sábado, 31 de dezembro de 2011

Ah, mas que cara chato sou eu

O Raul, meu eterno guru cantava: "...ah, mas que cara chato sou eu que não acha nada engraçado, macaco, praia, automóvel, jornal, eu acho tudo isso um saco..."
Eu também sou bem chata e acho quase tudo um saco.
Imaginem vocês: a van que me transporta chega num ponto turístico, mal abre as portas e os vendedores ambulantes brotam do chão: fitinha, colar, amuleto. Valei-me minha nossa senhora das quinquilharias! Eu não quero comprar nada disso (mas experimente fechar a cara e dizer não, não, não....parece que é ofensa). Para atravessar uma praça, driblo as ciganas que querem ler a minha mão. Não tem nada escrito na minha mão...tenho certeza. Mas caso haja alguma coisa, prefiro não saber.
Aliás, aqui neste mesmo lugar há muito anos atrás uma cigana, irritada porque eu não dei a mão, me vaticinou sofrimento e dor. Acho que a cigana se enganou. A vida tem sido generosa comigo (a despeito da minha chatice) e os meus problemas são iguais aos de todo mundo, nem melhores nem piores.
Livre das ciganas me enfio num mercado lotado de lojinhas de artesanato....eu odeio artesanato. Ainda mais este feito em série, artesanato industrializado, se é que é possível  tal aberração.
Mas voltemos ao meu "azedume": compro um passeio que se chama Ilhas. No que consiste? Consiste em andar de escuna pela Bahia de Todos os Santos, aportar numa ilha ao sol do meio dia (quando não é recomendado se expor ao sol), depois mudar de ilha para almoçar, depois embarcar para retornar (tudo, é claro, embalado ao som de pagode, axé music - hã? -, samba).
Tá tudo horrível, é isso que vocês estão pensando né?  Pois estão enganados....a tarde sobre a Bahia de Todos os Santos é um espetáculo, principalmente se vista do terraço do hotel, dentro da hidromassagem, ou da janela do apartamento com o ar condicionado ligado...
Logo mais tem a festa da virada com muito champagne gelado e queima de fogos e se eu terminar rapidamente esta postagem ainda dá tempo de fazer pedidos e promessas para o ano que virá.
Como diria a Preta,  namastê para todos.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sorria, você foi assaltada na Bahia

Sorria, você está na Bahia! Nem bem o avião aterrissou e já começo a ouvir essa frase (justo eu, que detesto alegria e felicidade obrigatórias).
No saguão do aeroporto, o receptivo com um sorriso gasto e as indefectíveis fitinhas do Bonfim. Quase uma hora rodando pela cidade e chego ao hotel.
Trocar de roupa urgente: shorts, chinelo e vamos caminhar pela beira mar que o calor está de matar (desculpem a rima óbvia).
Pois não ando nem 500 metros e um maluco surgido sabe-se lá de onde me arranca do pescoço a corrente de ouro. Não deu tempo nem de levar um susto. A corrente não tinha grande valor, só o sentimental (foi a Preta quem me deu). E com ela se foi meu anjo de guarda (que ela também deu) e que já me protegeu em muitas ocasiões (desta vez falhou; não deve ter percebido que estava em roaming...rsrsrs).
O problema de sofrer um assalto (ainda que sem armas) não é o bem material. Corrente e medalha compro outros tão logo volte pra casa. O problema é que te roubam a tranquilidade...To cansada de andar por aí na maior, tomando certos cuidados mas sem neura....
Agora...agora como tirar da bolsa a máquina fotográfica, a filmadora? E a Preta que trouxe o tablet...nem vai mais atender telefonemas?
Bobagem....já foi, já era. Há ladrões em toda parte. Já estamos aqui, a menos de dois dias do final de 2012 e não há de ser um ladrãozinho de meia tigela que vai me estragar a festa.
Tem gente que acredita que os nossos desejos tem força, que geram muitas energias....Pois eu desejo a paz na terra aos homens de boa vontade (meio atrasado né, essa era para o Natal). Para os ladrões de correntinha eu desejo feliz ano velho (traduzindo: que se estuporem de fumar crack com o produto do roubo).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Viver de brisa

Manoel Bandeira, que era um poeta e tanto, fez estes versos:

"...aqui faz muito calor,
no Nordeste faz calor também
mas lá tem brisa.
Vamos viver de brisa, Anarina..."

Pois é, enquanto o ano velho acaba e o  novo vem despontando eu vou tentar viver de brisa no coração da Bahia. Não se se vou conseguir, vai ser difícil me desligar dos meus afazeres e ficar de papo por ar, arrastando o chinelo na areia e torrando a pele ao sol (ainda mais que sofro de vigorexia - depois explico melhor).  Mas eu vou tentar... 
Por garantia levo o notebook....quando me encher o saco de não fazer nada, venho encher o saco de vocês com a minha falação.
Para aqueles com quem eu não conversar nestes dois dias que restam em 2011 desejo uma virada espetacular e que o novo ano venha carregado daquelas promessas nas quais a gente sempre insisite em acreditar.
Por ora, fui...

PS: os versos do Bandeira viraram música, quem gostar curta:

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Especial do dia - extra

Então também é aniversário da Bia? Parabéns para ela e som na caixa. E tomara que ela chore quando souber que postamos homenagem no blog.

MAIS UM PARABÉNS

Hoje também é o aniversário da Bia.
Ela foi para o Tocantins e "estragou" a festa surpresa que faríamos para ela, que sempre reclama por nunca ninguém se lembrar do seu aniversário...
Aqui Bia, neste nosso mundo de "insanos", o "seo" Ari, aniversariante junto com você, nunca ficou sem um "bolinho"...
Fica o nosso parabéns. NOSSO mesmo, de toda a família, que gosta muito de você (o Correia, se escrevesse aqui, ia dizer que ele não!!! rs).
Que você seja cada dia mais feliz, mais iluminada, mantendo esta energia e crença no ser humano.

Parabéns!

Beijo.



(PS. A colocação da música, deixo por conta da Fá)

Especial do dia

O aniversariante de hoje é o "seo" Ari, que também não passa por aqui. Mas a música e os parabéns ficam postados e talvez algum insano faça o favor de mostrar a ele.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Nossa viagem ao sertão - capítulo VIII - parte VI - Brasília outra vez

Sábado de manhã em Brasília. Aos poucos o retorno à civilização. Dei sorte, consegui uma manicure que foi ao hotel cuidar das nossas unhas. Pintei os cabelos. Levei o carro pra lavar. Depois almoço no shopping, comprinhas básicas e um cinema (-Nosso Lar - filminho nacional de lascar). No final da tarde caminhada no Parque da Cidade para ver uma vez mais o espetacular por do sol da Capital Federal. À noite jantar com um amigo e passeio no shopping novo com direito a visitar uma divertida e nostálgica mostra de um fabricante de brinquedos. Um giro pelo passado: boneca Amiguinha, a série completa do Falcon, o Genius (o primeiro computador de brinquedo), pega-varetas, os bonecos Ternurinha e Tremendão (alguém sabem quem são?).
Domingo logo cedo a implosão de um prédio antigo no setor hoteleiro nos obriga a pular da cama e deixar hotel (ordens dos bombeiros e da defesa civil). O jeito é ir outra vez caminhar no parque, tomar uma água de coco, ver um pica-pau pousado na grama (saudades do pica-pau que pousa lá em casa). A nuvem de poeira levantada pela implosão pode ser vista ao longe e o estrondo foi ouvido por quase toda cidade. Enquanto esperamos a liberação das ruas, um passeio rápido pela feirinha da torre (point tradicional de Brasilia - uma feira de artesanato ao redor da torre de TV, comidas típicas, a fonte ligada jorrando água, cara de domingão no parque, vontade de ficar o dia inteiro por lá comprando quinquilharia, comendo besteiras, tirando fotografias, bem com jeitão de turista mesmo). Na sequência almoço com amigos num restaurante mineiro (castigo, eu tomando inflamatório por causa de uma lombalgia, sem poder beber nenhuma cachaça). Depois dormir à tarde, que ninguém é de ferro.
Segunda é dia de assuntos sérios. Primeiro a sagrada caminhada no parque, que é grande, é lindo, e o sol é quente e o céu é azul. Depois banho e retorno ao local de trabalho rever os amigos, matar a saudade, por a fofoca em dia. Valeu muito a pena. A saudade era grande, a vontade de rever todo mundo era enorme.
Na terça-feira pela manhã saímos sem destino e o resultado disso eu conto no próximo capítulo.

Trilha sonora para o capítulo de hoje:



artesanato na feirinha da Torre


                                 os bonecos Ternurinha e Tremendão

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As fotos, por favor!

Tinha máquina fotográfica para dedéu na noite de Natal (eu não estava lá, mas eu sei). Tinha fotógrafos de sobra e eles continuaram em ação pelo dia 25 afora.
Então por que é que essa gente não posta o raio das fotos aqui no nosso blog? Não foi exatamente para isso que criamos o tal do blog, pra ser a nossa "personal rede social"?
Não...neguinho vai lá e posta as fotos no facebook....Tudo bem, eu tenho facebook. Eu, a Má, a Preta,  Rodrigo, o Ricardinho, o Bruno, o Matheus....mas e os outros, e os que não tem facebook?
Seria pedir demais que os paparazzi de plantão no Natal da família fizessem o favor de colocar as fotos aqui nesta que supostamente é a nossa página?
PS: Com a ressaca e a deprê de Natal mal curadas e o humor de sempre...

Viajando com o Raulzito

Tarde do dia 24 de dezembro. Véspera de Natal e eu tenho que dirigir sozinha por 200 quilometros (meu amor, por razões que não convém explicar não pode me acompanhar). Não quero ir mas tenho certos deveres e vou cumpri-los.
Para distrair, no CD player uma coletânea de Raul Seixas. A ácida crítica social do Raul em Ouro de Tolo. A doçura inesperada de Medo da Chuva. A pauleira zoeira de Mosca na Sopa.
 Enquanto o Raulzito grita "Viva a Sociedade Alternativa" eu vou pensando que se tivesse mesmo alternativa, dava meia volta e fugia de tudo, fugia pra lugar nenhum. Natal me deixa meio deprê. Em certas circunstâncias me deixa muito deprê.
Mas o Raul avisa que quem não tem visão bate a cara contra o muro. Melhor prestar atenção no que estou fazendo.
Eu rio, eu choro, eu chego a falar alto sozinha e o Raul berra a plenos pulmões que nasceu há dez mil anos atrás ( é quando eu me sinto muito velha)....A estrada está quase vazia e os quilometros passam depressa. Eu me esforço para controlar o ponteiro do velocímetro. O ponteiro do relógio há muito desisti de controlar.
Quando ele começa a cantar Gita, ouvindo a misteriosa mensagem da música eu me dou conta de que sem perceber, vim refletindo o tempo todo sobre  a vida e a morte...
Mas o CD está chegando ao fim. Eu também estou chegando ao meu destino (o Raul morreu já faz tempo, eu estou viva e o show tem que continuar...)
Antes de desligar o rádio, silenciosamente agradeço ao Maluco Beleza por ter me acompanhado até aqui e desejo a ele, onde quer que esteja Feliz Natal.



sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

SE ALGUÉM POR ACASO, PASSAR POR AQUI HOJE OU AMANHÃ, FELIZ NATAL....MERRY CHRISTMAS...BOAS FESTAS...SAÚDE E PAZ....HOJE E SEMPRE.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Viva o verão!

Hoje começou oficialmente o verão. Dias longos, noites curtas. Curtíssimas, é bom que se diga. Você deita, tenta dormir, vira pra cá, vira pra lá, a cama ferve, o travesseiro ferve...tudo bem... se você tem um ar condicionado ou ventilador, você liga e vai batendo aquele vento fresquinho e você vai relaxando, relaxando...e dorme....Das duas uma: ou aquele barulho insuportável do motor funcionando te acorda e você começa uma maratona noturna, desliga, ferve, liga, cochila, acorda com o barulho, desliga ou....ou você dorme de uma vez e acorda com um resfriado por ter passado a madrugada tomando vento no peito ou nas costas....(se você não tem nada disso e se arrisca a  dormir com a janela aberta bem....não quero te apavorar, mas ou o ladrão ou o pernilongo, um dos dois....).
Mas tudo bem, o verão é a estação da alegria...e da nudez, graças a Deus. Graças a Deus em termos, né.
É verão e é bom porque você já se levanta de short, camiseta e chinelo e se não for advogado, como a Má, ou gerente de banco, como o Valdo, ou melhor ainda se for aposentada, como eu, pode passar o dia inteiro assim.
É de matar quando você sai na rua e dá uma olhada para os lados: é tanta barriga de fora, tanta pelanca de mulheres em tomara-que-caia (tomara que não, ninguém merece....), tanto marmanjo de camiseta regata com a axila peluda desfilando por aí, ou sem camisa, a barriga caindo por cima do calção....é um atentado ao bom gosto.
Ah mas, é verão. E a gente vai para a praia e tome congestionamento, fila no pedágio, fila na balsa, fila na padaria....socorro!!!
E a gente bebe cerveja gelada e come camarão frito (e tem um piriri) e as crianças tomam sorvete... e a gente esquece de repassar  o protetor solar e troca de pele, igual a uma cobra.
Ah , mas que importa é verão! E na Bahia surge uma banda nova que lança a dancinha da moda e se a gente tiver tomado umas a mais, faz até uma taguagem de henna.
É verão e chove todas as tardes e tem inundação e alguns perdem casas, móveis, carros e a gente vê as notícias na televisão e lamenta e doa algum trocado para ajudar os desabrigados e vambora gente...que é verão e só dura três meses e é preciso aproveitar o sol e o calor...
Depois vem as contas pra pagar, o IPTU, o IPVA (já notaram que sempre chegam no verão? Deve ser porque a gente tá meio molinho de tanto calor, nem vai se incomodar...)
E aí é Carnaval...e muito samba e pouca roupa e fantasias....e quando o ano novo finalmente começar ah! que pena, o verão já acabou...mas valeu o quanto durou.

Especial do dia

Os parabéns a Má (madrinha) já deu. Então, som na caixa pra comemorar (e para evitar que ela venha a gostar de funk, rap ou pagode, vamos desde já ensinando outras melodias):


e do que ela já gosta:

Parabéns para a minha princesinha invocada...

Hj é aniversário da Lara, minha princessinha invocada - e engraçada, muiiiiiiiiiiiiiiiiiito engraçada.

Não vou postar música, porque isso é função da Fá e não quero "furtar" a sua função.

Vou apenas desejar que Deus ilumine este mais um ano da Lara e que ela alcance ainda mais felicidade e alegria de viver.

Parabéns Cris, parabéns Rô.

E obrigada!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Dia do atleta

Meu guru, o São Google acaba de me informar que hoje é dia do atleta. Eu gostaria muito de afirmar que sou uma atleta. Mais ainda, eu gostaria de dizer que entre os insanos existem atletas a quem eu pudesse parabenizar nesta data. Pena, isso não é verdade.
As únicas praticantes regulares de algum exercício (não sem um pouco de esforço e muita dor) somos eu e a Preta (a Má também é praticante, não tão regular ao que eu saiba). Mas estamos longe de ser atletas....nosso tempo passou, infelizmente. Este ano nem a São Silvestre vamos correr.
Seu eu pudesse deixar um legado para as gerações futuras, queria deixar o gosto pela leitura e o prazer da prática de esportes. Mas pelo jeito  isso não é tão fácil de conseguir. As gerações atuais não apreciam nem uma coisa, nem outra. O computador, o notebook, os ipad substituíram essas atividades. Nada contra a modernidade. São ferramentas muito úteis, necessárias até. Tem como inconveniente apenas o fato de que nos mantém parados na mesma posição por muito tempo (ah, claro tem o exercício praticado nos jogos eletrônicos - o xbos e assemelhados - mas isso é exercício mesmo?).
Vai ver, sou eu que estou ficando velha e chata...ou melhor, velha só. Chata eu já era antes...mas garanto que as práticas esportivas sempre foram um excelente antídoto, contra a chatice e também contra a velhice.

Especial do dia - atrasado

Minha afilhada Victória fez aniversário na sexta, 16. Eu não sei onde andava com a cabeça (em toda parte, menos neste blog) que não postei música para ela. Foi mal. Pra me desculpar, faço a postagem de duas logo de uma vez, esperando que ela ouça e goste.


a primeira, era a predileta dela quando pequenina

a segunda, da banda que ela curte depois que virou "aborrecente"

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

So this is Christmas (então é Natal).

Então é Natal…esta é a primeira frase de uma música famosa do John Lennon (War is over)....música que me traz muita nostalgia...da minha juventude, da casa dos meus pais. Vejam bem, eu não disse nostalgia do Natal, disse juventude e casa dos meus pais.
Eu nem curto Natal assim, propriamente....mas quando dezembro chega é impossível escapar do trânsito enlouquecido, dos shoppings lotados, da correria das compras...
Natal é tempo de paz...hum, paz...sei... paz é querer matar o motorista de um carro que tenta pegar a vaga do estacionamento que a gente estava esperando?...Eu não quero matar ninguém, eu não quero vaga nenhuma, aliás nem quero ir ao shopping (lojas cheias, música alta, vendedores estressados, crianças correndo e/ou berrando...posso ficar só com aquela parte da paz?).
Falando em shopping, tem coisa mais deprimente do que aqueles motoristas que ficam no estacionamento seguindo quem sai do shopping carregando sacolas pra ver se conseguem uma vaga....eu nunca fiz isso, eu me recuso a fazer isso e se alguém me vir fazendo isso pode me mandar para o médico, porque é sinal de que estou sob o efeito de alguma droga poderosa....ainda que essa droga possa ser o amor. É o amor...Vocês estão rindo? Vocês não tem idéia de quando coisa a gente detesta e um dia  acaba fazendo por amor.
Vejam o meu caso....nesta época do ano minha casa vira uma sucursal da casa do Papai Noel.
Tem papai Noel na varanda do quarto,  na varanda do escritório, na porta de entrada.... Tem um presépio e uma árvore de Natal que foram montados desde o fim de novembro... Uma? Eu disse uma? Tem umas árvores de Natal...E a cozinha se transforma na confeitaria do papai Noel. A Preta faz de 15 a 20 bolos de Natal (algo assim como um bolo de Reis) para presentear amigos, família e colaboradores (afora a listinha de presentes que ela compra).
Eu nem me espantaria se ao olhar pela janela visse um trenó estacionado do lado de fora... e renas pastando na minha grama.
Pra completar o clima minha professora de música passou a partitura de Jingle Bells...então enquanto não chega a noite feliz, eu passo horas martelando o teclado tentando extrair uma musiquinha natalina...alguém merece?





Especial do dia

Ele é um são-paulino, muito são-paulino (chega a encher o saco!). Usa um cabelo e uns óculos que o fazem parecer um intelectual (mas acho que ele não é um intelectual). Tem um senso de humor todo particular, mora no facebook e hoje está completando 16 anos. Parabéns Matheus!



Fá

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Nossa viagem ao sertão - capítulo XI - Como tornar a volta divertida

Voltar de uma viagem de carro pelo mesmo caminho pode ser muito chato. As mesmas estradas, as mesmas paisagens. Era preciso fazer alguma coisa diferente ou a volta pareceria sem fim.
Saímos de Palmas quinta pela manhã. Depois de rodar por algumas horas, entramos em Arraias, uma cidade histórica do Tocantins. Cidadezinha minúscula, sem quase nada pra ver. A praça central, a igreja e ruazinhas estreitas. Mas que gente simpática e boa de prosa encontramos por lá. Se não nos apressassemos teriamos ficado conversando o resto do dia. Só que era preciso ir em frente. E nós seguimos até Alto Paraíso, onde desta vez passamos na noite no Camelot (é um hotel estilizado - logo na entrada a Excalibur fincada numa pedra), junto com os Cavaleiros da Távola Redonda. Para nós coube o apartamento da Rainha Guinevere (não era bem o aposento de uma rainha, mas valeu a intenção). Antes de dormir, uma volta pelo vilarejo para jantar e comprar algumas lembracinhas esotéricas (a especialidade local).
Na manhã seguinte, logo após o café saída para Brasília. Mal coloquei o carro no portão e vi o tucano tranquilo, planando sobre a rodovia. Foi pousar numa árvore do outro lado da pista. Não tive dúvida, manobrei o carro, atravassei a estrada e fui parar no acostamento também do outro lado. Fizemos muitas fotos.
Depois seguindo em direção a Brasília, resolvemos fazer uma visita inesperada a uma amiga em Planaltina de Goiás. Como a visita incluía conhecer um recém-nascido foi necessário fazer nova parada, desta vez num lugar chamado São João da Aliança, para comprar alguns presentes.
Planaltina fica mais ou menos a 50 km do Plano Piloto, mas parece uma cidade do interior. Trânsito pesado e confuso. Ruas atulhadas de lojas populares.
A visita se prolongou mais do que o planejado. Almoçamos com nossa amiga e só chegamos em Brasília ao entardecer, onde nos esperava mais uma vez, o dourado por do sol da capital federal.
Era urgente procurar uma lavanderia (carregávamos uma tonelada de roupa suja, tão vermelha da terra do Jalapão que parecia não ser possível limpar nunca mais), um hotel para passar a noite, algum lugar para comer e arrumar a bagunça da nossa bagagem.
Feito tudo isso, ufa! marcar encontro com os amigos que a gente queria rever.

Trilha sonora para o capítulo de hoje:


 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Especial do dia duplo

Nasceu Lucas, meu sobrinho-neto (ufa, escapamos da Suzane...rsrsrs...). Veio meio apressado, não esperou o Natal e chegou no mesmo dia do aniversário do Lorenzo.
Para festejar a melhor coisa a fazer é por música para os dois ( e que sejam muitos felizes):





Fá

sábado, 17 de dezembro de 2011

Um dia triste para a arte

Hoje o mundo das artes sofreu três baixas significativas. Só no Brasil foram duas:  Joãozinho Trinta, um carnavalesto (bailarino) que revolucionou a estética do carnaval. Não sem razão a frase que o tornou mais famoso era esta: "...pobre gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual...". João não era um intelectual. Era gente do povo, simples e talentoso, sincero e criativo. Mesmo quem não gosta de desfile de carnaval, como eu por exemplo, tem que admitir que seu talento fará muita falta nos desfiles das escolas de samba.
Morreu também Sérgio Brito. Um homem com formação em medicina, que optou pelas artes cênicas. Não sei se os hospitais perderam um grande médico, mas os palcos ganharam um grande ator. Linda e marcante sua fala sobre o teatro, repetida hoje em muitos canais de televisão: "...a vida é muita pouca para tanta emoção.."
E no cenário mundial a música perdeu a cantora Cesária Évora, de Cabo Verde, conhecida como "a diva de pés descalços". Cantava um gênero musical cabo-verdiano conhecido como morna e alcançou reconhecimento mundial, tendo ganho em 2004 o prêmio Grammy de world music contemporânea. Cantava em português, a língua  oficial de Cabo Verde.
Para os que nunca a ouviram (e em homenagem aos três) faço a postagem de uma interpretação dela


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

 

Nossa viagem ao sertão - capítulo VIII - parte V - Simbora do Jalapão

Quarta-feira pela manhã. Malas na porta da barraca. Um café rápido, um adeus para o pessoal simpático que nos atendeu todos esses dias e já pra estrada. Usando roupa de banho por baixo dos trajes de passeio, pois a volta não seria um batidão reto em direção a Palmas. Teríamos algumas paradas. E que paradas!
A primeira delas na Cachoeira da Velha. Um paredão de 20 metros de altura  por quase 100 de largura de queda dágua. Não é permitido nadar (seria muito arriscado). Impressionam o barulho e os respingos de água que atingem os turistas mesmo à distância. O nome correto deveria ser Cachoeira do Rio Novo, mas as lendas em torno da assombração de uma velha que alguns dizem ter visto no rio acabaram por firmar o nome Cachoeira da Velha.
Dali seguimos para a prainha do Rio Novo. Sombra de muitas árvores, areia branquinha, canto de vários pássaros, água límpida e mansa. Os adeptos de natação foram procurar partes mais fundas onde pudessem mergulhar. Os praticantes do estilo martelo ficaram sentados em círculos, com água pela cintura, vendo os cardumes de piabas que se aproximam e nadam no meio das pessoas na maior intimidade.
Depois do banho de rio, lanche embaixo das árvores: tortas de frango e palmito, sucos geladinhos, bolo de chocolate.
E dali em diante, tome jardineira por horas e horas...Impossível dormir pelo desconforto dos bancos e do calor...Os quilometros de estrada tem que ser vencidos um a um e o tempo passa mais rápido que a distância. Eu ainda tentei me distrair apreciando a paisagem e tirando mais fotos, mas a volta é sempre uma viagem entediante. Por sorte o guia, sennsível ao tédio que incomodava todos nós fez mais uma parada estragégica em Ponte Alta: alguns mais acalorados mergulharam no rio, outros correram tomar um picolé de frutas para se refrescar.
Já era noite quando enfim chegamos a Palmas. Não sem antes enfrentar um pneu estourado quando já estávamos quase chegando.
Queimados de sol, suados, picados de mosquito pólvora, borrachudos e mutucas mas muito felizes, ainda combinamos uma pizza para a despedida, já que no dia seguinte cada um seguiria um caminho diferente.
Para minha sorte havia um médico no grupo que teve a caridade de me dar um anti-inflamatório que salvou minha coluna, àquela altura definitivamente arrebentada.
Durante o jantar, entre risos e troca de endereços eletrônicos, ainda deu tempo de comentar um barulho que todos ouviram no acampamento durante a última madrugada e que, segundo o pessoal de serviço, era uma raposa que rondava por lá.

Trilha sonora para o capítulo de hoje:






cachoeira da velha

a mesma cachoeira (longe)
a visão geral da queda dágua
árvores na prainha
(Descende o homem do macaco...e a mulher, também?)

prainha

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

À revelia

Sem licença do Sr "administrador do blog", sem consultar ninguém (podem esbravejar à vontade), mas é Natal e achei que o blog merece luzes e cores. Por minha conta e risco mudei o layout...
Quando passasrem as festas voltaremos à sobriedade de antes.
Podem postar seus protestos, xingamentos, reclamações. E elogios, também, se houver...rsrsrs...

Boas vindas para Isadora

O Rodrigo pediu música, música não me ocorreu.  Sirvo-me das palavras de poeta famoso para dar boas vindas a Isadora (João Cabral de Melo Neto em Morte e Vida Severina, na cena em que nasce uma criança):

"...  De sua formosura 
deixai-me que diga: 
é tão belo como um sim 
numa sala negativa.    

  
——  é tão belo como a soca 
que o canavial multiplica.  

——  Belo porque é uma porta 
abrindo-se em mais saídas.  

——  Belo como a última onda 
que o fim do mar sempre adia.  

——  é tão belo como as ondas 
em sua adição infinita.   

——  Belo porque tem do novo 
a surpresa e a alegria.  

——  Belo como a coisa nova 
na prateleira  então vazia.  

——  Como qualquer coisa nova 
inaugurando o seu dia.  

——  Ou como o caderno novo 
quando a gente o principia.   

——  E belo porque com o novo 
todo o velho contagia.  

——  Belo porque corrompe 
com sangue novo a anemia.  

——  Infecciona a miséria 
com vida nova e sadia.  

——  Com oásis, o deserto, 
com ventos, a calmaria..."  





 
 
 
  
 

sábado, 10 de dezembro de 2011

Dia universal dos direitos humanos

Hoje é celebrado o dia unversal dos direitos humanos. Vale a pena transcrever aqui pelo menos alguns artigos da Declaração Universal desses direitos:

Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados
de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na
presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua,
de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou
de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto


político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país
ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

No total são 30 artigos, mas no meu entender os  três primeiros bastam para traçar uma linha geral do que deveria ser a conduta de todos o seres humanos.
Infelizmente estamos longe, muito longe disso e não tenho sequer a ilusão de que chegarei a ver a todas essas garantias sendo plenamente desfrutadas por todos as pessoas.
Resta em mim a crença de que se cada um de nós puder ter na vida pessoal um respeito mínimo a esses regras, seremos capazes não de tornar melhor o mundo todo, mas de tornar melhor o  espaço que nos cabe nesse mundo.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Deus, segundo Spinoza

Texto atribuído a um filósofo holandes do século 17, chamado Baruch Spinoza (com o qual eu me identifico totalmente - o texto, não o filósofo):


Pára de ficar rezando e batendo no peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.

Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.

O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!

Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro.

Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.

E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?

Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?

Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.

    
 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dezembro

Dezembro

Dezembro atropela o calendário
São visitas, confraternizações, amigo secreto
não sobra tempo pra nada
eu só queria fugir da manada e ficar quieto
assistindo a mudança do clima, vendo a
chuva que se precipita do céu
sobre os congestionamentos da cidade.

Mas dezembro se aproxima e 
aos primeiros acordes do jingle Bell
eu saco o cartão de crédito e saio em disparada
na ilusão de  comprar felicidade
travestida em presentes de Natal.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Nossa viagem ao sertão - capítulo VIII - parte IV - Serra do Espírito Santo e happy hour na beira do rio

No terceiro dia de acampamento o despertar foi antes do amanhecer. As 5 da matina o guia passou ao lado das barracas chamando os madrugadores (nem os passarinhos tinham despertado). Era dia de uma longa caminhada por trilhas pra conhecer a Serra do Espírito Santo e as falésias. Nem café da manhã de verdade tivemos. Pra não sairmos em jejum, a equipe de apoio, sempre atenta, preparou um lanche madrugador: café, leite, misto quente, bolos.
Nem todos os turistas participaram desta caminhada. A trilha era difícil, subindo a montanha por um caminho sinuoso, cheio de pedras, mais apropriado para cabrito do que pra seres humanos.
Apesar do meu horror a levantar cedo, valeu cada minuto de caminhada. A vista lá do alto é maravilhosa. O vento, o calor do sol, a sensação de liberdade e de ter vencido o desafio da subida.
Para completar, eu ainda adquiri a fama de ser uma mulher muito poderosa. Eu conto: a moça aquela que tinha quase morrido de medo do gafanhoto deu pra dizer que eu fazia cair insetos gigantes e pássaros do céu (por causa dos bichos que cairam dentro da jardineira quando eu estava no mirante: aquele gafanhoto do qual já falei e num fim de tarde um pobre curiango - na certa atrapalhado pelas luzes do caminhão). Pois bem, a caminho da Serra a Preta ia preocupada com a subida, com medo de sentir muita dor nos joelhos e reclamando que não tinha sequer um bastão no qual se apoiar. E eu disse a ela: "-sossega, prometo que arrumo um bastão pra você". Não é que quando chegamos ao portal de entrada da trilha eu vejo, meio escondido numa moita, como se estivesse à minha espera, um bastão de madeira na medida exata para servir de apoio na subida? Certamente tinha sido deixado ali por um caminhante anterior, uma boa alma que sabia que aquilo seria útil a  alguém.
 Pronto, estava feita minha fama que, somada às camisas do Corinthians que usei diariamente me tornaram mais popular do que eu poderia imaginar.
Durante a subida alguns sustos: conforme o dia esquentava e a gente caminhava, dos matinhos em volta da trilha saltavam mais e mais gafanhotos, todos enormes. E tome grito de mulheres assustadas.
Descrever o que se vê lá do alto é impossível. Verde até onde a vista alcança, quebrado apenas pelo colorido das falésias. E numa ponta de pedra projetada sobre o abismo um vento tão forte que o guia não deixou ninguém ficar em pé sozinho naquele local. Por segurança, fotos apenas na companhia dele .
Fotos que postarei ao final e que espero, sejam capazes de mostrar toda a beleza que vislumbramos.
Entre chegar lá, subir, apreciar a paisagem, tirar fotos, descer novamente e voltar, levamos  cerca de 5 horas de modo que chegamos no acampamento já perto da hora do almoço.
Banho pra tirar o suor, almoço com toda a turma e tarde livre para descanso.
Mas descanso como, se dentro da barraca faz um calor do Senegal?
O jeito era correr para o rio e foi isso que todos fizeram. Passamos a tarde  aproveitando o rio, dando tapas em muriçoca, uns emprestando repelentes para os outros, os mais afoitos nadando pra valer, os mais comedidos mergulhados até o pescoço (pra escapar das picadas) contando causos e se refrescando.
E eis que no meio da tarde o pessoal do camping nos preparou uma surpresa das mais agradáveis: mesas e cadeiras foram trazidas para a areia (sim, o rio tem praia), batidas de maracujá, limão e coco, refrescos de jabuticaba e petiscos variados - carne de sol com mandioca, mandioca frita para os veggies e salame. Uma verdadeira festa. 
Ao anoitecer jantar caprichado, porque era a despedida e depois fogueira e muitas horas de prosa. Nosso guia contou histórias verdadeiras, das lutas pela proteção ao meio ambiente, da dificuldade de conscientização tanto dos turistas quanto dos nativos da necessidade de preservar a natureza e muitas de bichos e de gente do Tocantins, lendas da região e outras tantas histórias fantasiosas de tipos folclóricos do Jalapão. 
A garrafa de cachaça que comprei em Mateiros (ruim pra danar, é bom que se diga), acabou ali, felizmente.

Trilha sonora para o capítulo de hoje:




Uma amostra das belezas locais:


as falésias

                                                           irressistível atração pelo abismo

                                 olha na mão dela o bastão (cajado, porrete, etc) e ao fundo, cordinha de segurança
                                          a prosa em volta do fogo

Notícias de lá e de cá

Lá - Engavetamento de carros de luxo numa auto-estrada do Japão, 13 veículos envolvidos (8 Ferraris, 1 Lamborghini, 3 Mercedes e 1 Toyota). Saldo do acidente?  Dez feridos leves (como disse o William Bonner no JN: carros bons, estradas boas...).
Aqui - Engavetamento na Imigrantes em razão da forte neblina: dez veículos envolvidos. Saldo? Uma morte. E a Polícia Rodoviária estava realizando operação Comboio.


- Depois de ter ocupado a Praça Tahrir, no Cairo, até conseguir a queda de Hosnir Mubarak em fevereiro passado, egípcios voltam a ocupá-la, protestando contra o processo de transição política.
Aqui - camelôs ocupam a região do Brás em protesto contra a fiscalização que tenta impedir o comércio irregular. Promovem quebra-quebra e ateiam fogo em estabelecimentos comerciais.


Aqui - Ministro do Trabalho "pede" demissão após várias denúncias de envolvimento em esquemas de corrupção e depois de muitas bravatas em público, tentando mostrar intimidade com a Presidente da República e certeza de permanência no cargo.
- Ministra do Trabalho da Itália chora ao anunciar medidas que em razão da forte crise econômica, aumentam o tempo de contribuição para a aposentadoria em 4 anos.

Sei não....acho que quem tem razões pra chorar somos nós.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Preparativos para o Natal

Bom dia!

Ontem, estava na casa da Sandra (Belo) que me pediu para postar uma mensagem em relação as brincadeiras que poderíamos fazer na noite de Natal.
A Sandra me disse que em conversa com o Valdo, Gi, Vivi e Alfredo, surgiram algumas idéias que poderiam ser  bacanas para alegrar, mais ainda, a noite de Natal. Então, a mesma, me pediu para postar no blog para serem discutidas. Também esperamos que novas idéias sejam postadas para podermos discutir.
Pois bem..... a sugestão inicial seria uma "GINCANA". As pessoas seriam escolhidas para participarem no momento da brincadeira (de surpresa) que poderia ser uma corrida de sacos, por exemplo.

O que acham?

Deem sugestões de brincadeiras.

TICO
 

Especial do dia - extra

No dia 05, para o meu grande amor, mais um Grão de Amor

 Fá

domingo, 4 de dezembro de 2011

Feliz aniversário Bruno

Era um  garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones e que depois cresceu e aprendeu a tocar guitarra (mas não foi por influência minha, garanto).
Para comemorar seu aniversário, faço a postagem de uma música da qual ele gostava quando era guri (e que tentava cantar, num arremedo de inglês).
Muitas felicidades.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Dia nacional do samba

Hoje é o dia nacional do samba (curioso que recaia exatamente na sexta-feira...existirá outro dia que combine melhor com samba do que sexta-feira?)
Eu nem gosto de samba...quero dizer, eu não gosto de certo tipo de samba. Se é que existe mais de um tipo de samba, não sei.
Quem sabe explicando fica mais fácil de entender: eu não gosto de nada que se pareça com fundo de quintal ou originais do samba ou assemelhados (é samba o que eles cantam?).
Eu gosto de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Cartola...mas confesso minha ignorância, nem sei se isso é samba (espero que seja).
E detesto, simplesmente detesto samba-enredo. Todos me parecem um emaranhado de frases sem sentido que não chegam a conclusão alguma.
É...definitivamente, eu não sou do ramo (espero que os conhecedores do assunto perdoem meu desconhecimento).
Pra comemorar essa data, faço a postagem daquilo que no meu entender é um bom exemplo de samba:



Fá

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Hoje é quinta-feira. Graças a Deus amanhã é sexta!

Credo, que quinta-feira de doer! Choveu pra arrebentar! Eu enfrentei estrada e aquelas cortinas d'água que os caminhões jogam em cima da gente (e como eles correm quando chove...e ocupam a faixa da esquerda..e a gente que se vire...). Enquanto eu enfrentava o temporal na estrada, a Preta enfrentava a chuva aqui em casa. Choveu granizo, entrou água por baixo das portas, pelo vão das janelas, acabou a energia elétrica, caiu o sinal da internet, caiu também o suporte que distribui a fiação da antena parabólica...Alguém tem ideia da alegria dela enfrentando tudo isso sozinha?
Perdemos a aula da yoga (única chance de alguém relaxar e tentar, pelo menos tentar, ficar zen).
Daí eu chego, a internet voltou, eu ligo o computador e descubro que a Fátima Bernardes vai sair da bancada do Jornal Nacional. Que notícia mais chata! Não é que eu goste assim da Fátima. Eu gosto é do casal. Willima Bonner sem Fátima não vai ser a mesma coisa (e cá entre nós, eu não gosto da tal de Patrícia Poeta que foi confirmada como substituta).
Por fim, dando uma geral no noticiário descubro que hoje é dia mundial de combate a AIDS.
Eu vivi a paranóia dos anos 80, quando a doença apareceu, havia pouca informação, muito terrorismo e a gente tinha medo até de dar um beijo em alguém.
Nesses quase 30 anos a ciência evoluiu muito. Com a chegada ao mercado do coquetel anti-HIV a doença deixou de ser letal. Mas a AIDS continua sendo uma doença devastadora, limitante, triste e incurável.
O dado preocupante do noticiário a respeito da data de hoje é que a maioria dos infectados está entre os jovens, sendo que grande número pertence ao sexo feminino e que a forma mais comum de contágio ainda é a via sexual.
Isso quer dizer que as pessoas não estão tomando os devidos cuidados para fazer sexo seguro. Ou, em outras palavras, que o uso de camisinha não se tornou hábito. E pior, significa que muitos jovens deixaram de ver a AIDS como fatal e passaram a considerar que o coquetel produz a cura...mas não, não produz.
O coquetel é apenas paliativo. Dá uma certa sobrevida. Melhora medianamente esse tempo de vida. Mas não cura....e ainda tem efeitos colaterais graves.
Eu acho que fixar uma data para falar do combate não é o bastante. Acredito que é preciso investir e insistir em campanhas maciças para lembrar aos jovens que a camisinha é um método eficaz de proteção e que sem ela NÃO DÁ.
E que venha a sexta-feira, pra gente recomeçar (de preferência melhor).





terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um poema muito antigo

Para aqueles que sentem vontade de escrever e morrem de vergonha de mostrar, deixo aqui (na verdade OFEREÇO) um poema muito antigo, que escrevi lá pelos idos de 1978, quando eu também tinha mais vergonha do que vontade (e não escrevia lá grande coisa, mas me arriscava). Vocês podem dizer que o poema é ruinzinho, eu reconheço (mas eu era aprendiz e tinha só 21 aninhos). É tão sofrível que nem nome tem.

A rosa dos ventos já levou
na roda do tempo a alegria que eu tinha
levou
no olhar de alguém que amei e partiu
passou
o sonho que ousei sonhar.
Deixou a tristeza  molhando de pranto
um jardim de lembranças
ficou
a saudade batendo no peito uma dor
que não passa deixou.
A rosa dos ventos já levou
a esperança que eu tinha
de ser feliz um dia
levou
a ilusão tão criança de sempre sorrir
levou.    (07.02.78)

PS: isso tem som de música, eu quase consigo cantarolar...mas é de doer...rsrsrs....





segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nossa viagem ao sertão - uma história em capítulos

Nossa viagem ao sertão - capítulo VIII - parte III - Cachoeira do formiga, Fervedouro, ataque de gafanhotos

Desnecessário dizer que acordamos cedo outra vez. Acontece que no Jalapão as distâncias são relativamente grandes e a jardineira não desenvolve grande velocidade. Então, se a gente quiser aproveitar o tempo e cumprir o programa, tem que se apressar.
Falando em deslocamento, há uma história que preciso contar: quando andávamos em áreas abertas (sem fiação elétrica ou vegetação baixa) os guias abriam o mirante. Nem sempre havia candidatos ao mirante (pra chegar lá em cima é preciso galgar uns degraus de ferro e lá no alto não é nada confortável) e eu aproveitava pra viajar nas alturas. Pois bem, nesse dia eu viajava no mirante quando de repente ouvi uma gritaria dentro da jardineira. Cheguei  a pensar que alguém estivesse passando mal. Me dobrei ao meio e botei a cabeça para o lado de dentro pra saber o que acontecia. Nada demais. Um gafanhoto tinha entrado pela janela e batido no peito de uma das moças, causando um alvoroço sem tamanho entre a mulherada. O problema é que  não era simplesmente um gafanhoto, desses que a gente conhece. Era um senhor gafanhoto, O rei dos gafanhotos. O pai de todos. Descobrimos naquele momento que lá no Jalapão tem gafanhoto gigante, mais ou menos do tamanho de um pardal.
E de quebra eu fiz outra descoberta: quando íamos de Cavalcante para Palmas, no caminho tinha muitas queimadas. Em alguns trechos da estrada eu vi algo que voava e se chocava contra o carro e cheguei a ficar com pena, pensando que estava atropelando passarinhos fugidos do fogo. Pois é....descobri que meus passarinhos eram gafanhotos.
Continuei a viagem no mirante, mas a partir daí sem tirar nunca os óculos de sol, com medo de que algum gafanhoto daqueles viesse a bater nos meus olhos. E de fato, lá pelas tantas um gafanhoto veio na minha direção, mas minha colega de viagem deu um grito, eu fui rápida, abaixei a cabeça e o insetão foi cair dentro da jardineira, mais morto do que vivo.
Superado esse incidente, chegamos ao nosso primeiro destino nesse dia: Cachoeira do Formiga.  Um descampado, um galpão rudimentar com cobertura de sapé e alguns bancos de madeira, um trilha, uma pinguela (não sabe o que é? uma pontezinha feita com uma tábua) sobre um riachinho e então, no meio do arvoredo, a cachoeira. Não é uma grande queda dágua. Mas impressiona por ser cristalina, por ter uma tonalidade quase azul, por ser morna, por ter uma correnteza mansa que vai levando a gente devagarinho por baixo das árvores.
Eu poderia usar um parágrafo inteiro para descrevê-la e talvez não conseguisse. Para resumir, basta dizer que a Preta entrou na água. E a Preta não entra nem na piscina da nossa casa.
É bom esclarecer que o nome da cachoeira, do formiga, não tem nada a ver com o inseto. Ela recebe esse nome porque nasce no Rio Formiga.
Ficamos na cachoeira por cerca de duas horas e naquele barracão que vimos na chegada tomamos nosso lanche (não sei se já disse, mas nossos guias levavam lanche em todas as saídas: água gelada, suco, barrinha de cereal, bananas, paçoquinha).
Num determinado momento eu me afastei do grupo pra fazer um xixi ecológio (isto é, no mato, prática comum no Jalapão - só tem banheiro no acampamento) e tive a visão de um presente da natureza: pousado num galho baixo um pássaro de um verde brilhante, de peito e rabo vermelhos e bico longo. Fiquei imóvel e ele se deixou ver em todo seu esplendor. Perguntei depois aos guias e me disseram que ele se chama bico de agulha.
Da Cachoeira do Formiga fomos para o Fervedouro. Eu diria que é uma hidromassagem de areia. Não entendi bem o fenônemo, mas numa pequena lagoa com fundo de areia a gente não afunda de jeito nenhum, por mais que tente. Bolhas de ar movimentam a areia o tempo todo e mantém as pessoas boiando. E quem entra sai com restos de areia em lugares inimagináveis. Como se trata de uma área de preservação a entrada é controlada, só entram algumas pessoas por vez e tivemos que nos revezar.
Depois do fervedouro, tivemos um típico almoço de roça. Preparado no fogão à lenha e servido num rancho. tudo muito rústico, tudo  muito simples (feijão, arroz com carne seca) e ainda assim fantástico.
Na parte final do dia, já de volta ao acampamento, fizemos uma parada no único vilarejo que há na região: Mateiros. Parada pra compras de artesanato do capim dourado, pra tomar sorvete com os sabores do cerrado (cupuaçu, buriti, cajá).
Nesse lugar tomei a bebida mais ruim que já provei em toda minha vida: sebereba (o nome é feio, mas signifca apenas "refrigerante"). Uma mistura muito estranha de buriti com nem sei o quê. Quase que me estraga um dia perfeito e pra tentar esquecer seu gosto o jeito foi comprar uma garrafa de cachaça no mercadinho local (a minha especial tinha ficado em Palmas).



BICO-DE-AGULHA-DE-RABO-VERMELHO Galbula ruficauda

Um exemplar do bico de agulha (foto obtida da internet)




gafanhoto gigante (foto obtida na internet)

Trilha sonora para o capítulo de hoje: Saudade da minha terra


Dominus vobiscum

Eu já disse aqui que domingo é o dia do Senhor. E também que é dia de missa (ou pelo menos deveria ser).
Não temos esse hábito, mas ontem fomos à missa. Descobri que bem perto de casa tem um mosteiro da Ordem Carmelita. Celebram a missa segundo a liturgia antiga da igreja católica, em latim. As mulheres assistem à celebração usando véu. Eu não imaginava que ainda existisse igreja que pede o uso de véu - É bom esclarecer que nós não usamos. Não sabíamos que era preciso (só depois descobrimos que na entrada tem um caixa onde os véus ficam à disposição de quem queira usá-los - véu de uso coletivo, acho...).
Eu fui e relembrei os meus tempos de infância, quando a missa era rezada em latim. E revi coisas das quais já tinha me esquecido: ostensório, turíbulo e o cheiro de incenso tomando conta da igreja. A Preta foi pra me acompanhar (como diz aquela música: companheiro é companheiro...).
Pra quem é jovem e não conheceu eu conto: pela antiga liturgia do catolicismo a missa era rezada (na verdade quase cantada) em latim com ritos muitos particulares, com queima de incenso em vários momentos, com o sacerdote  usando vestes paramentais e os acólitos auxiliando na celebração, acendendo as velas, preparando o vinho para a consagração. Na década de 60, com a revolução sexual, a pílula anticoncepcional, os Beatles, a televisão, a igreja católica se deu conta de que estava perdendo fiéis e veio a reforma proposta pelo Concílio Vaticano II e com ela a modernização da missa, na tentativa de trazer de volta as ovelhas que se desgarravam.
A missa segundo o rito antigo é um cerimônia um tanto pesada, meio sombria, quase triste. Muito diferente da missa da renovação carismática que se vê hoje na maioria das igrejas, feita de ritmos moderninhos e palmas para Jesus. Eu, se tivesse que escolher, ficaria com a antiga.
Alguém há de estranhar essa novidade de eu ir ter ido à missa. É...eu admito que não gosto de rituais. Pra mim tudo que é ritualístico é meio tribal. É a prova de que no íntimo ainda somos um pouco selvagens. Se fôssemos seres evoluídos, em pleno uso da nossa racionalidade, seríamos capazes de entender a passagem do tempo, os ciclos da vida, o vai e vem da emoções, a transitoriedade de todas as coisas e de nós próprios, sem a necessidade de ritos para demarcá-los.
Mas acontece que não somos assim. E muitas pessoas que eu amo, respeito ou admiro precisam de rituais. Então eu também participo de alguns. Às vezes só para acompanhar a maioria, outras vezes por curiosidade.
Além dos tradicionais missa, batizado, casamento, primeira comunhão, também já fui a um ritual de saudação à lua, na yoga já fui ao ritual do fogo e ao Portal 11/11/11 e no Tao fui a uma cerimônia de iniciação, uma espécie de batismo.
Não fui para duvidar, não fui para debochar. Fui para conhecer. Aos poucos acabei percebendo que todos convergem ou tentam convergir para um mesmo Ser Superior. Se isso não fizer bem, mal não fará.
Dominus vobiscum (o Senhor esteja convosco).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Divagações sobre o anonimato

O que diria Freud, o pai da psicanálise a respeito dos anônimos? É possível que dissesse que os anônimos são tímidos e inseguros. Provavelmente diria que os anônimos sentem muito medo de se expor. E talvez também dissesse que, apesar do medo da exposição os anônimos querem ser descobertos e por isso deixam, ainda que de forma inconsciente, pistas sobre sua identidade.
Mas parece que esse não é o caso do "nosso anônimo". Eu acho que ele/ela não quer ser descoberto. E deixa, propositadamente, pistas embaralhadas, pra nos confundir.
Vejamos: no post quinta-feira ele disse que é  a primeira fez que faz postagem. Nos comentários, disse que tem vergonha  de mostrar os próprios escritos.
Eu, muito precipitada, arrisquei Edu. Mas quê Edu? Esse já fez postagem anteriormente e será que ele me chama de Fá? Não sei, não me lembro.
Por causa do tal "rábido" eu também arrisquei Bruno ou Rodrigo. O primeiro se considera um linguista desde criancinha; o outro lê dicionários desde que aprendeu a ler (sim, eles são irmãos; não, eles não são normais....mas não é esse o espírito do blog?  Abrigar os insanos...então...).
Tico também já fez postagens e nunca me pareceu ter vergonha de escrever (mas pelo estilo dos comentários bem poderia ser ele).
Mas eles negaram...afirmaram  que não foram eles
Fiquemos com a questão da primeira vez: Belo, Bolão, Ronaldo e Valdo nunca fizeram postagens e me chamam de Fá. Mas esses teriam vergonha de quê?
Restaram as mulheres: as Simones (Perucello e Silva), a Sandra, a Júlia, a Gisele, a Chris.
A Chris já fez postagens e aquele não é jeito dela escrever. A Júlia não me chama de Fá, me chama de comadre. E ao que saiba anda muito ocupada com seus trabalhos manuais. A Sandra me chama de Fátima (com acento, que eu não tenho...rsrsrs...) e afirma que não sabe usar o blog. A Gisele, hum...sei não, nunca fez sequer um comentário.
As duas Simones nunca postaram e me chamam de Fá, mas eu tenho o palpite de que o nosso anônimo não é uma mulher (aquele comentário sobre eu escrever uma biografia, que seria divertida....a ideia de que tudo que eu escrevo é real não é um pensamento tipicamente feminino).
Todas essas considerações só fazem sentido se o anônimo não estiver mentindo pra nós (mas eu acho que está).
Voltamos à estaca zero e eu já meio desistindo do jogo de adivinha.
Eis que surge a suspeita de que o anônimo possa ser o meu irmão, o João. É... o João é tímido, me chama de Fá e nunca postou nada.
Seria ele então? Quem sabe? Eu ficaria muito feliz se fosse. Seria ótimo ter um irmão companheiro na aventura de traduzir a emoção em palavras.
Mas como a proposta é confundir, não esclarecer, sempre é bom lembrar que eu tenho uma irmã (que agora não está aqui, foi viajar) que me chama de Fá, que me disse que escreve algumas coisas mas nunca mostrou, que lê o blog todo dia...
Será???


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Solidariedade no blog

Hoje, quinta-feira, somente hoje ficamos sabendo que a casa nova da Sandra e do Belo, aquela mesma cuja "inauguração" nós praticamente forçamos (na pressa de fazer festa) foi vítima de assalto. Levaram alguns objetos (pelo que eu soube, não muitos). Isso não tem a menor importância. Objetos eles compram outros (ou nós compramos, se isso for necessário).
Infelizmente, lamentavelmente, o que levaram de mais precioso é a tranquilidade dos donos da casa.
Nem eu, nem ninguém que não tenha sido vítima de coisa semelhante é capaz de avaliar o susto, a revolta, o medo depois de passar por uma experiência desse tipo.
Infelizmente (e isso talvez seja o pior de tudo), todos nós sabemos que esses acontecimentos são tão rotineiros que algumas vezes a vítima nem se interessa em procurar a polícia.
Triste, revoltante verdade, mas a violência até parece natural.
Só que não é natural. Não é aceitável. Não é razoável que dentro de nossas próprias casas não estejamos seguros. Que nossos lares possam ser violados e as coisas que conquistamos com esforço e sacrifício nos sejam tiradas sem que ninguém se preocupe com as consequências.
Alarmes, cercas elétricas, segurança particular...e daí? A bandidagem continua solta por aí, rindo das nossas frágeis defesas.
Os revolucionários (aqueles lá da USP que não querem a polícia no campus) não vão às ruas exigir mudança nas leis. Endurecimento das penas. Aplicação efetiva das penas já existentes. São outros seus "ideais"...
É triste....é dolorido...é revoltante...
Não vou fazer desta postagem um palanque pra convocar todo mundo a fechar ruas, queimar pneus, protestar em praça pública (embora admita que gostaria), porque também não estou convencida de que resolveria.
Vou usar o espaço para dizer aos donos da casa, mas especialmente para a Sandra (que é mulher, que é mais "dona da casa" do que os outros, que fica mais tempo em casa sozinha e que deve ter sentido um medo sem tamanho) que sinto muito, muitíssimo mesmo. E que torço para que eles esqueçam. E que comprem coisas novas, melhores até do que as antigas. E que continuem acreditando que vale a pena lutar, construir casa, educar filhos,  crescer material e espiritualmente.
Porque nós não podemos desistir de acreditar. Porque nós somos os "mocinhos" deste grande drama chamado vida (e como dizia o herói de um filme lindo que assisti: "nós levamos a luz")
Porque no dia em que nós desistirmos, significará que eles, "os  homens maus" ganharam a luta. E isso simplesmente não pode acontecer.