar.
Curioso é que eu vou me casar depois de já ter comemorado bodas de prata. Mas, pensando bem,  até que combina comigo isso de inverter a ordem natural das coisas.
Eu ainda não sei quando vai ser o casamento, mas eu tenho certeza de que vai ter festa. E vocês já estão todos convidados.
Quero que seja uma data pra festejar a liberdade. Pra celebrar a felicidade amar alguém por toda a vida.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dormindo plugada

Tenho tanta insônia que o médico me mandou fazer um polissonografia. É um tal de exame em que a gente vai dormir numa clínica do sono, onde analisam a qualidade (ou a má qualidade do sono do paciente). O negócio é chique: uma suíte, cama confortável, lençóis brancos, uma tv de telona de plasma, ar condicionado, kit de higiene pessoal (sabonete, touca, shampoo, escova de dentes). O negócio começa a ficar esquisito quando a técnica vem te preparar pra dormir: não sei quantos eletrodos (é assim que se chama aquele negócinho?) na cabeça, um de cada lado das têmporas, um de cada lado do maxilar, dois em cada perna, um na testa, dois no peito, um no pescoço, mais um no polegar esquerdo (esse com uma luzinha vermelha - deve ser pra gente ver o próprio dedo no escuro). Pelas minhas contas, uns 20 plugues ligados na gente e um emaranhado de fios. Pra completar, um tubinho de borracha nas narinas. Durma-se com uma parafernália dessas! Ah, ia me esquecendo: é como dormir no Big Brother, tem alguém te assistindo. Ou te ouvindo, se você ronca.
To tão acostumada a dormir mal, que até acho que dormi bem, mesmo estando mais conectada do que um astronauta numa cápsula espacial. Sei que despertei uma dezena de vezes, porque a cada mexida na cama puxei algum fio (só não sei como não me enforquei com tantos fios). Esses tais micro despertares são os que os médicos dizem que fazem mal, que deixam a gente sonolento e cansado durante o dia.
É bem verdade que passei o dia meio sonolenta.
Mas talvez seja porque a técnica não teve clemência, me tirou da cama antes das sete da manhã, me arrancou a fiação todinha e me mandou de volta pra terra.
Então aqui estou eu, diante da tela, escrevendo pra vocês, antes que o sono me derrube.

domingo, 8 de maio de 2011

Dia das Mães

Feliz dia das Mães para aquelas que são mães.
Feliz dia das Mães para aqueles que ainda tem mãe e hoje poderão abraçá-la.
Para aqueles que já não a tem que hoje seja um dia de doces lembranças.
Que a saudade seja feita apenas da vontade de abraçar mais uma vez e não do arrependimento por não ter abraçado o bastante.

sábado, 7 de maio de 2011

Gente é tudo igual

Quem foi que disse que europeus são civilizados, ou mais educados e organizados que outros povos? Coloque um monte de ingleses, espanhóis, italianos, alemães, portugueses na confusa porta de entrada de um show, debaixo de chuva, com um sujeito incompetente tentando organizar a fila e você vai ver quantas cotoveladas, empurrões e pisões no pé levará. E quantos palavrões ouvirá em tudo que é língua. Eu presenciei, posso garantir que é assim.
A ideia de que nós, os tapuias e tupiniquins nascidos abaixo da linha do Equador somos mal educados é apenas um  mito. Faz parte do complexo de inferioridade que nos leva a elogiar o que vem de fora e desprezar o que é genuinamente nacional.
O ser humano é igual em toda parte.
E nós não somos nem melhores, nem piores, nem  diferentes de outros povos.
Apenas precisamos aprender a valorizar o que temos de bom e tentar consertar o que temos de errado.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sexo, amor e felicidade


Com anos luz de atraso em relação à Holanda, e ainda com alguns anos de atraso em relação a Portugal, Espanha e Argentina, finalmente o Brasil passa a reconhecer os direitos dos casais homossexuais.
É bem verdade que o reconhecimento teve que vir por intermédio do Judiciário, uma vez que o Legislativo, omisso, esqueceu em alguma gaveta o projeto de lei que há muito deveria ter sido votado.
Merecem destaque as palavras do relator, o Exmo Ministro Ayres Brito:

"Afinal, se as  
pessoas de preferência heterossexual só
podem se realizar ou ser felizes
heterossexualmente, as de preferência
homossexual seguem na mesma toada: só podem
se realizar ou ser felizes homossexualmente"



Porque no final das contas, é unicamente disso que se trata: do nosso direito à felicidade.
Da possibilidade de cada um exercer sua vocação, de alcançar seus mais íntimos anseios, sem sofrer discriminações, violências, rejeições injustificadas.
Se um homem deseja trabalhar e ganhar com as próprias mãos seu sustento, será infeliz se não puder fazê-lo. Se uma mulher sonha ter seus filhos e criá-los, será infeliz se não puder tê-los. Se João, querendo amar José, for obrigado a amar Maria, se Maria, querendo amar João, for obrigada a amar Maria, igualmente serão infelizes.
Porque independente de cor, credo, convicções políticas, orientação sexual, o que toda pessoa almeja é a felicidade, com a liberdade de apenas ser o que deseja ser, de amar a quem queira amar.
Ideias antigas, preconceitos, dogmas religiosos não deveriam jamais ter o poder de impedir esse direito.
Porque se é verdade que Deus  criou o homem por amor, então também para buscar a felicidade o criou.



Miscigenação!

Nao sou muito de fazer postagens no blog da familia, até porque tenho a digníssima tarefa de cuidar do blog da minha banda* também, mas um pensamento relâmpago me trouxe até aqui para postar hoje...

O Brasil é famoso por seus costumes, seus credos, culturas, etc. Tudo isso consite em uma única palavra, uma tal de "miscigenação".

miscigenação:
fem. Cruzamento entre indivíduos de raças diferentes (especialmente de raças humanas); mestiçagem
(Do lat. miscére, «misturar» +genère-, «raça» +-ção)

Entao, há de se concordar que, se lá em meados de 1500, Pedro Álvares Cabral, um cara que gostava muito de viajar com seu barquinho, descobrisse as índias por acidente, o curso do nosso Brasil nao seria o mesmo hoje. Quem sabe seríamos uma potência mundial como os EUA, um país de primeiro mundo, ou uma Etiópia da vida que, com o perdão do trocadilho, só é rica em pobreza, fome e injustiça, um país, dito por muitos como "esquecido por Deus"... Vai saber.

Hoje aconteceu um fato curioso comigo, e foi um dos motivos que me levou a fazer essa postagem. Eu estava planejando a agenda da banda com o vocalista pelo msn e ele me disse que tinha feito uma musica em minha homenagem. Me mandou a letra todo empolgado esperando pela minha opnião. Acontece que na letra da musica dizia que eu era o  Rei do Sertão, pelo fato do meu apelido ser Urubu, e onde mais tem urubu? No sertão comendo carniça de boi morto na seca, claro! Mas acontece que todo mundo sabe que eu gosto de rock, toco guitarra e tudo. Até meu apelido "Urubu" tem a ver com minhas roupas pretas de rock. Aí vem um cara dizer que eu sou rei da terra do forró! E eu, sutilmente, quebrei o pau com ele. Desci a letra mesmo. E expliquei que a banda já tinha uma musica que falava dos seringueiros do sertão, e outra musica que fizemos como forró. Estranho né? Eu digo que faço parte de uma banda de rock, mas a banda de rock toca forró? Isso mesmo! Nao tocamos só rock. Tocamos desde BeeGees até Slayer, Cazuza a Zé Ramalho. E é pelo fato da tal "miscigenação" que a gente faz assim.

O que quero dizer é, como é que, em um país fruto de inúmeras miscigenações, há lugar para preconceito de raça, religião e sexualidade? E o pior é que a sociedade leva tudo na base eo "se nao é comigo, deixa pra lá".
Uma vez eu vi uma frase que se encaixa perfeitamente aqui: "voces homens abominam o homossexualismo, mas se divertem com o lesbianismo".
O fato é que o ser humano pode ser louco mas, mais do que louco, é burro. Burro a ponto de ser o único animal capaz de diminuir o numero de sua própria espécie. Capaz de querer conquistar o espaço sem nem conhecer metade das coisas que existem no seu planeta. Capaz de querer conhecer outras vidas sem nem entender ao menos o propósito de sua existência na Terra.

A diversidade é um um fato único. Cabe a nós aprendermos a conviver com tal fato, antes que seja tarde demais.

VIVA A DIVERSIDADE!

Bruno

* Me sigam no twitter: @urubuguitars e @musrocker
Blog da minha banda: www.musrocker@blogspot.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A pé, de busão, de Uno

Deixei meu carro na concessionária para ser vendido. Achei que seria mole andar a pé. Afinal, adoro caminhar. Difícil não é, mas complica quando chove. Ou quando a gente tem um compromisso mais formal, precisa sair bem vestido, de sapatos e tem que caminhar 5 ou 6 quarteirões.
Num dia em que tive muitos compromissos e demorei na cidade, resolvi voltar pra casa de ônibus.  Foi engraçado: não sei o horário dos ônibus, nem onde tomá-lo, nem quanto custa a passagem. Mas dei sorte. Chegando no ponto final tinha um quase saindo. Me enfiei dentro dele e vim embora me sentindo como uma criança fazendo travessura. No banco vizinho, duas moças viajavam comendo um pacote de salgadinho que compraram na barraquinha do camelô. Tive vontade de ter feito o mesmo.
Como em casa temos dois carros, aos poucos fomos nos arranjando pra conciliar agendas. Quando os horários era diferentes, eu corria resolver minhas coisas e depois corria  pra devolver o carro. O arranjo deu certo até o dia em que esse carro também teve que ir pra revisão. Aí não dava mais pra segurar e precisei tomar outra providência.
Com meu cartão de cliente cadastrada, entrei toda cheia de pose na locadora de automóveis. A atendente, muito solícita me ofereceu um Uno, 1.0. Diante da minha evidente cara de decepção ela procurou amenizar: mas tem 4 portas, direção, ar condicionado, disse pra me consolar.
Saí da locadora muito ressabiada, dirigindo o carrinho. Eu diria que é o próprio carro Nem: nem feio nem bonito, nem grande nem pequeno, nem bom nem ruim. Na primeira subida, com o ar ligado, precisei reduzir a marcha. Na estrada, não tive a ousadia de arriscar uma ultrapassagem.
Mas admito que o bichinho tem lá seus méritos: o ponteiro marcador do tanque de combustível não desce, por mais que se rode. Quando fui estacionar, habituada que estou a dirigir uma "viatura" e dar 3  voltas até achar uma vaga grande, com ele não tive problemas. Na primeira vaga que encontrei manobrei, entrei numa única manobra e ainda sobrou muito espaço.
Parodiando o Roberto Carlos, acho que já estou me acostumando e do carango até gostando....rsrsrs...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dirigindo na chuva

Semanas atrás precisei vir de São Paulo para o interior dirigindo à noite, debaixo de chuva. Asfalto molhado, visibilidade ruim, pistas escorregadias, em cada curva um sobressalto.
Prudente, peguei a faixa da direita e dirigi concentrada e cautelosa, em velocidade inferior à costumeira.
Fui acintosa e sistematicamente ultrapassada por outros motoristas, mais apressados ou mais corajosos do que eu. Dentre eles, muitos caminhões que ao passar me encombriam com um nuvem de água.
Lembrei-me dos inúmeros acidentes envolvendo caminhões que os telejornais noticiam, nos quais em geral as vítimas mais graves são os ocupantes dos veículos menores.
Fiquei me perguntando o que leva um motorista cuja habilitação é de categoria profissional a dirigir dessa forma: pressa, imprudência, irresponsabilidade? Ou tudo isso somado à certeza de que no Brasil raramente alguém é punido pra valer por provocar um acidente de trânsito?
Cheguei em casa mais tarde e mais cansada do que o habitual. Mas quando me deitei dormi em paz, certa de que naquela noite conduzi meu carro e minha vida de forma a não causar dano a ninguém.
É o que espero ser capaz de fazer todos os dias. Amém.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dos insanos para os talentosos






Fazendo propaganda alheia, de graça. É uma linda marina, pintada pela Preta, mas como ela não mostra, mostro eu.



















segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Dias de medo"

Os americanos conseguiram matar Bin Laden e diz a imprensa, jogaram o corpo no mar. Mas seria o fim do terrorismo? Ou o fim da Al Qaeda? Duvido muito. Acho que na verdade as coisas vão é piorar, e muito. Embarcar em aviões já é um transtorno. De chapéu ninguém passa pela máquina de raio-X; de sapatos que contenham qualquer tipo de metal também não. Na bagagem de mão nenhum frasco que contenha mais de 100 ml de qualquer líquido. O que virá agora? Talvez a tal máquina capaz de deixar a gente completamente pelado. E será que adianta alguma coisa? Também duvido muito. Acho que o terrorismo vai reagir. Nem que seja só pra marcar presença, para mostrar que ainda respira. Acho que o mundo vai passar por um momento de grande agitação, que locais públicos (aeroportos, estações de metrô e trem, praças) especialmente na Europa e Estados Unidos serão lugares de grande risco.
Acredito que teremos dias de inquietação, quando a segurança de todos estará ameaçada.
É hora de dar graças a Deus por estarmos no Brasil e de reconhecer que é muito bom vivermos ao sul da América, bem longe de todas essa confusão

domingo, 1 de maio de 2011

Em casa

Fui, vi, gostei de algumas coisas, detestei outras (como já era esperado). Gosto de encontrar pessoas, conversar com gente diferente. Então nesse aspecto foi bom. Adorei os portugueses. São sorridentes, educados, gostam de conversar, dão informações na rua. Lisboa é uma cidade bonita e estava lotada de turistas. O vinho é bom e barato. Mas o bolinho de bacalhau ficou a dever (melhor comê-los aqui no Brasil mesmo). Os espanhóis são o que já se sabe, uns grosseirões. Mas a Espanha é linda, a despeito deles. E Barcelona é a minha Paris: fervilhante, colorida, poliglota.
De toda a viagem a experiência boa, boa mesmo, é a de voltar pra casa. Senti saudade da minha vida (o que eu também já esperava) e tive a cada momento, a certeza absoluta de que tudo que necessito para ser feliz está exatamente aqui, no lugar onde vivo.
Por um lado isso é péssimo: me afasta de novas experiências, estreita um pouco o meu mundo.
Por outro, é fantástico: significa que sei do que realmente preciso na vida, que encontrei meu espaço, que alcancei paz de espírito (o  que convenhamos, é uma grande conquista).
É muito bom estar de volta. Estar em casa, confortável diante do computador, com a sensação agradável de estar conversando diretamente com cada um de vocês.