quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esclarecimento

A Preta disse que vai ficar triste. A Sandra disse a mesma coisa. O Ricardinho me pediu pra ficar (e eu não posso negar que essas manifestações me deixaram envaidecida).
O Rodrigo apelou para a matemátima e me mandou olhar o contador de acessos.
Mas a questão não é simplesmente numérica. Eu não preciso olhar o contador para saber que temos muitos acessos.
Matematicamente dá até pra dizer que o blog vai bem. Mas eu acho que para a mim a questão tem um componente  emocional.
É possível que o equívoco seja meu. Não sou uma pessoa muito emotiva. Não sou dada a efusivas manifestações de afeto. Mas depositei no blog a expectativa de compartilhar com todos os integrantes do grupo temas afetivos. Me dispus a expor minha sensibilidade. Procurei fotos do passado para trazer recordações, pedacinhos da história de cada um. Contei causos com a intenção de fazer rir. Falei de temas atuais e polêmicos do nosso dia a dia, com o objetivo de provocar o debate, a discussão. Ofereci música para as pessoas e tive a preocupação de buscar (ainda que tenha não acertado) a música que me parecesse mais adequada ao gosto de cada um. Relatei fatos reais do meu cotidiano. Enfim, me expus.
Olhar para o contador e saber que as pessoas passaram por aqui não foi o bastante para mim. O grande silêncio que encontrei como resposta foi me frustrando e, repito, talvez o erro seja meu, que entendi de modo muito pessoal o funcionamento do blog.
Eu sei, todos tem ocupações, o tempo é curto, não dá para ler textos longos. Às vezes postar comentários é demorado e chato. Compreendo. Aceito.
Mas volto a repetir: encontrar sempre o silêncio foi muito frustrante.
A falta de participação da maioria (e quando digo participação não estou me referindo a comentarem minhas postagens, mas também a todos fazerem postagens)  me fez pensar que não consegui provocar reação alguma, nem mesmo de rejeição aos meus pontos de vista.
A ideia que eu fiz do blog era de que se tornasse um espaço dinâmico, com ampla participação. Pensei em postagem/comentários, provocação/reação, elogios/críticas. Estático como ele ficou, fez murchar meu entusiasmo, me desanimou.
Peço desculpas àqueles que afirmam ser meus leitores. Não deixarei de escrever e não vou sonegar meus textos a ninguém.
Lá no Facebook, pra onde eu avisei que me mudei tem um espaço chamado Notas. Lá pretendo continuar publicando alguns escritos. Fotos e músicas deixarei de lado, por ora.
Como eu já disse quando avisei da mudança de endereço, pode ser que de repente eu volte.




FUMAR??????????????????????????




O meu sincero desejo
de muita sorte e determinação para todos aqueles de desejam parar de fumar.









Rosa/Preta

FELIZ ANIVERSÁRIO "MEU AFILHADO"



Que Deus te ilumine e te guie.
Que você tenha muita ambição e sucesso.
Feliz hoje e sempre!!!!!!!!!!!!!




Rosa/Preta

MEU VÍCIO

Isso mesmo,
o título é esse mesmo,
MEU VÍCIO,
pois desde que me conheço por gente sou viciado,
não consigo me livrar,
é algo que nunca revelei,
minha família sabe mas não fala,
meus amigos me incentivam
e ainda usam a todo momento,
comecei com um só agora são dois,
minha família que me deu o primeiro vício,
depois peguei gosto pelo segundo,
em todo lugar que estou penso nessas drogas,
drogas que fazem falta, que me completam,
no trabalho, em casa, no bar, em qualquer lugar,
até em reuniões de serviço, de família, carrego comigo,
eu acordo pensando nas drogas,
me consomem...
são tão fortes que só funcionam juntas agora,
quando era pequeno só usava uma,
agora, só sei usar as duas drogas juntas,
não tem salvação,
porque só funcionam juntas....
MALDITO RELÓGIO E DINHEIRO,
DROGAS QUE ANDAM JUNTAS.

AUTOR: RICARDO POMINI

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mudança de endereço

Eu tentei com bastante empenho, eu acho. Todos os que passaram por aqui, mesmo que ocasionalmente, terão que concordar que eu me esforcei. Publiquei meus poemas. Busquei escrever um texto novo quase que diariamente, às vezes sobre assunto sérios, outras vezes procurando fazer graça. Postei fotos, vídeos, ofereci músicas. Também rclamei bastante (é, eu sou muito reclamona).
Eu realmente pensava que pudéssemos fazer deste espaço nossa sala de estar, nosso ponto de encontro virtual.
Passaram os dias, as semanas, os meses e a cada dia encontro aqui mais e mais silêncio.
Concluo que meu esforço foi em vão. Todos estão lá no facebook: o Rodrigo e a Má, o Ricardinho e o Bruno, a Sandra e a Gi, o Ronaldo e a Simone, o Tico e o Valdo.
Eu entendo. As ferramentas lá são muitos mais rápidas e fáceis de usar - Curtir/Comentar - bate-papo on line - ferramentas que aqui não temos.
Mas se é lá que todo mundo está, então é pra lá que eu vou, juntar-me à maioria.
Adeus blog querido...quem sabe algum dia seja possível voltar.

domingo, 27 de maio de 2012

ESPECIAL DO DIA 27/05/2012





Para você Fá

Com todo meu amor e carinho.

Que você seja imensamente FELIZ.

Hoje e sempre.








Rosa/Preta


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tia-avó again

Ano passado eu noticiei aqui que ia ser tia-avó pela primeira vez. Criei até mesmo um bolsa de apostas em torno do nome do guri/guria (à época não se sabia o sexo da criança). Em dezembro nasceu o Lucas, que vem crescendo forte e saudável.
Pois mal me acostumei com a ideia de ser tia-avó e acabo de saber que vem mais gente por aí. Desta vez não haverá bolsa de apostas. Já se sabe que o filho do meu sobrinho Guilherme e da Lilian. é um menino e que se chamará Miguel.
Pelo jeito, a nova geração anda muito entusiasmada (mas esperem aí Vinicius e Isadora, esse entusiasmo não se aplica a vocês, que fique bem claro!).
Ninguém me perguntou nada e eu já ia dizendo que não gosto muito do nome Miguel (eu tenho a boca muito grande...rsrsrs...) daí me lembrei que Miguel é o Arcanjo, o senhor dos Anjos.
Então temos Lucas, que é nome de um dos evangelistas e agora teremos Miguel, que é nome de Arcanjo famoso.
A família cresce. Eu envelheço. E a roda da vida gira incessantemente até que se encontrem  o velho e novo e possam, como eu mesma já disse num poema, juntar as tramas do viver.




terça-feira, 22 de maio de 2012

Dia do abraço

Hoje é o dia do abraço. Insanos da família, amigos e agregados, os que frequentam esta página e os que já nem se lembram de que ela existe. Para todos vocês:


gif popular com amores

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O argentino deu um chapéu no chatástico

Domingo de futebol, o Botafogo ganhou do São Paulo com 3 gols do Herrera. Terminada a partida o repórter da TV Globo corre até o jogador pra que ele exerça o "privilégio" de pedir música no programa de domingo a noite e o argentino respondeu com um sonoro não. Como disse um colunista da Folha, o Herrera teve o seu dia de Amy Winehouse e disse "no, no, no".
Eu não tenho nada contra o tal quadro chamado artilheiro musical e até entendo que televisão é entretenimento popular e precisa de apelo para agradar a massa.
Mas acontece que eu tenho preferência explícita que pelo boi que foge do rebanho, pelo passarinho que não voa com o bando, pelo elefante que provoca o estouro da manada.
Vai daí que eu adorei o não do argentino.
Pelo menos na noite de ontem nos livramos do pagode, funk ou música religiosa que (não exatamente nessa ordem) são a preferência maciça dos boleiros tupiniquins.
E ontem foi só a primeira rodada do campeonato brasileiro. Vamos ver que surpresas nos reservam as próximas.

domingo, 20 de maio de 2012

Minha homenagem

Na semana passada morreu Donna Summer e a Preta postou uma homenagem, em nome das tantas aulas que deu ao som "dance" das músicas dela. Hoje morreu Robin Gibb, um dos Bee Gees e quem faz a homenagem sou eu, em nome das boas lembranças e dos tantos bailinhos da minha juventude embalados ao som desse grupo.

sábado, 19 de maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Santo besteirol

Sexta-feira, nada de importante na agenda, é dia de besteira.
Alguém aí quer ter uma lembrança especial de seu ídolo? Então...já é possível comprar um pingente com o DNA do Justin Bieber!!! Foi extraído do cabelo do "astro" e custa a bagatela de 120,00 U$. Baratinho, né?
Ah, você não gosta do Justin Bieber? Tem problema não, também é possível comprar um pingente com o DNA do Elvis Presley ou do Michael Jackson. Você preferia o da Marilyn Monroe? Eu também, mas não sei dizer se tem o dela.
Aliás, falando no Michael, em breve também será possível assistir ao um show virtual do famoso cantor. Imagens holográficas, eu acho, projetadas em D3 tornarão viável essa "ressurreição" do artista (não me perguntem exatamente como isso vai ser feito - perguntem ao Rodrigo ou ao Fernando).
Sem querer ser mórbida e já sendo, considerando a música de maior sucesso da carreira do moço, acho que o nome mais apropriado pra essa turnê deveria ser "turnê dos mortos-vivos".
Vocês não estão gostando deste papo? Tudo bem, mas queriam que eu falasse sobre o quê? Sobre a CPI do Cachoeira, que um amigo meu chama muito apropriadamente de CPI do fim do mundo (ser for até as últimas consequências o mundo acaba)?
Não vale a pena falar sobre isso né gente. Primeiro porque a gente já sabe que não vai dar em nada, então é perda de tempo. Segundo, porque se a gente mantiver a mínima esperança de que dê algum resultado e depois não der em nada, vai ser muito deprimente.
E terceiro e mais importante: porque hoje é sexta-feira, dia de relaxar, de planejar o final de semana e esquecer as cachoeiras de lama que escorrem do planalto central e ameaçam soterrar nossa maravilhosa Belíndia.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

HOMENAGEM




A minha homenagem à cantora que tanto colaborou com as minhas aulas de ginástica.






Obrigada
Que sua vida eterna tenha muitas luzes.






Rosa/Preta

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dia do gari

Hoje é dia do gari, esse profissional invisível que limpa a porquice que muitos  cidadãos insistem em esparramar pelas ruas, por ignorância ou arrogância. Um sujeito cuja existência só é notada quando está ausente e o lixo se acumula nas calçadas.
Profissão ingrata porque aqui ha Belíndia tem muita gente que pensa que pelo fato de pagar pode se dar ao luxo de sujar e pior, pode desmerecer o trabalho de quem faz a limpeza.
Para quem não sabe, "o termo gari provém do nome de Pedro Aleixo Gary. Durante o Império, ele assinou o primeiro contrato de limpeza urbana no Brasil. Aleixo costumava reunir, no Rio de Janeiro, funcionários para limpar as ruas após a passagem de cavalos. Os cariocas, que se acostumaram com esse trabalho, sempre mandavam chamar a "turma do gari". Aos poucos e de tanto repetir, a população associou o sobrenome de Aleixo Gary aos funcionários que cuidam da limpeza das ruas" (fonte: wikipedia).
No dia dedicado a esses profissionais, fico sabendo que o Sindicato da categoria vai propor ao Prefeito de Sâo Paulo a volta de uma intensa campanha educativa em favor da limpeza urbana, ressuscitando a figura do "sujismundo", um simpático personagem que há quase 40 anos atrás ensinava a população a não jogar lixo nas ruas.
Achei a ideia excelente e espero que a prefeitura adote. Aliás, seria ótimo que todas as prefeituras adotassem. E no meu entender seria bom também mostrar ao povo quanto custa a limpeza urbana e de onde vem o dinheiro que a financia. Talvez sabendo o custo de cada papelzinho atirado no chão o cidadão assumisse parte da responsabilidade por manter a cidade limpa.
Enquanto a campanha não vem, dou parabéns a esses trabalhadores que, literalmente,  suam a camisa o dia inteiro pra manter um mínimo de limpeza nas ruas da cidade.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dia internacional da família 2

Obrigada família!!!!!!!!!!!!!!!.
 Amo muito todos vocês.
Amei ter nascido nessa família.

(Obrigada Fá por ser a minha família)




Rosa/Preta

Dia internacional da família

Nesta imensa Babel eletrônica à qual recorro diariamente em busca de informações, fiquei sabendo que hoje, 15 de maio, é o dia internacional da família.
Pra ser bem sincera, acho que eu não seria a pessoa mais adequada - por assim dizer - para falar sobre as complicadas relações de família. Afinal, eu passei mais de metade da minha vida advogando a tese de que família é um mal necessário: "sem ela a gente não vive, com ela é impossível viver".
Isso não quer dizer que eu não ame a minha família. Amo sim e tento, na medida das minhas limitações, estar presente e dar alguma assistência (moral ou material) quando é necessário (e os meus familiares que por acaso vierem a me ler podem me xingar e dizer que sou chata, que pego no pé, que faço cobranças - estarão cobertos de razão).
Mas minha definição irônica de família não vem ao caso nesta postagem.
Família, sabemos todos, é a base da sociedade, a célula primária onde ensaiamos os primeiros passos pela vida e aprendemos as regras mínimas de convivência com os outros (com eventuais arranca-rabos, que também são necessários).
Toda a construção da sociedade moderna cresceu e se fortaleceu em torno da instituição familiar e na história da evolução humana não há registro de nenhuma sociedade que tenha sobrevivido sem a formação de famílias. Pais e filhos, avós e netos, tios e sobrinhos unidos por laços consaguíneos, cuidando-se  e protegendo-se mutuamente, passando de geração para geração tradições, educação, noções de cidadania, civilidade, religiosidade.
Para a espécie humana a família é tão importante que muitos estudiosos de comportamento atribuem ao enfraquecimento dos laços familiares a dissolução dos costumes, a violência, a degradação que se vê atualmente em quase toda parte.
Só quem tem ou teve a sorte de ser membro de uma família bem estruturada sabe o quanto isso é fundamental na formação do caráter.
Por tudo isso, viva a família. A nossa e a de todo mundo.


Falo diretamente também com a família dos insanos. Essa enorme família da qual não faço parte originariamente, mas na qual fui aceita sem restrições (ao menos não declaradas), a despeito da minha rabugice assumida. E a propósito, soube que tem mais gente da família na área. Espero que o arrastem aqui para nossa página.

O que faz a distância

Há dias vi a "decisão" da Fá, acatando a minhs sugestão para os seus versos.

Adorei, claro, como não poderia deixar de ser. Os versos são uma homenagem à sua mãe e a escolha da minha sugestão não deixa de ser uma homenagem a mim.

Como não respondi imediatamente (por uma série de outras razões), resolvi não fazê-lo mais como comentário, mas sim como postagem, a fim de que ficasse bem claro o quanto me senti feliz com a escolha - ainda mais por uma das outras proponentes (concorrente, por assim dizer... rs...) ter corroborado a decisão.

Obrigada Fá (e de quebra, obrigada San).

segunda-feira, 14 de maio de 2012

RENASCI


Tudo que vi,
Pensei em ti,
Sorri porque te vi,
Vivi por ti,
Sem pensar em mim,
Beijei,
Sorri,
Vivi,
Meu coração bateu por ti,
Olha pra mim,
Pense em mim,
Chorei por mim,
Só porque te perdi.
Sofri,
Chorei,
Entristeci,
Me magoei,
Me perdi...
Renasci por mim,
Sorri para mim,
Cantei por mim,
Vivo por mim,
Meu mundo gira por mim,
Te vi,
Nem te senti,
Meu mundo agora respira
Pensando em mim.

Autor: RICARDO POMINI

sexta-feira, 11 de maio de 2012

de CNH nova

Fui retirar minha nova carteira de habilitação (depois de observar rigorosamente o prazo de 5 dias úteis, lembram-se?). Conferi os dados, nome, filiação, número dos documentos. Tudo certo. Quando olhei para a fotografia quase dei um grito. Aquela criatura não sou eu! Tá certo que nunca me achei bonita. Mas não me imaginava feia daquele jeito. Me parece que a máquina fotográfica do serviço de identificação tem um programa especial que oculta qualquer traço harmonioso do rosto da gente e ressalta, implacavelmente, todos os defeitos. Boca torta, nariz grande, olhos arregalados, ruga na testa e uma papadinha flácida...foi assim que sai na foto. Tá bom, tá bom...eu tenho todos esse defeitos. Mas eles tinham que aparecer todos juntos, em destaque numa única fotografia? Me deu vontade de devolver a carteira para a atendente e dizer que havia um engano, que aquele documento não era meu. Mas me lembrei da tremenda burocracia pra emitir documento novo e optei por deixar pra lá. Afinal, a única pessoa que pede pra ver a carteira de motorista da gente é guarda de trânsito. E isso é tão raro que ela bem poderia ser um documento de porte opcional e não obrigatório. Escondi a nova CNH nas profundezas da minha bolsa. Mas não paro de pensar em fazer uma cirurgia plástica.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Para minha querida irmã Júlia




A homenagem é para ti "minha irmã" para lembrar nossos tempos de crianças/adolescentes. Você já amava Mercedes e Milton. Velhos tempos..............

Vou agradecer aqui a homenagem que você me fez no meu aniversário (Nilton Cesar) e dizer que também te amo muito e que desejo a você muitas felicidades e muita luz no seu caminho.

FELIZ ANIVERSÁRIO

Propaganda futurista

Vejam que coisa incrível:

É tão fantástica que faz todo sentido terminar dizendo "vamos desligar o passado"

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Um poema para uma atleta de ouro

Escrevi este poema para a Maurren Maggi em 2008, quando ela ganhou medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim (depois de ter ficado afastada durante 2 anos sob acusação de doping). Não o inclui no meu livro porque achei que não seria pertinente. Gostaria de enviá-lo a ela, mas tenho preguiça de tentar descobrir os caminhos pelos quais isso seria possível. Como neste final de semana ela ganhou medalha de ouro outra vez (Grande Prêmio Internacional Caixa-Governo do Pará) resolvi postá-lo aqui. Quem sabe não haverá entre nós algum fã dela (além de mim)  que vai apreciar a homenagem.

                                                               Maurren


Uma mulher vencedora com seus músculos exatos
saltou do inferno para a glória
e pousou no alto do pódio usando a coroa de louros.
Uma menina de ouro contrariou o destino
passou a limpo sua história e emocionou a nação
No peito a medalha brilhante
o estandarte como manto,
os aplausos, o hino, o pranto.
Uma heroína voadora, deusa por um instante
lá no oriente distante foi buscar a redenção
e escreveu seu nome no Olimpo.

domingo, 6 de maio de 2012

Crítica de cinema II

Final de semana chuvoso, frio pra caramba no pé da serra, fiquei em casa assistindo filmes. Pra quem aprecia esse tipo de programa, faço sugestões:

Para os que gostam de algo no gênero realismo-fantástico "A Pele que Habito", de Amodóvar. Não é um diretor que agrade a todo mundo, mas é uma boa história, com excelente desempenho da Marisa Paredes. Uma vingança terrível, assustadora e lenta. O final não poderia ser feliz, é claro.

Para os que preferem um clássico "Os 7 Samurais", de Akira Kurosawa. Filme antigo, ainda em preto e branco, longo e lento. Pra quem não sabe, um dos maiores filmes de faroeste "7 Homens e um destino" (outro clássico espetacular) nada mais é do que a adaptação para do cinema americano da história dos samurais. Apesar de cansativo, vale a pena ser visto. Aliás, os dois valem a pena .

Para quem gosta de histórias verídicas "Os Falsários". Não guardei o nome do diretor. Filme alemão, conta a história de um judeu especialista em falsificação que salvou a própria pele num campo de concentração, produzindo dinheiro falso para o nazismo.

Para qualquer um dos três recomendo muita pipoca. O acompanhamento perfeito para uma boa sessão de cinema.



sábado, 5 de maio de 2012

Da série "Lendas da vida rural" - Uma pequena ladra

Já mencionei que tenho uma inquilina que mora por aqui sem pagar aluguel. De hábitos noturnos e, segundo as enciclopédias, frugívora. Pois não é que a partir da convivência com o animal humano a pequena selvagem vem se humanizando também e está se tornando onívara! Ou seja, come qualquer coisa que aparecer pela frente. Isso apenas não seria problema. O pior parte da história é que em fez de caçar/buscar sua própria comida na natureza, ou se contentar com a comida que a gente deixa à disposição no quintal, ela está se tornando ladra. É o fim dos tempos.
Hoje, durante a limpeza do jardim, o ajudante do jardineiro encontrou atrás dos vasos de flores um pedaço de salame. Não, não era um pedacinho. Era um senhor pedaço, de mais ou menos 250 gramas e não era qualquer salame, era do tipo hamburgues, um dos mais caros do mercado e não, não estava estragado, o que quer dizer que não foi encontrado no lixo. A maior parte do salame ainda estava envolta na embalagem original e o pedaço que estava fora da embagalem apresentava-se roído (sim, minha inquilina é uma roedora).
Como pessoa alguma em são consciência jogaria fora um belo pedaço de salame como aquele, a conclusão lógica é de que alguém destraidamente, depois de fazer churrasco e servir aperitivo para os convidados, esqueceu o salame na pia ou na mesa da churrasqueira.
Minha inquilina roubou o apetitoso embutido e veio escondê-lo no meu jardim, atrás das plantas, onde deve ter lhe parecido que sua comida estaria segura.
Pois esta noite terá uma surpresa desagradável quando vier para o jantar.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um pitada de besteirol pra receber a sexta-feira

A vaca não é minha

Da janela da cozinha
eu vejo a vaca no pasto
e vou ruminando sozinha
que  se a vaca fosse minha
de cutelo, navalha ou faca
eu a cortava em pedaços
em lascas, tirinhas, grandes nacos
picanha, cupim, maminha
com ela eu fazia um churrasco.

Mas a vaca não me pertence...

Quando declaro minha renda
de gado e fazenda nem traço
somente minha cobiça mesquinha
é quem pula a cerca, joga o laço
derruba a vaca-bezerra, 
sangra, pica, esquarteja
todas as manhãs na janela
em pecadilhos de gula e inveja
querendo a vaca da vizinha.


Resultado do convite

Há coisa de mais ou menos 45 dias fiz um convite no blog, para que os participantes dessem nome a um poema de minha autoria. Recebi pouco retorno. Fizeram sugestões apenas a Sandra, a Preta, o Ricardinho e a Má (e agradeço de público a todos eles pela participação). Todas as sugestões foram boas e foi muito difícil escolher uma. Mas considerando que de fato há um grande paradoxo no sentimento contido nos versos, decidi ficar com o nome proposto pela Má: Paradoxo do Amor.
Para quem se interessar, esclareço que o poema foi inspirado na minha mãe que inesperadamente me chamou de "meu amor" e me causou grande emoção, pelas razões que todos já conhecem e que não faz sentido ficar repetindo aqui.
Prefiro repetir a postagem do poema, agora devidamente batizado:

                                       

                                                       PARADOXO DO AMOR



Ela me disse “meu amor”
e uma luz se acendeu em mim
me vieram lágrimas aos olhos
mas eu não poderia chorar assim
diante dela e da platéia.

Ela me chamou de meu amor
e eu não sei se ela já teria me dito isso antes
mas naquele instante desfilaram pela minha memória
todos os amores possíveis
os que desejei e não tive,os que tive e desperdicei
e os que conquistei, por mérito ou sorte.

Ela me disse “meu amor”
e eu percebi que nunca tinha amado tanto a vida
e sentido tanto medo da morte.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Da série "Lendas da vida rural" - Revoada de tucanos

Saio para a minha caminhada tardia( eu detesto levantar cedo, então sempre caminho no meio da manhã).
Na margem esquerda da estradinha que me leva à cidade ouço vindo da mata um som que não reconheço de imediato. Olho para as árvores e vejo uma ave grande pousada num galho. Chego a perguntar em voz alta: quem é você? Como se me respondesse ela se vira e exibe o coloridíssimo bico: um tucano! Dois, três, quatro tucanos pousados nos galhos. Tiro o celular do bolso, procuro pela câmera, mas decididamente não sou do ramo, me atrapalho e enquanto isso os tucanos voam, em bando. São 4, 8, 12 tucanos em revoada. Fico parada, meio abobalhada, o celular na mão, ocupada demais em admirar pra me lembrar de fotografar. Um motociclista que vem em sentido contrário para a moto no meio da estrada, levanta a cabeça e fica observando o céu. Depois se vira pra mim sorrindo e diz:

"Bonito, né?"
"Uma família de tucanos", eu digo.
"Contei 16", ele responde.

Em seguida, nos despedimos sorridentes. Dois estranhos repentinamente irmanados por um belíssimo espetáculo da natureza.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Da série "Lendas da vida rural" - O milho da discórdia

                                              O milho da discórdia

Amigas e vizinhas, as duas andavam há tempos com vontade de comer comidas feitas de milho verde. Uma queria fazer bolo. A outra sonhava com pamonha. As duas tinham quintais nos quais seria possível cultivar uma meia dúzia de pés de milho, mas verdade seja dita, nenhuma delas tinha jamais plantado uma roseira sequer, não saberiam plantar milho.
O jeito mais fácil e evidente de conseguir milho é comprar no mercado, todo mundo sabe. Mas não era isso que elas queriam. Milho de supermercado, colhido há 3 ou 4 dias, liberto de sua palha, embalado em filme plástico já chega em casa meio murcho, não tem o encanto do milho fresquinho, os grãos macios de onde escorre o leite quando se aperta uma espiga com as unhas, o cheiro adocicado e penetrante de milho verde.
Vai daí que um delas, circulando pela periferia da cidade deu de cara com o inusitado. Um sujeito num carro velho, o porta-malas aberto e lá dentro sacos em mais sacos de milho. Milho de verdade, ainda guardado em sua palha, os cabelos vermelho-escuro escapando pela ponta da espiga. Estacionou ao lado do vendedor e puxou conversa: de onde viera o milho, quando fora colhido, quantas espigas vinham no saco e por fim, quanto custava. Achou o preço justo. Comprou.
Chegando em casa, ligou imediatamente para a vizinha. Que viesse ver a novidade. Quando a outra chegou, fez a proposta: ela ajudava na limpeza e dividiriam o milho.
Facas nas mãos, começaram imediatamente a trabalhar. Enquanto durou o trabalho de abrir palha, arrancar cabelos, cortar a ponta das espigas, tudo foi riso e descontração. Mas na hora de repartir o cereal, o clima foi, inesperadamente, ficando tenso.
A que tinha vindo ajudar começou a divisão: são 50 espigas, menos duas que estavam imprestáveis e foram para o lixo, sobram 48, 24 pra mim, 24 pra você. E começou a pegar a parte que entendia lhe caber no butim.
A compradora não gostou muito da outra começar a divisão. Gostou menos ainda porque achou que estava ficando com as espigas mais miúdas, aquelas que não tinham "granado" bem. Tentou argumentar timidamente, sem parecer que reclamava. A vizinha contra-argumentou que também estava ficando com algumas  espigas pela metade, porque afinal  aquelas que apresentavam-se defeituosas na limpeza tinham perdido um bom pedaço que fora parar no lixo.
O descontentamento, a irritação entre as duas era visível.  Uma pensou, sem dizer nada, que bem poderia ter limpado tudo sozinha. A que veio ajudar, as lentes dos óculos sujas e respingadas do leite do milho também pensou que não deveria ter vindo, tinha muito o que fazer em casa pra vir se ocupar com o milho alheio.
Uma achou que as espigas com as quais ficava eram insuficientes para o bolo. A outra reclamou que com aquele milho mirradinho não ia conseguir fazer muitas pamonhas.
Pra não esticar além da conta aquela situação, a que veio ajudar juntou as espigas que "lhe pertenciam" e foi se despedindo, enquanto informava que não tinha dinheiro naquele momento, mas que mandaria depois sua parte no pagamento da compra.
Foi a conta pra outra explodir de vez e  perder as estribeiras: acusou a vizinha de aproveitadora, resmungou ter sido ela quem comprara e transportara o milho sozinha, colocando e tirando do carro o saco  pesado, para a outra vir agora ficar com a metade dizendo que só iria pagar depois!
A que veio ajudar também explodiu: jogou na cara da outra que o milho, além de feio, tinha lagartas que ela tivera que tirar com as próprias mãos mesmo morrendo de nojo, porque a outra era uma medrosa, incapaz de tocar numa lagartinha de nada. Dito isso, jogou no chão as espigas que já tinha colocado num sacola e foi embora, bufando de raiva.
Tornaram-se inimigas. Uma vira a cara quando a outra passa na rua.