sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sonho de uma noite de verão

Final de tarde, quase o lusco-fusco; ainda resta do dia um pouco de luz difusa, do tipo que não deixa ver tudo à nossa volta, mas não esconde o mundo por inteiro, revela  apenas vultos indistintos.
Caminhamos lado a lado por uma rua deserta, desconhecida, porém tranqüila, segura. Minha mão esquerda vai muito casualmente, muito sutilmente pousada em sua cintura; o contato do meu braço, da minha mão em seu corpo é agradável e provavelmente despercebido até por nós.
Conversamos inocentemente, algo da tagalerice descompromissada de amigos de longa data, descontraídos e satisfeitos com a companhia um do outro.
De repente, ela vira-se ligeiramente, seu corpo volta-se um pouco na direção do meu, só um pouco, quase fica de frente, mas não chega sequer a me roçar, sua respiração fica próxima do meu pescoço, sinto seu hálito morno, ela fala quase na minha orelha; uma confidência qualquer, algo que não deve ser escutado por mais ninguém.
Levo um susto, meu coração dá um salto no peito, minhas pernas amolecem, bambeiam; por um milésimo de segundos eu tive a impressão de que ela fosse... me beijar. Quis mesmo que fosse um beijo.
Preciso disfarçar, prestar atenção ao que ela diz, faço um esforço descomunal para resistir ao impulso doido de  aumentar a pressão do meu braço, de apertar um pouco mais sua cintura, puxá-la pra perto de mim.
Não compreendo nada do que está sendo dito, acho que nem escuto...ouço apenas o pulsar do meu coração, sinto a sensação de que estou derretendo, como manteiga na frigideira quente.
Algo está esmaecendo, esfumaçando...
Acordo num sobressalto. Minha mulher entrou no quarto.
 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um dia para jamais ser esquecido

Vocês já tiveram um dia especial, daqueles dos quais a gente quer se lembrar pra sempre, um dia glorioso?
Eu acho que posso afirmar que o dia de ontem foi pra mim um desses dias.
Comecei pela manhã, dando uma corridinha...de leve. Nada de  muito exagero que o esqueleto já não aguenta mais. A manhã estava perfeita, céu azul, calor, um brisa fresca batendo no rosto.
Na volta, encontrei na portaria um envelope oficial, com direito a brasão da República e tudo (não, o correio aqui não está em greve, as correspondências chegam normalmente).
Abri ansiosa. Lá dentro, a solução de uma questão pendende há anos. Finalmente, oficialmente a Preta reconhecida como minha dependente.
Liguei o computador, chequei meus registros institiucionais e lá estava: o nome dela no meu cadastro, enfim admitida como companheira em união estável.
Vibrei de alegria.
Mas não parou por aí.
Logo após o almoço, pausa pra colher amoras. Mãos e unhas de um vermelho sanguinolento das amoras que estouravam ao ser tocadas. Comemos amoras como duas crianças. Subi no pé de amora e só de desci quando não aguentava mais comer.  Com ciscos das folhas de amora entranhados no cabelo. E a firme convicção de que enquanto eu tiver saúde, não me mudo de um quintal onde tenho árvores nas quais subir pra lugar nenhum deste mundo
Como não havia compromissos na rua (nem empregada pra atrapalhar) ligeiro namoro no meio da tarde (rápido, fechem as cortinas.....rsrsrsrs).
Mas para o final da tarde, perdoei uma pessoa que tinha me magoado. Tão boa a sensação de me desapegar dos ressentimentos. De apertar as mãos de alguém com sinceridade e ganhar um abraço espontâneo. Tirei um peso das minhas costas. E fiquei com a nítida impressão de fiz muito mais gente feliz do que eu pretendia.
Fechei a noite com chave de ouro, numa invenção de última hora: passei no açougue, comprei carne, grelhei uns medalhões de filet, abri meia garrafa de vinho, pus uma rosa sobre a mesa....pronto, improvisei um jantar.
Parece que agradei....ganhei até música no facebook.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ANIVERSÁRIO DA MARIA CLARA

Família, boa noite!

Para aqueles que não acessaram os e-mails hoje, aproveito o blog para convidá-los para o aniversário da Maria Clara no próximo sábado (01/10) às 18h00 no salão do prédio (R. Artur de Oliveira, 177).

Agradeço as mensagens e telefonemas recebidos.

Resolvemos não fazer nada hoje porque dois motivos:

1°) Ela quis comemorar o aniversário com os amiguinhos da escola;
2°) Eu e o Ronaldo estamos  cansados! Trabalhei sábado e domingo. O Ronaldo foi hoje para o Rio de Janeiro, numa reunião.

Enfim, estamos poupando energia para o sábado...

Contamos com a presença de vocês!

Beijos,
                                                           (Meu 1° ano)
Simone, Ronaldo e Maria Clara

Especial do dia

Bom dia Maria Clara! Que este teu dia seja colorido e doce como um pacote de "mini confetis" (e que o papai e a mamãe te mostrem esta postagem....algum dia).

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Antes que o dia acabe

Gente, acabo de me lembrar que hoje é dia de Cosme e Damião. Deveríamos ter dado doces pras crianças (ainda me lembro de um tempo em que a Célia preparava os saquinhos cheio de doces e distribuía pra criançada da rua - e eu sempre ganhava um também...rsrsrs).
Não o fizemos (bem, pelo menos eu não dei doce pra criança alguma mas gostaria de tê-lo feito).
Se é tarde para o doces, ainda dá tempo de dizer um salve aos santos meninos E de dar um viva a todos os gêmeos, não nos esquecendo dos gêmeos da famíla: a Preta, a Juliana, a Simone Perucelo.
E também acabo de descobrir que é o dia do cantor. Não temos cantores profissionais entre nós. Não por falta de talento e sim de oportunidade ou ousadia, porque Célia, Preta, Sandra, Julia, Bruno poderiam cantar sem constrangimento, tenho certeza de que se sairiam bem.
À míngua de cantores profissionais, fica o registro da data e os cumprimentos aos cantores de chuveiro que todos nós somos.

Insanos ou talentosos?

Quando este blog começou eu achei que não passava mesmo de insanidade. Não que eu duvidasse do talento de alguém, em absoluto. Mas até a escolha do nome do blog foi uma farra tão tumultada, que eu pensei que tudo aqui não passaria de "fogo de palha" (mesmo porque, como eu não me canso de reclamar, tem um monte de gente que nos espia, mas não dá sinal de vida).
Pois não é que aos poucos o blog vai revelando uns e outros?
Eu venho deixando de lado a autocensura e declarando minhas emoções (não aquelas dos versos, que podem ser "inventadas") mas as minhas mesmo, quando me queixo, quando agradeço, quando peço desculpas.
A Preta já andou arriscando algumas palavras carregadas de poesia.
Agora, surpresa das surpresas, o moço da tecnologia, aquele que em tese só conheceria o coração dos PCs e notebooks vem se revelando autor de versos.
Vem se monstrando timidamente, mas aposto que com o tempo ele se solta.
Nossa fileira de talentosos aumentando! Que coisa boa!
Então temos Bruno e Caio na música, Fatima, Rodrigo e Bruno nas letras (sem esquecer da Má, que não faz poesia mas é muita boa em prosa), Júlia (faz parte de nós? rsrsrsrsrs) nas artes manuais (e poderia cantar junto coma Sandra, se quisessem) e a Preta, uma artista da vida (uma mulher de sete instrumentos), embora não toque nenhum instrumento.
Isso sem falar nos artistas de fato e de direito: Vander, Vivi, Alfredo.
E não esquecendo ainda dos que são capazes de desenhar e pintar, como Ronaldo e Valdo.
Ufa!!! Que alívio. Somos mais talentosos do que doidos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A postagem especial de hoje é para o Rodrigo

Ofereço este poema ao Rodrigo, o mais "minino" dos meninos com os quais convivi ao longo da vida:

Uns meninos

Meninos brincam de bola,
são tão bobos, fantasiam
todos são o centroavante que marca o gol da vitória.

Brigam na volta da escola
são disputas importantes,
quem é o maior, o mais forte
tem bombeiro e aviador
tem um monte de doutor
médico, engenheiro,  dentista.

Meninos carregam no bolso
seus tesouros inusitados
um resto de chocolate, tampinha de refrigerante
figurinhas, três moedas
palitos de fósforo queimados.

Alguns são imaginosos
encontram um formigueiro lá no fundo do quintal
e criam formigas gigantes.

Todos são preguiçosos,
malucos por joystick, por volante, por  teclados
e carrinhos de rolimã.

Adoram comer brigadeiro,
se esforçam pra parecer feios, sujos e malvados,
fazem pose de galã.  

Meninos são engraçados
fingem que são valentes e choram por um corte no dedo
têm medo até de meninas.

Bom mesmo é quando eles descobrem
o encanto da alma feminina.
Mas aí..., já viraram homens.

domingo, 25 de setembro de 2011

Hoje o dia estava quente.
A noite ficou frio.
Andei o dia inteiro
De estômago vazio!

Não porque eu queria,
Mas porque a comida saiu tarde,
Como estava com pressa,
Comi só a metade!

Saí com a moto sem correr,
Sei que a Lara quando eu voltar vai querer me ver,
Andando com responsabilidade
Sentindo o vento da liberdade!

Corri pra lá corri pra cá,
No Vale do Anhangabaú parei,
Fui ver a minha mãe,
Por isso demorei,
Mas não cheguei tarde,
Pois a fome falou mais alto,
Quando cheguei em casa,
Na geladeira fiz um assalto!

Agora isso é para quem está lendo
Parece que estou mentindo,
Por incrível que pareça
Esse foi o meu domingo!

Rodrigo!

Ainda a respeito do BBB

Tomando carona na postagem do Bruno a respeito do BBB (que provocou uma longa resposta por parte do Tico), publico aqui uma postagem que fiz num blog que mantive há algum tempo atrás (e que deixei morrer por desinteresse). É portanto, uma postagem requentada (datada de 11.2.2009), mas ainda assim pertinente, eu acho:

Eu assisto BBB. E você? 

Sucesso de público e objeto de muitas críticas, o reality show BBB no meu entender é um fenônemo que merece ser analisado.

Será o programa apenas um entretenimento para passar o tempo? Ou seria o BBB mais uma baixaria televisiva com o objetivo de despertar o voyeur que existe em cada telespectador?

Confesso que duas coisas me mobilizam no BBB: o fato de pessoas se sujeitarem ao confinamento junto com estranhos e os conflitos, reais ou fictícios que surgem entre os participantes.

Me pergunto constantemente: o comportamento de um ser humano que se sujeita a ser visto e ouvido 24 horas por dia é espontâneo? Valerá a pena abrir mão de qualquer privacidade na busca por um milhão? Qual o grau de estresse de alguém que sabe que está sendo vigiado? Será que com o passar dos dias a pessoa se esquece das câmeras e passa a agir naturalmente, como ela realmente é?

São perguntas que me intrigam e por isso assisto.

Não me interesso pelos pretensos romances que surgem dentro da casa (esses sim me parecem premeditados, para seduzir o público).

Também não me interesso pelo chororô de alguns participantes que se esforçam pra mostrar sensibilidade. Gosto mesmo é da disputa, do evidenciar das diferenças entre as pessoas.

E eventualmente também gosto das intervenções do apresentador, quando cobra explicações de algum participante.

E você, o que acha?


sábado, 24 de setembro de 2011

São tantas emoções....

Há pessoas que nos causam tanta decepção, que a gente chega a desacreditar da espécie humana. O que pra mim, aliás, não é muito difícil. Umas das minhas frases malditas/favoritas está na fala de um personagem do escritor Stephen King: "...o mundo é um ótimo lugar, só que muito mal frequentado...".
Por outro lado, talvez para comprovar a existência de uma lei natural da compensação, há pessoas que  por sua generosidade nos causam tanta emoção, mas tanta, que trazem lágrimas aos nossos olhos e pra não chorar a gente tem que fazer uma bruta força.
Daqueles que nos decepcionam é melhor não falar muito. Para não dar a eles a visibilidade que definitivamente não merecem.
Mas aqueles que nos emocionam devem ter seus nomes escritos num outdoor, declarados em alto e bom som, espalhados aos 4 cantos do mundo.
Eu uso essa postagem de hoje para fazer isso. Para apregoar os nomes da Márcia e da Sandra.
Sábado passado, por ocasião da festa de lançamento do meu livro, havia o perigo de meus pais não comparecerem. Questões familiares complexas, os problemas de saúde da minha mãe....esse tipo de coisa.
Pois bem, a Má tão logo soube disso dispôs-se  a ir buscá-los, para que não ficassem de fora da festa. Não é mole não (entre idas e vindas, pra trazer pra São Paulo e levar de volta seriam 480 km num dia).
Só pela oferta dela eu já fiquei muito grata e emocionada.
Mais tarde vim a saber que a Sandra, ao tomar conhecimento de que meus pais talvez não viessem teria dito para a Márcia, de bate e pronto: "vamos lá buscá-los".
É uma demonstração incrível de solidariedade, desprendimento, interesse pelo bem-estar alheio.
E eu, sinceramente, não sei se sou merecedora de tanto carinho.
Só sei que fiquei muito comovida, me vieram lágrimas aos olhos (que eu engoli) e faço aqui de público meu agradecimento sincero.
PS:  meus pais vieram à festa na companhia da minha irmã Bete, que assumiu a tarefa de buscá-los e levá-los de volta. A ela eu já agradeci pessoalmente e embora saiba que ela não lê o blog, ainda assim repito meu muito obrigada.


Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos


Capítulo V - Parte I - Do centro-oeste para o norte (ou, onde a aventura realmente começa)

Saímos de Brasília, do centro-oeste para o norte, em direção a Palmas. Daí pra frente, estradas e cidades pouco conhecidas. Mal nos afastamos de Brasília e a aventura já começou. Uma obra na rodovida nos empurrou para um desvio em terra: nuvens de poeira vermelha  impediam a visão do que estava à nossa frente e do que vinha na direção contrária. Foram 20 km de adrenalina e incerteza até voltarmos ao asfalto.
Ao longo do caminho, a vegetação típica da região, secura, céu infinitamente azul e a beleza inesperada de alguma flor exótica e solitária que surge no cerrado.
A proposta inicial era pararmos em Alto Paraíso ou São Jorge.Com direito a uma visita à Chapada dos Veadeiros (que nós já conhecíamos). Alto Paraíso, pra quem não sabe é, literalmente, o paraíso dos esotéricos: hippies remanescentes da década de 60, malucos-beleza, videntes, cartomantes, ufólogos, lojinhas vendendo incenso, roupas indianas, mandalas e o que mais de quinquilharia  se possa imaginar. Há quem diga que é possível ver duendes. Eu não sei...não vi nada. Não acredito, nem duvido.
Como em alto Paraíso já estivéramos hospedada uma vez, eu pensei em parar em São Jorge, ou seja, bem no portão de entrada da Chapada (sabem como é, São Jorge, o santo guerreiro, nós somos corinthianas, tinha tudo a ver).
Eu tentei ir. Mas não há asfalto em todo o trajeto até São Jorge. A estrada, de "chão" como eles dizem tem verdadeiros bancos de terra e buracos que devem ter sido feitos pelos disco-voadores que lá aterrisam.
Depois de muito sacolejar, de me contorcer pra não encalhar/atolar num "banco de areia", de ter a cor do carro mudada de preto pra cinza de tão coberto de pó, chegamos à conclusão de que não valia o esforço (nem  o carro tinha tração 4x4, nem as moçoilas são tão off-road quanto queriam parecer).
Além das dificuldades no caminho, não tínhamos reserva em nenhuma pousada. Não sabíamos se haveria disponibilidade em alguma que fosse do nosso agrado. Nesses locais muito "alternativos" é sempre bom ficar esperta: às vezes a tal da pousadinha transada é um lugar muito "cabeça e pouco conforto" e eu não gosto dessas coisas.
Adoramos mato, muita terra, pé no chão, caminhadas, mas no final do dia queremos banho quente, cama confortável, toalhas de banho limpas. Na verdade, não passamos de urbanóides metidas a aventureiras.
Desistimos de São Jorge e resolvemos seguir viagem. E lá fomos nós em direção a Cavalcante (totalmente desconhecida), onde teríamos que dormir de qualquer maneira (mesmo que a hospedagem não fosse boa), porque chegaríamos lá já quase ao anoitecer.
E Cavalcante foi tão deliciosamente surpreendente, que conquistou o direito de ser a segunda parte deste capítulo.

Fotos da viagem:


A caminho de São Jorge(estamos dentro dessa nuvem de pó)

Este carro era originariamente preto (e este trecho da estrada é quase "asfalto")




Esta formação rochosa (e outras mais) são a Chapada dos Veadeiros.

Trilha sonora para o capítulo de hoje:


Fá 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Piadinha barata

Dizem que mulher detesta barata e adora carinho.
Mulher não gosta de comida barata, viagem barata, bolsa barata.
Mulher gosta mesmo é de almoço carinho, hotel carinho, sapato carinho.

Riam....se puderem.

A primavera chegou

"Desperta no bosque gentil primavera, com ela chegou o canto, o gorjeio dos sabiás....tralalalalalá....". Era assim que cantávamos no antigo ginásio na chegada da primavera (xi, será que isso revela minha idade?
Lembrei-me dessa música porque hoje, 23 de setembro, começa oficialmente a primavera.
Digo oficialmente porque aqui na roça a natureza ignora o calendário e nos campos, lá fora, há muito que já chegou. As árvores recuperaram o resplandecente verde de suas copas. E meu jardim é uma explosão colorida de flores.
Dizem que a primavera é a estação das flores. Ou a estação do amor.
Eu penso que é a estação da ressurreição.
A primavera nos mostra o mistério das coisas que estiveram em recolhimento no inverno e que agora ressurgem em sua plenitude. E nos ensina que a vida é feita de ciclos: nascimento e morte, morte e renascimento.
Que se algumas folhas caem, sempre nascem outras em seu lugar.



Trilha sonora para a postagem de hoje (música clássica e balé para aumentar nossa cultura geral)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

complementando a postagem anterior


Esta foto não poderia faltar. Ela está demais............


Rosa/Preta

"Fátima e eu" num passeio à São Carlos e também no museu da TAM com a "Jú e o Lorenzo"






















Foi um ótimo final de semana.
Valeu Fá!!!!!!!!!!!!




Rosa/Preta

Dia dos amantes

Meus queridos blogueiros: eu tinha uma postagem para refazer.
Uma tal de "Corrigindo velhos ditados" que eu tentei postar diversas vezes e todas as vezes deu errado. Entrava o título, mas o texto que eu tentava baixar não entrava de maneira nenhuma.
Agora eu estava prestes a fazer uma última tentativa, mas acabo de descobrir que hoje é dia dos amantes
Bem, na verdade do dia quase já não resta mais nada. Mas ainda resta a noite. E quer melhor momento para os amantes do que a noite?
Eu não sei se algum de vocês tem amante, no sentido tradicional, aquele caso proibido, oculto, excitante e perigoso. Eu não tenho. Mas segundo já me disseram aqui mesmo no blog, eu tenho uma amada amante.
O que eu sei é que seja dia dos namorados, seja dia dos casados, seja dia dos amantes, pra mim qualquer data é bom motivo pra namorar...de modos que por aqui me vou e a tal da postagem que falhou fica para outro dia....Outro que não seja tão especial.

Pandorga negra

Tenho uma amiga mais virtual do que real, a Mariza, que tem uma imaginação fertilíssima e fala muita asneira (que ela não saiba que eu disse isso...rsrsrs...). Bem, por causa de uma foto de um pássaro que postei no facebook, nossa conversa derivou para um papo de malucos e no fim deu nisto aqui (eu ainda não sei como ficou a pandorga dela):

Pandorga negra

Uma pandorga negra caiu do céu sobre o meu quintal
e aterrisou na minha árvore de Natal
sim, minha árvore de Natal é um pinheiro
fica lá fora o ano inteiro
só a enfeito para os festejos natalinos
atrás da nave de papel vieram nos meninos
queriam pular o muro e resgatá-la, um troféu
felizmente eu tenho um guardão,
uma cão fiel que mantém meu território seguro
e a pandorga ficou lá a tarde inteira
a balançar no ar, negra bandeira.


PS: pandorga é como os gaúchos chamam nossa popular "pipa".

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Da série conselhos da minha tia

"Dê uma cambalhota no ar, se puder. Não tenha medo de quebrar a perna. Uma perna quebrada não dói nada, se comparada à mesmice de uma vida estagnada."

Dia da árvore

Hoje, 21 de setembro é o dia da árvore.
Eu já plantei algumas (três, para ser mais exata), que estão aqui no meu quintal dando sombra e frutos para os passarinhos. E dando a mim o prazer de admirá-las e pensá-las minhas.
A Má dia desses fez uma postagem a respeito do lançamento do  meu livro, mencionando as três etapas da realização humana que, segundo dizem, é plantar uma árvore, escrever um livro e ter filhos.
Tomando carona na postagem dela eu digo que realmente plantar árvores é muito gratificante e sugiro a quem não experimentou que o faça. Mesmo que você não tenha um quintal, plante uma árvore em qualquer lugar:  numa praça pública, no quintal de um amigo que aceite esse teu gesto.
O mundo precisa de verde, para filtrar a poluição que nós produzimos e para ficar mais bonito.
Se a realização das pessoas passa por ter filhos, então ainda mais o planeta precisa de árvores para garantir o futuro desses filhos.
E se o complemento da realização inclui escrever livros, ainda uma vez precisamos de árvores, pois sem elas não há papel no qual imprimir os livros (e não me venham com livros eletrônicos, ebooks e que tais, porque livro de verdade tem papel pra gente tocar e tinta pra gente cheirar).


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cordel que deixou Globo e Pedro Bial indignados

Leitores e insanos, nem preciso comentar mais uma vez a minha ausência de postagens no nosso querodo blog, mas eu acompanho por trás das cortinas esse teatro maravilhoso diáriamente, podem acreditar. A seguir vai uma postagem que o baterista da minha banda, o Fernando, vulgo "Rocha", me mandou por email e eu imediatamente vim aqui postar. Leiam e comentem o que acharam...

BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM

Bruno "urubu"

Piadinha insuportável

Eu sei que o tema futebol foi praticamente banido do blog, mas na condição de torcedora do Corinthians devidamente enfurecida com os últimos tropeços do time, sinto-me à vontade para veicular a piadinha detestável que tive de engolir no último fim de semana:

"O Corinthians na liderança do campeonato é como jaboti subindo em árvore, todo mundo sabe que vai cair, é só uma questão de tempo".

Fotos do encontro de insanos com tubarões

Meus queridos insanos, obrigada mais uma vez pelo carinho de terem abandonado seus afazeres e me darem a honra de sua companhia numa fantástica tarde de sábado.
Aqui vão algumas fotos:









Paquerando a própria mulher

Este fato é antigo e bem engraçado. Contado aqui talvez nem tenha tanta graça. Mas eu, todas as vezes em que me lembro, dou risada sozinha.
Morávamos em Brasília. Eu saí para a minha caminhada diária (até aí, que novidade!) no canteiro central do eixinho.
A Preta não foi comigo porque tinha algum outro compromisso do qual já não me lembro mais.
Estava eu no final da caminhada quase chegando em casa (caminho sempre na contramão do tráfego, para ver o veículos de frente) e eis que vejo vindo a uma certa distância um carro vermelho, com uma loiraça ao volante.
"Nossa, que carrão e que loira linda", eu pensei comigo.
E tratei de me concentrar no olhar, para prestar aos dois - o carro e a mulher - a admiração que eles mereciam.
Conforme o carro se aproximou e eu pude enxergar melhor, tive que me xingar, tive que rir de mim, eu até falei sozinha.
Eram o meu carro...e a minha mulher.
O carro?...Eu vendi já faz tempo!
A mulher? Continua a mesma....e linda.

Insanos e Talentosos

Aqui temos de tudo um pouco:
De advogados a ex-caminhoneiro,
De contador a roqueiro,
Onde isso vai acabar?
Não sei, e com isso nem quero me preocupar;
Onde aqui nos encontramos,
Em um mundo tipicamente insano,
Aqui não é mar, mas o tubarão não dorme,
Mesmo perto de completar um ano,
Aqui não tem dor, mas tem amor e humor,
Para os poucos, que aos poucos serão muitos,
Deixo com carinho esse verso,
Que com dedicação e criatividade,
Nosso blog um dia vai ser do do tamanho desse universo!
Porque visita aqui não falta,
Mesmo que o mundo não dê mais nenhuma volta.
Mas se um dia o mundo acabar,
Vai ter gente que minutos antes aqui vai postar:
O mundo acabou, agora só restam ossos,
Mas um dia todos nós fomos, Insanos e Talentosos!

Rodrigo!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Back to the carroças

O governo federal acaba de decretar o aumento em até 30% do IPI sobre o carros importados. Isso quer dizer que o preço desses carros deve subir. Isso significa que pessoas como a Má (que já teve um Mercedes) e eu, que tenho um i30, ou deixaremos de comprar esses carros, ou pagaremos mais caro por eles. Isso é, em linguagem de política econômica, a criação de uma espécie de reserva de mercado para a indústria automobilista nacional. Em outras palavras, estamos de volta às carroças das quais reclamava o ex-presidente Collor de triste memória.
O problema é que não dá pra comparar os carros nacionais com os importados que já se tornaram quase populares por aqui.
Nos carros que vem de fora ar condicionado, vidro e trava elétrica, comando de som no volante, air bags, sensor de chuva, entradas USB, computador de bordo são ítens de série. As montadoras brasileiras só oferecem esses ítens como opcionais e a cada opcional que se acrescenta, acrescentam-se alguns dígitos no preço final.
Repete-se o velho costume de desestimular a competividade, adotando medidas protecionistas.
A indústria nacional não precisa de proteção. Precisa de tecnologia, de investimentos, de qualificação da mão de obra, de produzir mais e melhor para baratear custos.
Eu não posso citar marcas porque este blog é público e eu correria o risco de ser processada. Mas quem não conhece o velho conceito de Fui Iludido Agora é Tarde? Dá pra comparar os carros feitos segundo essa filosofia com os coreanos que invadiram as ruas. Ou com os chineses que estavam chegando com a promessa de serem completos pelo mesmo preço dos nossos "populares"?
O pior é que sem a concorrência dos importados, as montadoras brasileiras são bem capazes de aumentar o preço de suas carroças.
É assim que se vive na Belíndia.

Poder das palavras: "TUBARÕES NUNCA DORMEM"

NÃO RESISTI: antes de dormir, peguei em minhas mãos o livro do qual recebi seu autógrafo (com o maior orgulho) e comecei a ler e senti que em meus melhores momentos da vida sempre tive um livro em minhas mãos, já li muitos, pude notar que a cada palavra que lia a emoção do texto era explicita de um orgulho e emoção da qual só quem tem o dom de usar as palavras pode tocar o coração de quem já teve um livro na mão, nessa nossa era tecnológica, facebook (que não é tão book assim), orkut, twitter.... eu tenho os meus.... mas o doce prazer de ascender a luz da minha cama com um livro nas mãos ver que a imensidão da imaginação e da doçura das rimas fazem que meus sonhos sejam tão doces.

sendo assim, meus parabéns e quero os próximos.

Ricardo Pomini

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Capítulo IV - Feriado nacional na capital federal

Depois de deliciosos 500 km de estrada, chegamos em Brasília ao entardecer do dia 06 de setembro e fomos recepcionadas pelo por do sol espetacular de final de inverno que envolvia a cidade numa intensa luz dourada. Até encontrar um hotel, descarregar bagagens, tomar uma banho já era noite e não havia tempo para muita coisa. Um giro pelo shopping, um jantar leve e cama.
No dia seguinte saímos para nossa indefectível caminhada. O 7 de setembro tinha o ar festivo e colorido de feriado nacional.
As pessoas se dirigiam para a Esplanada dos Ministérios a fim de acompanhar as comemorações cívicas porque naquele dia, efetivamente, a praça era do povo e o céu dos aviões caça que faziam suas exibições acrobáticas.
Brasília, para quem não conhece explico, tem uma pista enorme que atravessa a cidade da Asa Sul para a Asa Norte e vice-versa à qual os brasilienses chama de Eixão. Aos domingos e feriados essa via é fechada e se transforma em rua de lazer. É a mais democrática reunião de atletas habituais, corredores de fim de semana, ciclistas, skatistas, crianças e carrinhos de bebê, cachorrinhos e o que mais se possa imaginar. Como a maioria do povo ia para a a Esplanada, nesse dia o Eixão estava meio vazio e foi lá que caminhamos, sob o sol ardente e a secura do cerrado, tendo como música de fundo o som dos aviões roncando sobre nossas cabeças.
Ao término do exercício, tomamos uma água de coco geladinha, porque ao longo do Eixão ficam várias barraquinhas vendendo essa delícia.
Voltamos para o hotel a contragosto para empacotar nossas coisas e seguir viagem. A vontade era de ficar flanando pela capital federal, sem um programa definido, apenas aproveitando o feriadão ao ar livre.
Mas de Brasilia até Palmas são 1000km, nós precisávamos chegar lá até o dia 10 e dali por diante quase não conhecíamos a estrada e não sabíamos que surpresas nos aguardavam.

Trilha sonora do capítulo de hoje:

domingo, 18 de setembro de 2011

Ressaca

Hoje acordei na maior ressaca. Não aquela ressaca física de quem bebeu demais e amanheceu com a boca seca, com náuseas, com a sensação de que dormiu com a cabeça pendurada no guarda-roupa.
Nem a ressaca moral de quem enfiou o pé na jaca, brigou no bar e dormiu com um desconhecido.
Não...a minha ressaca é de felicidade.
Tenho a impressão de que foi tudo perfeito. As flores estavam bonitas, o vinho estava gelado e os canapés pareciam saborosos.
Vocês estavam lá. Os insanos me prestigiaram e a presença de vocês fez a maior parte do sucesso da festa.
Não existe melhor dia seguinte do que o da ressaca de alegria.
Obrigada por terem comparecido. Por terem permanecido o tempo todo. Pelas inúmeras fotos. Por terem feito do meu momento um dia de celebridade.
Obrigada por lerem meus escritos.
Foi uma tarde muito emocionante e eu só não chorei porque sou mesmo dura na queda.
Bom domingo para todos.


sábado, 17 de setembro de 2011

TUBARÕES NUNCA DORMEM - NA "REDE"

Calma... Não prendemos os tubarões não. É na rede mundial. 
Acessem
http://www.martinsfontespaulista.com.br/ch/prod/402902/TUBAROES-NUNCA-DORMEM.aspx
Aliás, vamos mandar uns comentários e avaliações. 

Beijos. 

EXTRA, EXTRA, EXTRA!!!

É hoje o lançamento do livro da nossa "blogueira mor"!!!

TUBARÕES NUNCA DORMEM... 

E como a vida imita a arte (ou seria o contrário? rs), a autora também não.

Hoje não deve ter sido diferente.

Mas também, não é para menos. Imagine você tentar dormir pensando: "eu escrevi um livro"! E nossa blogueira ja está lançando o segundo… 

Todos nós, num ou outro momento da vida, ouvimos que a grande realização do ser humano está intimamente ligada a 3 ações: plantar uma árvore, ter um  filho, escrever um livro.

A árvore sempre foi o mais simples - agora virou moda. Nossa blogueira não só planta árvores, como ainda sobe nelas, cai delas…

Já ter um filho está longe de ser simples e certamente não pode ser tido como requisito para realização.  Há uma série de outras escolhas e opções envolvidas neste processo, e a realização pessoal não pode ser entregue a uma outra vida.

O livro também é complexo. Escrever um livro requer coragem. No livro você se despe, você se entrega, você se mostra.

Parabéns Fá!

Somos privilegiados por compartilhar deste momento, mais uma vez, com você. É uma realização também para nós.

(e Prê… rs…)


PS. Estamos esperando pelo terceiro... rs...

Falta justificada

O capítulo de hoje da nossa viagem ao sertão não vai ao ar, por motivo de força maior. Estou desde ontem e estarei ao longo do dia envolvida com o lançamento do meu livro e penso que é motivo bastante para ficar sem escrever aqui. Amanhã, se eu não estiver com uma baita ressaca, prometo a continuação da saga.
Até lá.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Alta tensão

Não é o meu primeiro livro e então, teoricamente, eu já deveria saber como é e ficar  bem tranquila, verdade?
Mentira!Mentira!mentira!
Eu estou super ansiosa. O clima é de alta tensão. As horas não passam. Eu sinto frio na barriga e um nó na garganta.
O que poderia não dar certo? Sei lá....tudo e nada.
O livro está pronto, mas eu acho que não é bom o bastante. As pessoas estarão lá, mas....e a bebida, estará gelada, os garçons darão conta do serviço, os canapés serão sabororos, serão suficientes, vai chover, vai esfriar???? Um trilhão de perguntas... estúpidas, óbvio.
Não sei porque, mas é assim que funciona. Vai ver, acontece assim pra todo mundo. A pessoa faz um trabalho e quando chega o momento de mostrá-lo para os outros bate a insegurança, a angústia.
Eu tenho certeza que estarei amparada por muita gente que me quer bem, em especial os insanos que  compõem este blog.
E como talvez amanhã não dê tempo e eu talvez esteja muito "fora do  ar", desde já deixo aqui registrado meu agradecimento a todos os que comparecerem para me apoiar.
Até amanhã.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um argentino entre os insanos

Temos um argentino entre nós. Acredito que ele não nos visite nunca (pra mim ele parece tão sério.... não deve perder tempo com nossas insanidades).
Os maldosos, feito eu a Má diríamos que é muita "zica" ter um argentino na família....rsrsrsrs...Mas ele é muito boa gente. Grande cara, não merece a piadinha.
Para ele a postagem de hoje. E como não sei nada sobre seu gosto musical, faço a postagem de uma canção em língua espanhola que eu acho bonita (não é música argentina, mas de lá só conheço o tango).
É pra você Alfredo. Feliz aniversário.

(apesar de ser teu aniversário, que no jogo de hoje vençamos a Argentina....rsrsrsrs)


Charada

Um médico, muito louco, inventou um remédio que curava a dor antes mesmo dela aparecer. Qual é o nome do filme?


TICO

terça-feira, 13 de setembro de 2011

VOCÊS CONHECEM ESTE CARA?


Miguel Nicolelis.

Vale a pena.

Desconhecido para muitos de nós, é um grande cientista brasileiro, que, por razões óbvias (infelizmente), para se transformar neste grande cientista, teve que deixar o Brasil e morar nos Estados Unidos. Respeitado em todo mundo, já foi cotado várias vezes para ganhar o Prêmio Nobel.

Tranqüilo, paciente, claro (muito claro). Genial, humano e modesto (coisas não muitos fácies de se encontrar no mesmo ser).

Está finalizando dois de seus maiores projetos na vida: a construção de um polo de ciência em Macaíba, Natal (http://www.natalneuro.org.br/), e a finalização de uma veste robótica que poderá fazer com que tetraplégicos voltem a andar, usando só a força do pensamento.

Isso mesmo! É a união do homem e da máquina no seu melhor estilo.

Com isso, até o Nobel também parece mais próximo. O cientista foi convidado para apresentar um simpósio em plena Fundação Nobel, em Estocolmo, na Suécia. Pela primeira vez, os comitês responsáveis pelas premiações nas área da Medicina, Química e Física se reuniram para organizar um evento multidisciplinar, cujo tema é justamente a fusão homem-robô, assunto do qual Nicolelis é a maior autoridade no mundo.
Mas, quando questionado se está “feliz” com a possibilidade de ganhar o Nobel pela veste robótica que pode fazer um tetraplégico ter movimentos, ele, pacientemente, responde:

“É o que quero fazer com um adolescente brasileiro paralisado na abertura da Copa do Mundo de 2014. Não me interesso por prêmios. Esse sim é o meu maior sonho. Se tudo der certo, esse menino dará o pontapé inicial

Essa é a idéia do Nicolelis: possibilitar a um adolescente brasileiro, tetraplégico, o pontapé inicial na Copa do Mundo de 2014.

Tudo bem, confesso que para mim nem precisa muito, mas me apaixonei pelo cara!



PS. O cara é Plameirense. Não podia ser perfeito...

Minha cunhada também é insana

Minha cunhada Cléo, faz aniversário hoje. Sendo cunhada e comadre tem direito a postagem especial.
Parabéns, Cléo. Muitas felicidades, muitos anos de vida.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crítica de cinema

Gostam de cinema? Assistam "Onde está a felicidade?" Engraçado, inteligente, sensível, romântico e com uma trilha sonora primorosa. Vale cada centavo do ingresso.
Passem longe de "A árvore da vida". Insuportável, apesar da presença de Brad Pitt no elenco. Não vale nem o saquinho de pipoca.
Preferem ficar em casa? Assistam "127 horas" ou "Bravura Indômita". Dois filmes tensos, envolventes e baseados em fatos reais.
Curtam a vida que a vida é curta.

domingo, 11 de setembro de 2011

Bom domingo para todos


Bom dia

Bom dia pra quem levantou cedo
pra quem tava morrendo de preguiça
e ficou enrolando na cama.

Bom dia pra quem foi jogar futebol
e pra quem decidiu ir à missa
bom domingo pra quem viu a corrida
pra quem já foi fazer a feira
pra quem vai fazer churrasco
e pra quem gosta de  macarrão
bom domingo pra quem vai almoçar na mãe
e pra quem prefere a solidão.

Bom dia para minha família
para todos os amigos distantes
para os que curtem a paz do domingo
para os que choram alguma dor
para os que cantam felizes da vida
para os que sentem alguma saudade
para os que nem ligam que hoje é domingo.

Bom dia para toda a humanidade
e bom domingo para o meu amor.


sábado, 10 de setembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Capítulo III - Minas Gerais é o mundo?


Eu disse que nossa viagem começou em Cabreúva? Geograficamente falando isso é verdade. Porém para mim, emocionalmente, a viagem começou e terminou em Minas Gerais. Como terminou em Minas é algo que eu só poderei contar quando chegar ao final deste relato.
Porque começou em Minas é o que o tento explicar no capítulo de hoje.
Comecemos pelo nosso projeto, que era  ir de carro de São Paulo a Palmas, no Tocantins. Daqui até lá são 2000 km. Como eu adoro estrada daria pra ir em duas pegadas, 1000 km num dia, mais 1000 no outro. Mas isso tiraria toda a graça da viagem, a proposta de curtir mais o caminho do que o destino. Então decidimos ir por etapas, sem muitos planos, a não ser o de nunca viajar à noite, tentar dormir em algum lugar com o mínimo de segurança, conforte e higiene e acessar a internet sempre que fosse possível.
Cabe um parêntesis aqui pra dizer que eu tenho um caso de amor com Minas Gerais. Minas tem tudo que eu gosto: tem muito verde, tem montanha, tem cachoeira. Tem a boa culinária e a cachaça mineira. Tem tradição, tem sinos tocando, tem minas e tem mistério. Minas só não tem mar, mas faz falta?
Portanto, parar em Minas era de lei (mesmo porque, parece que todos os caminhos passam por lá e Minas faz divisa com todos os Estados: São Paulo, Bahia, Goiás, Brasília, Rio de Janeiro, Espírito Santo).
E foi assim que na primeira puxada fomos até Uberlândia (são 500 km - mas eu não disse que adoro estrada?), onde fizemos  uma parada para descansar e apreciar o passeio.
Procuramos um hotel pequeno para ter um atendimento menos impessoal do que aquele das grandes redes. Foi um achado. Nos deram um apartamento ótimo, alto, isolado, silencioso. E a moça da recepção nos deu umas dicas legais.  A principal delas era que podíamos ir ao shopping a pé, sem medo de violências. Fomos, demos umas voltas, jantamos e depois cama, que o dia seguinte seria longo.
Na manhã seguinte, antes de mais nada, caminhada para não perder o pique. Fomos procurar um parque que nos indicaram. O parque da cidade de Uberlândia, que tem o nome de Parque do Sabiá.
Eita lugar  difícil de achar! Anda daqui, pergunta dali e todos nos respondiam mais ou menos a mesma coisa: fica depois do uai, é perto do uai, passando o uai ( e eu fingindo que tava entendendo).
Uai? Uai não é apenas uma exclamação típica dos mineiros, de espanto, surpresa?
Não!!! UAI  significa Unidade de Atendimento Integrado. É um tipo de unidade de saúde pública, acredito que o equivalente aos AMA aqui de São Paulo.
Demorou, mas achado o UAI, achamos também o Parque do Sabiá. Lindo, imenso, arborizado, limpo. Com um lago enorme no meio. Pistas de caminhada e de ciclismo. E uma área de reserva ambiental, com uma espécie de zoo. Eu vi as emas, eu vi um tamanduá.
E aqui cabe outro parêntesis: há quem pense que eu não gosto de bichos, o que é uma percepção equivocada. Eu adoro os bichos, em seu habitat natural, exercitando sua condição de bichos. O que eu não aturo é essa moda moderninha de chamar os bichinhos de "pet", é tratá-los como gente e parte da família. Pra mim é um "mico"   (pet é embalagem plástica de refrigerante e fim de papo).
Cumprida a tarefa de caminhar, respirar o ar puro do parque, apreciar as belezas da cidade, era hora de tomar banho, fechar as malas e botar o pé na estrada porque até Brasília, nosso próximo destino teríamos mais 500 km.

Trilha sonora para o capítulo de hoje: Minas em Mim