sexta-feira, 30 de março de 2012

Meditação

Meditação

Fui fazer meditação com a melhor das intenções, acalmar a agitação que tumultua minha mente, encontrar meu super eu, meu outro eu mais oculto.
A voz doce da instrutora conduzia a sessão num timbre próprio para o relaxamento, mas na primeira sugestão, já fiquei ressabiada: vamos tirar os sapatos.
Eu sei que não tenho chulé mas ...não parece de propósito que um par de meias furadas fica sempre escondido no fundo da gaveta, doido pra se mostrar justo quando a gente precisa tirar os sapatos em público.
Tudo bem, tiro os sapatos e então vamos lá, uma música suave de fundo para esvaziar a cabeça de qualquer pensamento, um cara num idioma estranho (será indiano?) repetia um mantra que para mim soava assim: bolo, bolo, bolo....bolo com café, café com leite, bolo, geléia, bolo. Pulei a hora do almoço, tô com uma fome danada, acho que no meu íntimo só sou matéria; e o ronco no meu estômago, será que alguém tá escutando?
Tento me disciplinar, prestar atenção em mim mesma, inspirar, expirar, bem devagar.
Só que relaxar ao ar livre, numa tarde de verão, acho que não vai rolar...esquecemos de combinar com os insetos. Agora tem um pernilongo picando a minha coxa. Eu não quero me coçar, quer dizer, querer eu quero, mas não devo ou não posso, ou sei lá, pronto me cocei, desconcentrei...
A voz da mestra outra vez me leva de volta à sessão: deixar o maxilar relaxado, a boca entreaberta, a cabeça ligeiramente pendida; mas nessa posição não consigo engolir, minha boca tá cheia de saliva, não dá pra disfarçar e cuspir, eu acabo de descobrir que o meu eu mais secreto não passa de um bebê babão.
O próximo exercício pede que a gente se deite no chão, imóvel, na posição do morto, pra liberar a energia dos chacras.
Me empenho com todas as forças e quase consigo atingir esse sonhado plano astral, onde a mente se desconecta, mais eis que a professora se aproxima, toca na minha barriga, bem perto do meu umbigo.
Assim também já é demais pra mim, tenho cócegas na barriga, a concentração lá se vai pelo ralo.
A professora se afasta, um ar meio contrariado...Sem jeito, paro de rir...A aula vai chegando a fim.
Vou me embora correndo,  tem um trânsito infernal no meu caminho, tô muito atrasada para começar o jantar e mais estressada que nunca.

Fá  - BSB agosto/2007




quarta-feira, 28 de março de 2012

"Direto do tunel do Tempo"

Eu sou  a primeira da esquerda, na fileira de baixo, de franjinha, com os braços pra trás. A época? 1966 ou 67, numa visita ao museu do Ipiranga. À esquerda, de óculos escuros, dona Marli, minha professora.


terça-feira, 27 de março de 2012

Dia do circo

27 de Março

Dia do Circo


Hoje comemora-se o dia do Circo, uma homenagem ao palhaço Piolin (considerado um dos maiores que o o Brasil já teve), que nasceu nesta data  em Ribeirão Preto/SP.
Pra ser franca, eu acho que quem deveria fazer esta postagem seria o Valdo, a Gi, o Vander, a Vivi ou o Alfredo.
O Valdo e a Gi já saíram do circo, dirão vocês. E eu digo tudo bem...mas será que o circo saiu deles? Será que depois do batismo de fogo sob o calor daquela lona a pessoa realmente se esquece que um dia foi de circo? Não sei....tenho a impressão de que não, de que a alma cigana, aventureira, descontraída e alegre que aos nossos olhos compõe o circo fica pra sempre impressa na memória de quem um dia esteve lá.
Quanto ao Vander, Vivi e Alfredo, nem tenho esperanças de que apareçam por aqui.
Como o Valdo e a Gi devem estar muito ocupados trabalhando e cuidando de seus anjinhos, faço eu mesma a postagem.
Viva o circo. Viva a alegria tantas vezes ingênua,  sincera, boba, livre, falsa, pouco importa, sempre tão mágica, tão encantadora que o circo e todos os seus artistas transmitem ao respeitável público.
PS: adoro circo, até os mabembes.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Segunda-feira também é dia...de poesia

Kamikase


Mirei certeiro na pilastra numa ponte qualquer da estrada
a 150 por hora o desastre  é perfeito
o que outrora foi um carro  transformado em sucata
meu sangue vermelho escorrendo no cinza do acostamento.
Enfiei o pé na tábua em delírios de decolar
laminas de metal torcido estraçalhando meu peito
esmagando junto a mágoa
que eu cansei de carregar
Acelerei lá no fundo e estourei  o conta-giros,
estilhaços de vidro no chão,
o mundo virando uma mancha
perdida a noção do tempo, perdido o controle das marchas
tudo que me descontrola pra sempre virando fumaça.







































































domingo, 25 de março de 2012

Crítica de cinema

Ontem assisti "Piaf". Belo, filme, triste e um pouco lento. A história de vida, de ascensão e queda de uma estrela, com final dramático.
Ficou claro para mim que  tanto na França dos anos 50, como no Brasil dos 60 ou nos Estados Unidos na década de 90, a mistura de talento, sucesso e álcool é explosiva e o  desfecho é sempre trágico.
Terminei o filme com lágrimas nos olhos.
Para a geração que não conheceu a cantora, faço a postagem da música que no meu entender é das mais representativas de sua carreira (e a que mais me emocionou no filme).
Aqui na voz de Cassia Eller, outra estrela de ascensão e queda fulminantes.


quinta-feira, 22 de março de 2012

JÁ QUE É LIVRO..... LEREMOS!!!

Até hoje gosto de livros e amo todos que tenho, mas minha paixão é especial por um que é este aqui:
Esse livro eu li a primeira vez quando estava na sexta série áinda estudava no Colégio Maffei Vitta é uma história que mostra o processo fascinante da produção de um livro junto com a emoção do primeiro amor de uma menina... Laurinha encontrara e agora via desfazer-se o seu primeiro amor. Um namoro inocente que havia sido registrado pela imagem de um coração entalhado a canivete no tronco de um eucalipto. Mas até o seu eucalipto tinha sido derrubado... Uma história vibrante e delicada, que entrelaça dois enredos: a história do amor de uma adolescente e a história da produção de um livro, o único veículo capaz de eternizar todas histórias de amor.
Esse livro foi e é paixão eterna...... depois de ler e fazer trabalho de escola, descubro que perdi minha paixão (o livro) minha mãe tinha doado para escola junto com outros tantos..... tudo bem coração partido.... não desisti, crescido e ainda com cabelo, arranjei um jeito de achar o tão amado e apaixonante amor que tive (e ainda tenho pelo livro).... internet, esse peste deve servir para algo, trabalhando na Ceplan, tive a idéia de pesquisar na internet..........BINGO, achei o meu amor, e tenho até hoje e obviamente já li muito...... e sabe como é: QUANDO A GENTE AMA, AS PESSOAS ATÉ CURTEM MAS A GENTE NÃO COMPARTILHA POR CIÚMES.

RICARDO POMINI

quarta-feira, 21 de março de 2012

Livros

Aqui vai uma postagem contando um pouco sobre Meus livros, e o espaço importante que eles ocupam em minha vida...

Quem me conhece um pouco mais a fundo e teve uma convivência comigo (Fafa, Tia Prê, Má, meu padrinho Rone...) sabe que eu nao abro mao de um bom livro na prateleira do meu quarto.

Acontece que ante-ontem, no meio da aula, pediram minha ajuda na diretoria. Até aí, nao me espantei, afinal, acreditem se quiser (eu sei. Vindo de mim é dificil acreditar. As vezes nem eu acredito quando me ponho a pensar) eu sou, ainda que tardiamente, antes que algumas boas almas se prontifiquem a dizer, o tal aluno exemplar da sala. Volta e meia, os professores me confiam seus livros e me dizem "hoje eu quero que você passe isso, isso e isso para eles e explique, pode ser?".

Eu nao vejo mal algum em ajudar professores nas matérias. Quando eu era novo e só queria saber de farrear na escola, achava quem o fazia um puxa saco da maior, e tirava muito sarro disso, mas hoje eu vejo que é diferente. Se o professor estiver meio ocupado ou meio doente, nao ligo mesmo de ajudar na aula.

Eu esqueci o adjetivo, e odeio esquecer palavras, que a Fafa me chamou em uma postagem, mas o significado eu lembro: tagarela. E eu assumo que eu sou tagarela nos textos. Gosto de escrever.

Mas, voltando ao assunto, depois que eu desci até a diretoria, me pediram para levar "presentes" para os alunos. Nós chamamos de presentes, os mimos que o governo distribui para as escolas. Sabemos que nada é de graça, mas nao custa acreditar no Papai Noel em época de Natal, entendem?

Pois quando eu cheguei na sala e abri as caixas, me surpreendi e o brilho tomou conta dos meus olhos.
O que as caixinhas de papelao barato guardavam eram livros! E nao eram livros quaisquer. Eram exemplares de alguns dos melhores livros que ja tive noticia, mas um me chamou mais atenção dentre todos. O título do livro é nada menos que "Contos Fantásticos do Século XIX" e eu fiquei doido com aquele livro. Mais de 600 paginas de pura literatura clássica.

Outro fato interessante que aconteceu, foi sobrar um kit de livros na minha sala, e eu lembrei de uma amiga minha da sala do lado, que compartilha da mesma paixao. Pra se ter uma idéia, ela arrumou um emprego em uma livraria só para ter descontos nos aluguéis e compras de livros. E eu pensei que, justo nesse dia, ela tivesse faltado. Eu sabia que ela nao se perdoaria por faltar em um dia como esse, entao rapidamente escondi o kit que sobrou dentro da mochila e fiz "cara de pastel".

No intervalo da aula ela aparece na porta com um sorriso de orelha à orelha e eu logo devolvo dizendo "Eu sei, eu sei. Outra dessa só daqui há mil anos!". Entao eu contei para ela da idéia que eu tive e mostrei o kit. Ela respondeu que tinha recebido livros diferentes porque os da sala ja tinham acabado. Entao eu propus que ela fizesse uma troca. Me desse os livros que ela recebeu, e eu dava os que sobraram. Ela saiu na hora e foi buscar os livros. Feita a barganha, eu abro a caixinha e quase dou um berro na sala. Dentro da caixa estava "Morte e Vida Severina". Um livro que eu queria ler há muito tempo, indicado pela Fafa (que imagino que ainda quer um exemplar, ja que me disse que nao tem... Ainda).

Pensando em tudo isso eu me lembrei de um dia no supermercado com minha madrinha, em que ela me disse "você pode levar uma só coisa da sua escolha" e eu saí desembestado para o corredor de brinquedos e escolhi um que na época estava na moda, e ela me mostrou a sessão de livros. Eu olhei, olhei e olhei mais um pouco até escolher o livro do Menino Maluquinho. Ela se abaixou e perguntou "Você escolhe o brinquedo ou o livro?" e eu pensei um pouco e escolhi o livro. Ela me olhou com um sorriso satisfeito no rosto e me disse "Muito bem! Por ter escolhido o livro, você leva os dois!".

O brinquedo acabou sendo doado anos depois. O livro, infelizmente deve ter se perdido no tempo, com as mudanças, mas ainda lembro algumas passagens desse e de alguns que eu li na minha infancia e que fizeram muita diferença no meu aprendizado. Outros livros eu tenho até hoje, como um em particular que eu amo de paixao, dado pela Fafa no meu aniversário de seis anos, mesmo ano em que eu ganhei meu primeiro violão, dado pela minha madrinha, Márcia. O título do livro é O Livro das Virtudes Para Crianças. Infelizmente, uma bela noite teve uma enchente e meu livro manchou todo, mas fiz questao de guardá-lo mesmo assim. O valor sentimental desse livro em particular é inestimável para mim. E se um dia eu tiver um filho, garanto, com toda certeza desse mundo como um e um somam dois (ou onze, digam os controversos), que ele lerá esse livro e guardará muitos dos ensinamentos que há nele.

No fim, resta dizer que eu agradeço todos que incentivaram e incentivam até hoje meu gosto pela leitura e dizer que eu sinto orgulho de vocês e de mim mesmo.
Com o passar dos anos a tecnologia favoreceu minha segunda paixao (a primeira todos sabem qual é) e hoje eu posso ler artigos que eu acho interessantes em qualquer lugar pelo meu celular e meu iPad. Fica aqui a dica de um dos que eu acompanho diáriamente, que é o Hype Science. Fala sobre diversos assuntos, mas o foco mesmo é ciência, tecnologia e ,frequentemente, atualidades. Quem quiser passar e dar uma olhada, garanto que é muito interessante.

Bruno

terça-feira, 20 de março de 2012

Outono

Outono


Um dia frio, céu cinzento
folhas secas rolam no chão
impulsionadas pelo vento.
No meio da manhã de domingo
o outono se insinua
traz pra dentro do meu peito
um sopro de melancolia.
Ressaca de vinho tinto
preguiça de enfrentar a vida
saudade de amores antigos
que eu nem sei onde deixei.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O camping do fim do mundo

O Camping do fim do mundo


Eu tinha perto de 16 anos e quase não saía de casa. Meu pai, um homem antiquado e severo acreditava que lugar de mulher é em casa, que uma moça deve casar-se virgem e me trazia sob rédeas curtas (a década de 60, a pílula, a revolução sexual não tinham entrado na cabeça dele). Meu sonho de consumo era acampar. Algumas amigas de colégio já tinham acampado e vivam contando maravilhas sobre isso. Então eu me mordia de vontade.
Num fim de semana prolongado minha prima, mais velha que eu uns dois anos (ela já era maior de idade) ia acampar com duas amigas, acompanhadas pela mãe de uma delas. Eu não sei que milagre aconteceu, mas meu pai concordou que eu também fosse (acho que foi influência do meu tio, que prometeu que a prima tomaria conta de mim).
Então na sexta-feira, logo após o almoço, não sem antes ouvir um sermão do meu pai me garantindo que me moeria de pancada se por acaso eu bebesse ou fumasse (coisas piores que isso ele nem ousava supor  que eu pudesse fazer), lá fui eu, cheia de expectativa e fantasias.
Chegamos ao acampamento no começo da tarde. O camping na verdade, nada mais era do que um velho sítio que o proprietário resolvera transformar num negócio alternativo. Cobrava uma taxa de quem armasse barracas em seu terreno. Em troca, oferecia banho (água fria, de um pedaço de cano pendente da parede do lado de fora da casa), um único banheiro dentro da casa e um lugar pra lavar louça (dois tanques velhos nos fundos da casa).
Armamos nossa barraca e saímos pra um passeio de reconhecimento. Tinha chovido durante toda a semana e o terreno era um lamaçal só. O rio prometido na propaganda nada mais era do que um fiozinho de água, correndo sobre umas pedras cobertas de limbo. O sítio tinha muito mais mato do que plantas. Mas eu, tão excitada com minha aventura, não notei nada de errado.
Até que me deu vontade de fazer xixi...
Para ir ao banheiro, era preciso passar pela sala da casa, que também servia como uma espécie de escritório do proprietário. O sujeito, por si, já era um tipo assustador. Moreno, pele muito queimada de sol, barba e cabelos compridos que ele trazia presos num rabo de cavalo, braços musculosos e cobertos de tatuagens (estrelas, dragões, espadas) e um vozeirão de trombeta.
A sala, escura e recendendo a incenso, era um museu anárquico. Havia caveiras na estante, teias de aranha pelos cantos, numa parede um quadro enorme que deveria ser a representação do inferno (homens e mulheres nus, se retorcendo sobre labaredas), uma coruja empalhada e mais uma infinidade de objetos estranhos e assustadores.  (Depois vim a saber que o homem pertencia a uma seita que esperava o apocalipse, o fim do mundo que deveria ocorrer na virada do milênio. Misturava Jesus com John Lennon. Acreditava que no dia do Juízo o demônio despertaria de seu sono nas profundas do inferno e voltaria para um duelo final com Deus. Era vegetariano. Consumia e oferecia aos hóspedes que comungassem de suas crenças, um chá produzido lá mesmo no sítio, que possuía a miraculosa propriedade de purificar o corpo e preparar o espírito para o grande momento da transição).
Mas voltemos ao desenrolar da história: atravessei a sala com as pernas meio trêmulas. Entrei no banheiro, fechei a porta e já ia me sentando no vaso quando levei um choque: na parede à minha frente, em tamanho natural, uma imagem de Jesus. Tentei abaixar a cabeça, olhar para um lado, para outro, não adiantou. Meu olhar era atraído pelo olhar hipnótico daquela figura. Impossível fazer xixi com Jesus me olhando daquele jeito. Apertadíssima, saí às pressas do banheiro e fui procurar lá fora uma moita que pudesse me servir. Encontrei uma, me abaixei e já estava me aliviando quando vi, bem pertinho de mim, imenso, verde, olhos esbugalhados, um sapo. Saí correndo, escorregando na lama, a calcinha que eu tentava erguer enquanto corria, se enroscando em minhas coxas.
A partir daí  meu final de semana dos sonhos se transformou em pesadelo.
Vasculhei o sítio atentamente e descobri que havia sapos em todos os cantos, de todos os tipos, pequenos, grandes, verdes, marrons, cinzentos.
Dormi mal ou mal dormi todas as noites que passei lá. Depois de verificar se a barraca estava hermeticamente fechada eu me enrolava toda no cobertor, sem deixar nenhuma fresta. Mesmo assim, passava horas de olhos abertos no escuro, esperando que a qualquer momento um sapo fosse entrar debaixo das cobertas, subir pelas minhas pernas, pular em cima do meu peito. Xixi eu só fazia nas moitas, depois de examinar cada metro do terreno pra ver se não tinha nenhum sapo por perto. O resto eu nem fazia. Passei o fim de semana com a barriga inchada, cheia de gases, dura feito um tambor.
Minha prima, surpreendentemente, parecia muito relaxada, totalmente integrada ao ambiente (algum tempo depois descobri que era efeito do chá servido aos iniciados; na verdade, cogumelo alucinógeno, nada mais que isso). Não contei  pra ninguém, porque não sou dedo-duro e também porque não queria ficar mal com minha prima.
Desde então, mais de 20 anos são passados. O mundo, felizmente, não acabou.
Mas eu nunca mais quis saber de acampar em toda minha vida.





Fá  B J Perdões, 03/11/2009






sexta-feira, 16 de março de 2012

Convido vocês a darem nome

Escrevi este poema num momento em que sentia, ao mesmo tempo, uma enorme alegria e uma dor profunda. Nestes versos não estou mentindo, não represento. É um sentimento meu. Tão forte, tão verdadeiro, que não consegui dar nome ao soneto. Peço sugestões e se gostar de alguma, prometo usá-la.




Ela me disse “meu amor”
e uma luz se acendeu em mim
me vieram lágrimas aos olhos
mas eu não poderia chorar assim
diante dela e da platéia.

Ela me chamou de meu amor
e eu não sei se ela já teria  dito isso antes
mas naquele instante desfilaram pela minha memória
todos os amores possíveis
os que desejei e não tive,os que tive e desperdicei
e os que conquistei, por mérito ou sorte.

Ela me disse “meu amor”
e eu percebi que nunca tinha amado tanto a vida
e sentido tanto medo da morte.






quinta-feira, 15 de março de 2012

O poço

O poço


Na casa de pau a pique as paredes tinham alguns buracos, de onde o barro seco se desprendera. Bem perto de sua cama, por uns desses buracos era possível ver o quintal. Passou algum tempo ali observando as galinhas ciscarem no terreiro. Enjoou logo. Tédio e preguiça misturados. Caminhou pela casa. Na cozinha, sobre o fogão à lenha permanentemente aceso, o bule de café. Ao lado do fogão a prateleira tosca onde pratos e canecas de esmalte, desbeiçados pelo uso, descansavam enfileirados. Sentiu vontade de tomar um pouco de café. Mas a alça do bule estava muito quente. Teve medo de se queimar e desistiu. Andou até a sala. A mãe a avó ocupadas com a costura. A avó, tesoura na mão, ia recortando a peças enquanto a mãe pedalava habilmente na velha máquina de costura. Deitou-se no chão, braços sob a cabeça e ficou um tempão admirando as vigas de sustentação do teto, grossas toras de madeira escurecidas pelo tempo. Mas o tédio continuava a morder-lhe internamente. Levantou-se e foi remexer linhas e agulhas na caixa de costura. A avó achou ruim. A mãe mandou que fosse brincar lá fora. Obedeceu. Saindo pelos fundos, do lado direito do quintal ficava o paiol, a porta precariamente fechada por um pedaço de arame enroscado num prego. Soltou o arame e entrou. Do lado de dentro calor abafado. Num canto sacos de milho maduro para alimentar os animais. Penduradas numa parede as ferramentas de uso diário no sítio, machado, foice, pás, enxadas. Num armário cheio de teias de aranha muitas quinquilharias quase inúteis: o pneu velho de um carrinho de mão, latas de tinta vazias, veneno para matar formigas, pedaços de arame e de corda, correntes, um par de velhas luvas.  Nada que pudesse lhe servir para brincar. Saiu sem ter encontrado distração. A pouca distância do paiol ficava o poço, lugar proibido para crianças. Quando olhou pra lá, viu que estava destampado. Alguém se esquecera de colocar a tampa (a regra geral era poço tampado e crianças distantes dele). Aquela boca negra aberta para as entranhas da terra era atração fatal. Olhou para os lados. Ninguém à vista.  Foi até lá. Apoiou-se devagar na borda e foi se posicionando, colocando a cabeça na abertura do poço. No fundo a escuridão total, mas conforme os olhos foram se acostumando, dava pra ver um ligeiro clarão do céu refletido na água. De repente, viu um vulto. Afastou-se em sobressalto. Passou alguns segundos com o coração aos pulos, até  compreender que tinha visto apenas sua própria sombra. Apanhou uma pedrinha no chão, voltou a rastejar pela borda do poço, pôs a cabeça novamente na abertura e soltou a pedra. Ficou vendo os círculos concêntricos que a pedra provocou na água. Observar aquele abismo dava certa vertigem, um pouco por causa da posição da cabeça e mais ainda pela excitação de fazer algo proibido. Quando a vertigem se tornou desagradável tirou a cabeça da abertura do poço. Foi examinar a manivela que movimentava a carretilha, o baldo preso a um gancho e a corda enrodilhada na beirada do poço. Uma vez mais olhou ao redor. Ninguém (mãe e avó provavelmente distraídas com a tarefa de costurar). Sentiu vontade de puxar água. Muitas vezes já tinha visto a mãe puxar água do poço. O balde subindo úmido, gotas d’água refrescante escorrendo pelas laterais. Nessas ocasiões, sempre tomava um copo de água fresquinha. E pensava que a água tinha um gosto bom, que lembrava terra molhada (sabia o gosto de terra molhada, certa vez tinha lambido um torrão de terra molhado pela chuva – muito depois viria a descobrir que às vezes, esse pode ser também o gosto da mulher amada). Ajeitou o balde na boca do poço e soltou a manivela. Obedecendo ao empuxo da gravidade, corda e balde desceram de uma vez e foram bater na água com um estrepitoso plaft! Parou por um instante, músculos retesados na expectativa de que o barulho atraísse alguém. Mas nada.
Começou a girar a manivela pra trazer o balde à tona. Sentiu seu peso e percebeu quando emergiu porque escutou o barulho dos pingos de água caindo de volta no poço. Puxou uma, duas, três vezes e o balde vinha subindo. Foi então que lhe veio a idéia de testar a própria força, girando a manivela com um único braço. Afastou o braço esquerdo e fez força com o direito. A manivela resistiu um pouco, subiu a meia altura e vacilou. Ainda tentou levar o braço esquerdo de volta, mas não deu tempo. A manivela voltou velozmente atingindo sua testa numa pancada seca. Depois, a escuridão. Acordou com a mãe e a avó debruçadas sobre seu rosto. A mãe com o olhar aflito das mães que vem um filho em perigo. A avó apertava contra sua pele a lâmina fria de uma faca (simpatia antiga da roça). Durante dias exibiu um horrendo galo roxo que foi mudando de cor lentamente, antes de desaparecer por completo.


B J Perdões, 08/02/2012





quarta-feira, 14 de março de 2012

O preço e o valor

Tudo que possuo e tudo que sou tem ou teve um preço.
Meu diploma de direito teve um preço elevado. O custo das mensalidades, que nem sei como paguei, mas paguei com meu próprio salário, que à época não era  muito. Além do preço de horas e horas de dedicação, das noites gastas em estudos. E a constatação de que afinal quase nada sei, tantas são as vezes que ainda me surpreendo ignorante diante de novas indagações.
Minha casa, meu carro, minhas roupas, livros, relógios, tudo isso tem um preço que qualquer um pode medir, posto que são bem materiais, cujo preço de mercado é fácil apurar. E exatamente por serem bens materiais não tem valor algum, uma vez que podem ser subtraídos de mim (por alguém, por uma catástrofe) e só terá valor real o esforço que eu seja capaz de fazer para readquiri-los.
Minha saúde, meu bem estar tem o preço do meu esforço diário. Exercícios, mesmo quando morro de preguiça e algumas vezes até quando sinto  dor. Renúncias frequentes a rabada na terça, macarronada na quinta, feijoada no sábado, pastel na feira e cerveja nas happy -hours.
O preço dos meus amigos é a lealdade, a confiança lentamente conquistada e que precisa ser mantida ao longo do tempo.
Meu amor tem um preço, e não é baixo. O preço do respeito, da tolerância, do carinho. E mais que tudo, o preço da fidelidade. A fidelidade é um bem tão precioso que só quem entrega sabe quanto custa e só quem recebe sabe quanto vale.
Mas nada nesta vida tem tanto valor quanto ser quem eu sou.
Meus defeitos e minhas qualidades, minhas convicções e dúvidas, minha capacidade de dizer sim quando penso sim e dizer não quando penso não, me custaram um preço tão caro, mas tão caro, que se fosse preciso abrir mão desse valor, talvez fosse melhor morrer.


terça-feira, 13 de março de 2012

Mais crítica de cinema

Ontem assisti "O Padre".
Estética de história em quadrinhos, ágil, um tanto dark. Violento. Sanguinolento. Um pouco nojento. Inverossímil. Mas mesmo assim, muito bom.
Não recomendado para quem gosta de historinhas de vampiro água com açucar, tipo Edward da saga Crepúsculo.
Perfeito para quem aprecia a boa e velha luta do bem contra o mal (mesmo quando o bem tem uma ética bastante flexível e o mal apresenta justificativas razoáveis) e não gosta de finais felizes melosos.
Eu recomendo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sem licença da Preta

Ela proibiu a gente de falar de futebol no blog. Tudo bem, eu entendi, apoiei, acatei. Eu concordo que nós estávamos quase enveredando pelo caminho dos conflitos.
Mas hoje não dá pra ficar calada.
Finalmente aquela porcaria, aquela tranqueira, aquele estorvo que o Corinthians comprou não sei por qual motivo (odeio pensar que existem razões ocultas que nós, pobres torcedores idiotas ignoramos), aquele imperador do pouco treino, pouco jogo, pouco resultado para o time foi embora.
Pra mim é dia de festa. Volto a ser corinthiana com prazer, com vontade de ver o time jogar, com amor nas vitórias e nas derrotas.
Agora posso acreditar que a equipe inteira vai jogar com a alma, com o coração na ponta da chuteira, sem o contrapeso que um companheiro (companheiro?) que ganha altos salários, não dá nenhum retorno e fica com os louros da vitória quando faz um mísero golzinho (que não era mais que sua obrigação).
Obrigada meu São Jorge! A nação alvinegra merecia!.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A música de Deus

Caminho pela praia, com água na altura das canelas, chutando ondas. O entardecer é um espetáculo que se repete todos os dias e ainda assim, é único.
Ao longe, no horizonte, céu e mar se confundem em infinitas tonalidades de azul. O sol lança seus últimos raios, criando reflexos dourados na superfície do oceano.
Enquanto ando, penso que não penso. Suponho que seja isso que os místicos, os iogues, os gurus chamam de meditação ativa. Meu corpo se movimenta por ação espontânea, enquanto a mente vagueia, liberta de pensamentos. Sinto-me totalmente integrada aos elementos da natureza. Tudo ao meu redor pulsa repleto de energia vital e ao mesmo tempo sugere calma, convida ao recolhimento. Sou parte do universo e o universo é parte de mim.
O constante vai e vem das ondas batendo contra a areia, o sussurrar do vento compõem uma melodia sublime. Deve ser essa a música de Deus. Combinação perfeita de som e silêncio, contração e expansão, movimento e permanência.
Num momento mágico como esse, é impossível não acreditar que existe um Criador  que todos os dias  administra pessoalmente Sua obra.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia internacional da mulher II

Eu já disse aqui que não gosto deste dia, por achar que ele apenas acentua o preconceito de gênero.
Mas uma vez que a data existe, me deu vontade de render homenagem à mulher que considero a mais importante da história - Eva - a primeira mulher, a grande mãe de toda a humanidade.
Pois foi graças à sua curiosidade e rebeldia femininas que, desobedecendo ordens superiores,  Adão comeu da árvore da sabedoria.
Como castigo fomos expulsos do Paraíso e condenados - eles a ganhar o pão com o suor do próprio rosto - nós a parir nossos filhos com dor.
Em contrapartida ganhamos o livre-arbitrio, o direito de escolher nossos destinos, de saborear o fruto que melhor nos apeteça.
Tivessemos ficado esperando pela iniciativa do macho da espécie, estaríamos até hoje nos jardins do Éden deitados à sombra de uma árvore, acomodados, conformados em comer apenas os frutos que nos fossem permitidos.
Dou vivas a Eva. E viva a iniciativa e inconformismo da mulherada!

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulher: uma palavra simples que com gestos nobres consegue o que quer,
mulher tem garra, força, olhar matador, instinto selvagem,
graça, leveza, intensidade de um leopardo e a graciosidade de um pássaro,
mulheres de fibra, determinadas de gestos puros, de sentimentos nobres,
bela, linda, forte, simples, dengosa,
de pele macia,
olhar apaixonante,
sorriso maroto,
mãos de fada,
pés de anjo,
cabelos de seda,
guerreiras, protetoras, sedutoras, inocentes, perigosas, carentes, astutas,.......
é....você mulher é algo divino que só Deus pode explicar.....
toda mulher tem seu charme,
toda mulher é um anjo,
uma fada,
uma história, uma vida,
Ah mulheres....como definilas em tão poucas palavras,
toda mulher tem seus momentos,
para alguns homens, sexo frágil,
para outros, periguetis, safadinhas, santinhas, diabinhas, bonitinhas, gostosinhas, espertinhas, sabidinhas, moderninhas, tiazinhas, malandrinhas, anjinhas, sereias, dominadoras, mães, tias, primas, irmãs, amigas,etc....
mas todos os homens querem, uma, algumas, diversas....

MULHER PARABÉNS POR SER TANTO, POR SEREM TANTAS, POR SEREM DEMAIS.

autor: RICARDO POMINI

quarta-feira, 7 de março de 2012

Revolução eletrônica

São inúmeras as ferramentas para alguém manter-se em permanente contato com o mundo a seu redor, certo?
Então tento acessar a internet e digitar um texto no notebook. Por alguma razão misteriosa e inexplicável (ao menos para mim), não consigo acessar nada, embora o ícone na tela me informe que estou conectada.
Irritada, com vontade de atirar na parede esta maquininha rebelde, parto para o tablet. Com muito sacrifício, catando  às cegas teclas virtuais consigo digitar um texto recheado de falhas na acentuação (o tablet tem acentos no teclado virtual, o diabo é encontrá-los). Depois de quase meia hora de esforço, quando tento formatar o texto ele simplesmente desaparece da tela. Desaparece do mundo, porque foram inúteis todas as tentativas que fiz para recuperá-lo.
Agora mais do que irritada, furiosa e frustrada, pego o celular pensando em ligar para  algum dos muitos experts em informática que conheço.
Para minha surpresa, uma mensagem eletrônica informa que não a ligação não pode ser completada porque esgotei o limite da minha conta...????? Como assim, limite...minha conta é pós paga, não tem limite, a última fatura foi paga!!!!
Ligo para a operadora. Tempo pra ser atendida? Mais ou menos 20 minutos...Resposta da operadora? Meu telefone celular não é meu, está cadastrado como empresarial, com CNPJ e tudo... Hã????? E a conta, que chega no meu endereço todos os meses, e que acabei de pagar, há menos de 5 dias atrás????
A atendente não sabe explicar. Sabe apenas que devo comparecer a uma loja, munida de nota fiscal do telefone, da última conta, de documento de identidade e provar que o telefone (que sempre foi meu), continua sendo meu.
Querem saber, não vou a lugar nenhum. Desisti do texto, desisti do notebook, do tablet, do telefone celular.
Vivi 2/3 da minha vida desconectada e tudo funcionava às mil maravilhas. Se de repente estas máquinas malucas decidiram fazer uma revolução, não serei eu a ficar refém disso. Viverei o que ainda tenho para viver desconectada como antes. Tenho certeza de que saberei ser feliz.

terça-feira, 6 de março de 2012

A DJ do Altíssimo

Tarde de um domingo qualquer. Entro na padaria pra tomar uma água. Uma inocente, insípida e inodora água mineral. Logo atrás de mim entra uma criatura - seria uma aparição? - celular na mão servindo de rádio, evidentemente sem fone de ouvido, tocando em volume estridente um hino de louvor ao Senhor. Não bastasse a intensidade do volume do rádio, ela cantava a plenos pulmões em acompanhamento. Fechei a cara e dei uma encarada, mas a tal criatura pelo jeito era do tipo que nunca tomou sequer um gota de "simancol" em toda a vida. Resmunguei um pouco reclamando, mas ela não escutou. E mesmo que tivesse escutado, não teria adiantado. Tava na cara que ela  se acha um legítima representante de Deus na terra. E eu não passo de uma ovelha desgarrada a quem é preciso resgatar. Andou de um lado para o outro escolhendo coisas e enquanto fazia as compras, durante todo o tempo, cantou. Pagou e saiu rua afora ainda cantando em altos brados sua música sacrossanta, certamente na expectativa de encontrar alguma alma perdida a quem converter com seus cânticos. Pedi um cafezinho - precisava de um tempo pra refletir -. Conclui que se aquele é o som e são pessoas como aquela que a gente encontra no céu, definitivamente eu prefiro o inferno. O ambiente talvez seja meio insalubre, as companhias são um tanto duvidosas, mas a trilha sonora eu aposto que é muito melhor.

domingo, 4 de março de 2012

Recomendação e não recomendação!

Pessoal, como já faz em tempinho que eu não posto nada, gostaria de voltar com uma recomendação e uma não recomendação sobre produtos tecnológicos!

-Recomendação:
Como todos sabem agora depois que se tornou público (rsrs) que eu estou estudando, tive a necessidade de um celular ou um smartphone, que tenha tecnologia Wi-Fi, Bluetooth e o OS Android.
Optei pelo celular-smartphone Samsung GT-I5500B, com o preço médio de R$ 300,00, veja as recomendações:

Formato: Touchscreen
- Banda: Quadband (850/900/1800/1900 MHZ)
- Frequência: GSM
- Teclado: Touchscreen Capacitivo
- Sistema Operacional: Android OS 2.1
- GPS: A-GPS
Tela/Display 
- Tamanho: 2.8" polegadas
- Resolução: (240 x 320 pixels)
- Cores: 262 mil
Memória 
- Memória Interna: 100MB
- Cartão de memória: MicroSD, expansível até 16GB
- Tipo de cartão: Micro SD
- Processador: 600MHZ
- Memória RAM: N/D
Conectividade 
- 3G
- Wi-Fi
- HSDPA 7.2Mbps
- Bluetooth 2.1
- EDGE
- GPRS
- Conexão microUSB 2.0
Mensagem
- SMS
- MMS
- Email
- Push Email
- RSS
- Mensagem Instantânea (IM)
- Escrita Dinâmica: SWYPE
Câmera
- Câmera Integrada: Sim
- Resolução: 2.0 megapixels
- Zoom 4x
- Gravador de Vídeo QVGA@15fps
- Formato de Arquivo de Vídeo: MP4, H.264, H.263
Multimídia 
- Viva-voz
- MP3 Player: MP3, WAV, eAAC
- Toque Polifônico e Mp3
- Rádio FM com RDS (Identificador de música)
- Tempo de conversação: até 9 horas
- Standby: 521 horas
- Tipo de bateria: Li-Ion 1200 mAh


       Achei esse Smartphone muito interessante pelo motivo de ter como enviar e-mails e receber com a mesma facilidade de estar enviando um SMS, e também poder publicar arquivos na nuvem (Muito parecido com o Iphone) e assim que chego em casa já tenho a aula que tive com o professor já está no meu notebook, sem nenhuma dificuldade...
       Também conta com um sistema de Wi-fi, que uma vez ativado e pré configurado com o roteador, voa com os aplicativos que utilizam a internet, após sair da zona de alcance do roteador, automaticamente passa a utilizar a internet do próprio celular, que a velocidade varia conforme a operadora.
       Outro ponto intreressante é sobre o Android Market, é simplesmente fantástico!!!
Precisou de um programa, seja para editar planilhas, notícias de última hora e até para perder peso (isso mesmo rsrs), nele você tem mais de 200.000 aplicativos disponíveis para download com os mais variados temas!
       Fora o GPS, no início percebi uma certa demora para conectar com os satélites, mas uma vez detectado você não se perde mais!!!
       O único ponto negativo que me deixou um pouco de nariz torcido foi a durabilidade da bateria, que aproxima-se em 4 horas com a utilização constante do aparelho
       Em resumo, para quem quer um celular com algumas características só presente aos celulares top de linha (Nada de comparação ein Steve) esse celular é muito bem vindo!!


Agora a não recomendação :(
TV digital SUPER DIGI FULL HD (R$ 59,90)
Meu amigo, se você não quer assistir tv em full hd esse é a tv usb digital ideal para você!!
Onde moro, que é uma região alta, simplesmente perde conexão fácil, com sua antena original, tive que fazer uma antena e adaptar para poder ver alguns canais e com uma certa dificuldade.
Seu software é simples, isso é um ponto positivo para quem não tem muita experiência com tecnologia, mas péssimo para quem quer caprichar um pouco mais em relação aos canais.
Rádio? Não tem!
Mas o único ponto positivo que não é tão positivo assim é a qualidade de sinal em 1 SEG (Tv digital de baixa qualidade, para se ter uma idéia, é a mesma resolução de celular), que não perdeu sinal por nada! Assim dá para assistir alguma coisinha quando tiver tempo.

     Então é isso aí pessoal, segue as recomendações para quem está procurando um celular ou uma tv digital de baixo custo com baixos recursos também!!!

      Um abração a todos!!
      Rodrigo


quinta-feira, 1 de março de 2012

Brincar com estrelas

Quando eu morrer

Quando eu morrer e romper as amarras do meu corpo físico, finalmente poderei tocar as estrelas.
Livre enfim das necessidades incontroláveis que escravizam a matéria, sem a fome, o sono, a sede que ora satisfeitos, horas depois voltam a me atormentar
poderei flutuar leve, sem o peso do desejos da minha carne insaciável.
Quando eu morrer, liberta dos limites do corpo, sem necessidade de ar, meu espírito poderá submergir no oceano e brincar com as estrelas  do mar
ou subir ao infinito e dançar com as estrelas no céu.